28 de agosto de 2009

Intolerância Religiosa e o Futuro da Humanidade


















Por


Pr.Ricardo Gondim



Proponho trégua entre as religiões. Chega de incompreensão. Basta de sangue derramado em nome de Deus. Vamos entupir os fuzis dogmáticos com flores. Transformemos nossos tanques teológicos em tratores. Se crer gera amor e ódio com a mesma intensidade, concentremos nossas forças na ternura. Será possível um rascunho de paz religiosa, mesmo provisória? Sim, a Grande Utopia escatológica de um só pastor e um só rebanho pode ser alinhavada em pequenos gestos. O futuro será o resultado de mínimas decisões presentes. Não há mais volta, o planeta encolheu do tamanho dum vilarejo. Os desequilíbrios ecológicos locais repercutem globalmente e as decisões econômicas nacionais produzem desdobramentos mundiais. Urge pressa. Os teóricos da religião precisam conscientizar-se que vivem em sociedades complexas; é preciso conviver com os diferentes Os credos já não representam etnias ou culturas locais. Cada dia se tornará mais necessário entender o significado da tolerância. Qualquer intransigência religiosa pode desencadear uma guerra com poder de destruição comparável a um conflito atômico. Algumas mudanças precisam acontecer urgentemente entre as religiões mundiais. Que pastores, sacerdotes, rabinos e mulás dediquem mais tempo lendo, decorando e declamando poesia, e para prevenir preconceitos, que se omitam os autores. Assim, poderão saborear beleza sem distinguir entre ateus e crentes, devassos e santos; que teólogos se especializem em “agapeologia”; que solidariedade seja a melhor prece, e exemplo, o maior sermão. Que as religiões, grandes e pequenas, se concentrem na vida aqui no mundo; que busquem aliviar os cansados e oprimidos antes de prometerem salvação eterna; que visitem os doentes, antes de tentarem decodificar os mistérios da Divindade; que defendam o direito do órfão e da viúva, antes de se arvorarem únicos detentores da verdade; que aprendam a zelar pela vida e desprezem as taxas de crescimento de suas instituições; que a mão esquerda desconheça as virtudes praticadas pela direita e não usem a bondade como proselitismo; e que Deus seja percebido no rosto do próximo e não em livros, compêndios, altares ou imagens. Que os líderes eclesiásticos voltem a caminhar na beira da praia; que façam estágio na casa de um pescador artesanal; que acordem cedo, sintam o aroma do café preto, naveguem todo o dia e na boquinha da noite voltem para casa exaustos; que suas mãos calejadas lhes ensinem a manter o coração sensível; que o corpo doído lhes amorteça a ganância; que se deitem felizes numa rede, e embalados pela bruma, voltem a soletrar con-ten-ta-men-to. Que as liturgias dos templos imitem as brincadeiras infantis onde ninguém é dono de nada, nenhum projeto definitivo, e não se separam as pessoas entre líderes e liderados. Já que o Reino Eterno não é dos adultos, mas dos pequeninos desprovidos de amarguras, que os ritos busquem devolver a humanidade aos jardins-de-infância; que os bancos das igrejas sejam transformados em gangorras e balanços; que o culto vire festa parecida com casamento de italiano, com muito vinho, dança, e sem hora para terminar. Devo estar delirando, mas entre alucinar bobagens e permitir que a realidade se transforme em pesadelo, prefiro continuar um sonhador.





Soli Deo Gloria.

23 de agosto de 2009

Internacionalização da Amazônia.



























Durante um debate em uma Universidade, nos Estados Unidos em 2001, Buarque foi questionado por um estudante — que disse solicitar a resposta de um humanista e não de um brasileiro — acerca da internacionalização da Amazônia. Sua resposta, brilhante, foi dada de improviso. Posteriormente Buarque escreveu-a, sob a forma de um artigo, que aqui reproduzimos.

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"Fui questionado sobre o que pensava da internacionalização da Amazônia, durante um debate recente, nos Estados Unidos. O jovem introduziu sua pergunta dizendo que esperava a resposta de um humanista e não de um brasileiro. Foi a primeira vez que um debatedor determinou a ótica humanista como o ponto de partida para uma resposta minha. De fato, como brasileiro eu simplesmente falaria contra a internacionalização da Amazônia.

Por mais que nossos governos não tenham o devido cuidado com esse patrimônio, ele é nosso. Respondi que, como humanista, sentindo o risco da degradação ambiental que sofre a Amazônia, podia imaginar a sua internacionalização, como também de tudo o mais que tem importância para a humanidade.

Se a Amazônia, sob uma ótica humanista, deve ser internacionalizada, internacionalizemos também as reservas de petróleo do mundo inteiro. O petróleo é tão importante para o bem-estar da humanidade quanto a Amazônia é para o nosso futuro. Apesar disso, os donos das reservas sentem-se no direito de aumentar ou diminuir a extração de petróleo e subir ou não o seu preço. Os ricos do mundo, no direito de queimar esse imenso patrimônio da humanidade.

Da mesma forma, o capital financeiro dos países ricos deveria ser internacionalizado. Se a Amazônia é uma reserva para todos os seres humanos, ela não pode ser queimada pela vontade de um dono, ou de um país.

Queimar a Amazônia é tão grave quanto o desemprego provocado pelas decisões arbitrárias dos especuladores globais. Não podemos deixar que as reservas financeiras sirvam para queimar países inteiros na volúpia da especulação.

Antes mesmo da Amazônia, eu gostaria de ver a internacionalização de todos os grandes museus do mundo. O Louvre não deve pertencer apenas à França. Cada museu do mundo é guardião das mais belas peças produzidas pelo gênio humano. Não se pode deixar que esse patrimônio cultural, como o patrimônio natural amazônico, possa ser manipulado e destruído pelo gosto de um proprietário ou de um país. Não faz muito, um milionário japonês decidiu enterrar com ele um quadro de um grande mestre. Antes disso, aquele quadro deveria ter sido internacionalizado.

Durante o encontro em que recebi a pergunta, as Nações Unidas reuniam o Fórum do Milênio, mas alguns presidentes de países tiveram dificuldades em comparecer por constrangimentos na fronteira dos EUA. Por isso, eu disse que Nova York, como sede das Nações Unidas, deveria ser internacionalizada. Pelo menos Manhatan deveria pertencer a toda a humanidade. Assim como Paris, Veneza, Roma, Londres, Rio de Janeiro, Brasília, Recife, cada cidade, com sua beleza específica, sua história do mundo, deveria pertencer ao mundo inteiro.

Se os EUA querem internacionalizar a Amazônia, pelo risco de deixá-la nas mãos de brasileiros, internacionalizemos todos os arsenais nucleares dos EUA. Até porque eles já demonstraram que são capazes de usar essas armas, provocando uma destruição milhares de vezes maior do que as lamentáveis queimadas feitas nas florestas do Brasil.

Nos seus debates, os atuais candidatos à presidência dos EUA têm defendido a idéia de internacionalizar as reservas florestais do mundo em troca da dívida. Comecemos usando essa dívida para garantir que cada criança do mundo tenha possibilidade de ir à escola. Internacionalizemos as crianças tratando-as, todas elas, não importando o país onde nasceram como patrimônio que merece cuidados do mundo inteiro. Ainda mais do que merece a Amazônia. Quando os dirigentes tratarem as crianças pobres do mundo como um patrimônio da humanidade, eles não deixarão que elas trabalhem quando deveriam estudar; que morram quando deveriam viver.

Como humanista, aceito defender a internacionalização do mundo. Mas, enquanto o mundo me tratar como brasileiro lutarei para que a Amazônia seja nossa. Só nossa."

fonte: www.lerpensamentos.com

Carta Aberta a Igreja Evangélica Brasileira



















Carta aberta a Igreja Evangélica Brasileira sobre os mercadores da fé!

Por Renato Vargens


Prezados Irmãos,


Hoje pela manhã em meu momento devocional me lembrei de uma linda canção do grupo Logos, o qual compartilho a letra:


“Eu sinto verdadeiro espanto no meu coração

Em constatar que o evangelho já mudou.

Quem ontem era servo agora acha-se Senhor

E diz a Deus como Ele tem que ser ...

Mas o verdadeiro evangelho exalta a Deus

Ele é tão claro como a água que eu bebi

E não se negocia sua essência e poder

Se camuflado a excelência perderá!

O evangelho é que desvenda os nossos olhos

E desamarra todo nó que já se fez

Porém, ninguém será liberto, sem que clame

Arrependido aos pés de Cristo, o Rei dos reis.

O evangelho mostra o homem morto em seu pecar

Sem condições de levantar-se por si só ...

A menos que, Jesus que é justo, o arranque de onde está

E o justifique, e o apresente ao Pai.

Mostra ainda a justiça de um Deus

Que é bem maior que qualquer força ou ficção

Que não seria injusto se me deixasse perecer

Mas soberano em graça me escolheu

É por isso que não posso me esquecer

Sendo seu servo, não Lhe digo o que fazer

Determinando ou marcando hora para acontecer

O que Sua vontade mostrará.

Porém, ninguém será liberto, sem que clame

Arrependido aos pés de Cristo, o Rei dos reis.”

Pois é, o Paulo Cezar do grupo Logos conseguiu resumir de forma melódica o que é o Evangelho e o que os "profetas da prosperidade’’ fizeram do Evangelho de Cristo.

Infelizmente nestes últimos dias temos visto o evangelho da Salvação Eterna sendo comercializado pelos mercadores da fé. Depois da oração vendida por sete Reais por Marcos Feliciano, eis que surge retumbante o senhor Morris Cerullo, apoiado por Silas Malafaia pedindo pela televisão R$ 900,00 de oferta. No programa Vitória em Cristo, exibido na Rede Bandeirantes e dirigido pelo apresentador da Assembléia de Deus, do dia 8 de agosto de 2009, o pregador da unção financeira, Morris Cerullo solicita em nome de Cristo uma “singela contribuição”. Segundo o profeta da prosperidade, os que aderissem ao desafio receberiam uma nova unção financeira.

Caro leitor, este não é, nunca foi e jamais será o evangelho do meu Senhor. Tais pessoas em nome de uma espiritualidade falsa têm feito da Palavra de Deus instrumento para enriquecimento próprio. A luz desta afirmação lembro daquilo que o Apostolo Paulo disse ao escrever sua carta aos Coríntios: “Já por carta vos tenho escrito, que não vos associeis com os que se prostituem; Isto não quer dizer absolutamente com os devassos deste mundo, ou com os avarentos, ou com os roubadores, ou com os idólatras; porque então vos seria necessário sair do mundo. Mas agora vos escrevi que não vos associeis com aquele que, dizendo-se irmão, for devasso, ou avarento, ou idólatra, ou maldizente, ou beberrão, ou roubador; com o tal nem ainda comais. Porque, que tenho eu em julgar também os que estão de fora? Não julgais vós os que estão dentro? Mas Deus julga os que estão de fora. Tirai, pois, dentre vós a esse iníquo.” I Co 5:9-13

Pois é, com estes nem comais. Duro este discurso não é verdade?

Anseio por ver o evangelho vivido por Lutero, Calvino, Jonathan Edwards, John Wesley, Spurgeon, Lloyd Jones entre tantos outros mais, sendo pregado de forma eficaz em nosso país.
Que o Senhor que tenha misericórdia de sua igreja e nos reconduza novamente aos valores inegociáveis da sã doutrina!


Renato Vargens

artigospastorais@ gmail.com

20 de agosto de 2009

GLOBO X RECORD Cuidado com os manipuladores.!!




























Amigos (as) Evangélicos do Brasil, temos assistidos nos últimos dias uma verdadeira guerra entre a RECORD x GLOBO, cujo o objetivo é o mesmo, interesses financeiros devido a disputa de audiência. O que me deixa irado é alguns sabichões do meio evangélico sairem a favor desta ou daquela envolvendo o povo Evangélico nessa disputa, como se fosse uma verdadeira "Guerra santa" a qual devemos nos engajar em nome da preservação da Nação Cristã evangélica. Não queiram usar a Igreja Evangélica Brasileira como massa de manobra para defender esta corja que têm sobrevivido a exploração da falta de informação e formação de alguns.
Presto aqui meu voto de indignação aqueles lideres religiosos que estão procurando manipular a opinião evangélica. Nos RESPEITEM..!! sabemos exercer a arte de pensar, graças a DEUS..!!!
E aconteceu que, passados três dias, o acharam no templo, sentado no meio dos doutores, ouvindo-os, e interrogando-os.(Lucas 2:46)

19 de agosto de 2009

Tudo certo MARINA SILVA será candidata a Presidência da República pelo PV




















Tudo acertado: a bola com Marina!
Todas as questões políticas relevantes foram acertadeas ontem à noite, em São Paulo. Haverá uma Convenção Nacional festiva, no domingo 30 de agosto, para receber Marina.

Alfredo Sirkis

Dependendo ainda de anúncio oficial da senadora Marina Silva, já está montado o cenário para seu ingresso no PV. Ele se daria no dia 30 de agosto, domingo, em São Paulo, numa convenção nacional festiva do PV precedida de uma reunião da Executiva Nacional, possivelmente no mesmo dia, pela manhã ou no sábado, dia 29.

Marina indicará nove integrantes de sua equipe que, juntamente como ela própria, ingressarão na Executiva Nacional do PV e, juntamente com onze membros atuais da Executiva, formarão uma Coordenação Nacional destinada a tratar, prioritariamente, da elaboração do texto base para os novos programas partidário (20 anos) e de governo (5 anos) pela campanha presidencial --a decisão de Marina não é automática à filiação, será tomada em momento posterior-- e outros assuntos centrais como a mobilização do partido em torno da Conferência de Copenhagen. Questões estaduais são serão tratadas pela Coordenação caso influenciem as outras esferas. Os novos programas partidário e de governo serão fechados no Congresso Verde previsto para novembro.

Foi também acordado propor a inclusão nos estatutos uma "clásula de consciência" que permite aos filiados e eleitos se absterem em relação a pontos do programa partidário que possam de alguma maneira contrariar convicões religiosas, sem prejuízo da posição oficial do partido.

Foi reiterada a importancia da campanha de mobilização Brasil no Clima que deverá conscientizar a população brasileira em relação ao papel extraordinariamente importante de nosso país na Conferência de Copenhagen, de 7 e 21 de dezembro, e da necessidade do Brasil assumir metas audazes de redução de suas emissões de carbono e metano, tanto nas queimadas na Amazônia quando nas fontes energéticas, vazadouros de lixo e agropecuaria.

A campanha Brasil no Clima será relançada com a presença de Marina, no Rio de Janeiro, no domingo 27 de setembro, numa ccaminhada pela orla marítima.

Fonte: www.pv.org.br

Onde esta sua Fé.??

















ONDE ESTÁ A SUA FÉ?

"Onde está a sua fé?" perguntou ele aos
seus discípulos. (Lucas 8.25a)

Quando sopram os maus ventos e caem sobre a cabeça
as tempestades "brabas" da vida, onde está a sua
fé?

Quando o barco enche de água e as esperanças
começam a ir a pique, onde está a sua fé?

Quando o norte desaparece e perde-se de vista a
terra no meio das ondas altas, onde está a sua fé?

Quando o Mestre dorme tranquilo e as forças da
natureza ou da humanidade ameaçam tragar, onde
está a sua fé?

Quando a ordem do Mestre de atravessar o mar
parece levar à morte, onde está a sua fé?

Quando os resultados não aparecem e os ímpios
conquistam sucessos, onde está a sua fé?

Quando o frio das decepções penetra os ossos e as
frustrações fazem ranger os dentes, onde está a
sua fé?

Quando acabam as luzes da festa e as trevas da
noite o cercam, onde está a sua fé?

Quando você deita à noite, morrendo os sons do
dia, para deixá-lo nos seus pensamentos, só você,
com Deus, onde está a sua fé?

17 de agosto de 2009

O caminho de Jericó.

















O caminho de Jericó era um problema. Era íngreme, saía do nível do mar e ia até mais ou menos 1.100 metros de altitude. Estrada conhecida como caminho sanguinário, covil de salteadores, e, apesar de ser o caminho mais curto (mais ou menos 24 quilômetros), era o mais perigoso e temido da época. É neste caminho que vamos encontrar a paisagem usada em uma das mais interessantes parábolas usadas por Jesus Cristo em seu curto ministério. Jesus, ao falar do amor ao próximo foi indagado sobre quem realmente seria o próximo a ser amado, pois o povo da época sabia muito de leis e tradições religiosas, mas era pouco afeito a repartir o pão com estranhos. Para poder ensinar sem ofender as vaidades pessoais de cada um, Jesus então propõe uma parábola. A parábola do Bom Samaritano se passa neste caminho, e, quando Jesus fala que casualmente passavam por ali sacerdotes e levitas, é porque ele sabia que este não era o caminho usual de quem subia de Jerusalém para Jericó; principalmente se levassem algum dinheiro na bolsa. Tanto sacerdotes (da linhagem de Arão) como levitas (da tribo de Levi), prestavam serviços no templo de Jerusalém, faziam seus trabalhos e viviam dele, portanto, quando voltavam, sempre tinham algum dinheiro na bolsa. O mestre sabia que seus ouvintes entenderiam a parábola, pois todos conheciam a periculosidade daquele caminho. Assim Jesus pregava, numa linguagem simples e direta, clara, concisa e que sempre chegava a tempo hábil, sem rodeios, sem rapapés ou salamaleques. O sacerdote, que por sua própria função religiosa, era para ter parado e prestado socorro ao homem ferido, passou de largo, sem se importar com o desafortunado viajante; semelhantemente assim também o fez o Levita, homem ungido que prestava serviços na casa de Deus. Ambos estavam mais preocupados em proteger suas bolsas e não se contaminar com algo impuro, do que prestar socorro ao homem caído à beira da estrada. Todavia também vinha por este caminho um samaritano, homem de Samaria, terra malvista pelos judeus. Justamente este que não tinha obrigação nenhuma de ser o próximo do moribundo, parou, teve compaixão pelo homem, abriu sua bolsa e, tirando dela azeite e vinho cuidou daquelas chagas, transportou o ferido sobre seu animal e o deixou em uma hospedaria, não se ausentando sem antes gastar dois denários com as custas da hospedagem e prometer voltar para indenizar o hospedeiro se caso algum gasto mais fosse necessário para o completo restabelecimento daquele homem. Em Nova Iorque, foi feita uma experiência com um grupo de seminaristas. No programa de formação para a pregação, pediu-se-lhes que preparassem uma homilia sobre a parábola do Bom Samaritano. Deviam preparar os seus textos e em seguida dirigir-se a pé para o estúdio onde o sermão seria gravado em vídeo. Em certo ponto desse percurso, um actor, representando um homem ferido e maltratado, jazia por terra, coberto de sangue, pedindo ajuda. Oitenta por cento dos seminaristas passaram por ele e nem sequer o viram. Tinham estudado a parábola e feito sobre ela belas composições literárias e, no entanto, passaram ignorando-o. Que teremos de fazer para nos abrirmos aos outros ? Para a maior parte das pessoas, esta profunda consciência do outro ocorre, da maneira mais forte, quando nos apaixonamos por alguém. Quando nos apaixonamos, deixamos, pelo menos de vez em quando, de ser o centro do universo, e cedemos ao outro esse lugar. Deixamos de ser o sol e passamos a ser a lua. Mas isto, realmente, não responde à nossa questão. Não podemos apaixonar-nos por toda a gente! E o Bom Samaritano não se apaixonou pelo homem ferido! A pergunta é, pois, o seguinte: Que teremos que fazer para nos deixarmos tocar por quem mal conhecemos ? O Samaritano é tocado porque vê o homem ferido. O sacerdote e o levita também o vêem, não como alguém que precisa de ajuda, mas antes como uma possível fonte de impureza. Aprendemos muito com esta parábola, mesmo que dois mil anos depois, em outro contexto, as palavras de Jesus soam atuais, como se tivessem sido escritas em pleno século 21. Aprendemos que é preciso, para amar ao próximo, dar uma parada no corre-corre do dia a dia; é preciso que olhemos ao nosso redor e tomemos pé da situação; é necessário que passemos da contemplação para a ação, rompendo de vez com a inércia espiritual que tomou conta da igreja neste terceiro milênio. Aprendemos um pouco sobre hipocrisia, sobeja entre a elite religiosa daquela época, porém não fugindo à regra em nossos dias, onde muitos se locupletam com dízimos e ofertas de gente humilde, mas que não manifestam a mínima misericórdia com o sofrimento alheio. Hoje Jesus é negociado nos altares como mercadoria barata, enquanto as ovelhas apodrecem por falta de cura, ou definham por comerem pasto de baixa caloria espiritual. Temos homens bons de ritual, retórica e tradicionalismo, mas de práticas cristãs duvidosas. Aprendemos também sobre o que levar na bolsa, ou seja, em nossa bagagem espiritual. É muito importante termos azeite (unção) para evitar o ressecamento das feridas do rebanho, e vinho, ou seja o Sangue do Cordeiro, para limpar a ferida e encaminhar sua perfeita cicatrização. Aprendemos também sobre o Serviço Social da Igreja, coisa que alguns não gostam de mencionar. Sim, pois o bom samaritano precisou de dinheiro (dois denários) para pagar a hospedagem. Notem que ele não se preocupou somente com as feridas do homem à beira do caminho, ele o encaminhou a um local limpo e decente para que o mesmo tivesse um completo restabelecimento, e mais, pagou pela hospedagem. Os dois denários (ou dracmas, moedas de prata de maior circulação em todo o Império Romano) podiam pagar 16 quilos de pão e representavam o salário de dois dias de um trabalhador. Nosso caminho para Jericó, hoje, é tão íngreme quanto o daquela época, temos tantos salteadores quanto naquela época, porém as vítimas são inúmeras, o diabo tem lançado suas setas inflamadas contra tudo e todos, e não poucos tem caído à beira da estrada. É necessário que nós, viajantes deste tempo, sempre levemos em nossa bolsa o azeite da unção de Deus, que tenhamos sempre à mão o Sangue de Cristo, e os denários, ou seja, crédito no céu, para que possamos interceder pela completa recuperação dos feridos que encontrarmos pela estrada. É necessário também que os transportemos até a estalagem, pois a maioria deles não têm forças para chegar lá sozinhos, nem possuem o dinheiro necessário para pagar as despesas. Estamos realmente dispostos a mexer em nossa bolsa? Se nossa bolsa levar só denários, prata, coisas materiais e preocupações próprias, estaremos tão cercados de cuidados para com ela que passaremos de largo por tudo e todos que encontrarmos pelo caminho. Talvez até cheguemos a salvo ao fim da estrada, mas nossa bolsa terá a chave para abrir os portões? Nosso dinheiro servirá como passaporte para a vida eterna? Nossa consciência estará em paz? O caminho para Jericó pode ser, ainda hoje, um amplo espaço para reflexão, desde que estejamos dispostos a isso!

Canção JERUSALÉM DE OURO

Tradução: Yerushalaim Shel Zahav - Jerusalém de Ouro
Yerushalaim Shel Zahav
Naomi Shemer

Avir harim tzalul kayain
Verach Oranim
Nisa Beruach ha arbaim
Im kol pa amonim

Uvetardemat yilan vaeven
Shvuia bachaloma
Hayir asher badad yoshevet
Uveliba choma

Yerushalaim shel zahav
Veshel nechoshet veshel or
Halo lechol shiraich ani kinor

Chazarnu el borot hamayim
Lashuk velakikar
Shofar kore behar habayit
Bayir ha atika

Uvamearot asher basela
Alfei shmashot zorchot
Nashuv nered el yam hamelach
Bederech Yericho

Yerushalaim shel zahav
Veshel nechoshet veshel or
Halo lechol shiraich ani kinor

Ach bevoi hayom lashir lach
Velach likshor ketarim
Katonti mitzeyir banaich
Umeacharon hameshorerim

Ki shmech tzorev et hasfataim
Keneshikat saraf
Im eshkachech yerushalaim
Asher kula zahav

Yerushalaim shel zahav
Veshel nechoshet veshel or
Halo lechol shiraich ani kinor


Jerusalém de Ouro


O ar da montanha é límpido como o vinho
E o perfume dos pinheiros
é carregado na brisa do por-do-Sol
Com os sons dos sinos.

E no sono das árvores e pedras
capturado nos sonhos dela
A cidade assenta-se solitária
E no seu centro está o muro.

Refrão: Jerusalém de ouro, e de bronze, e de luz
Veja, eu sou um violino para todas as suas canções.


As cisternas secaram
A praça do mercado está vazia
E ninguém mais freqüenta o Monte do Templo
Na Cidade Velha.

E nas grutas na montanha
Os ventos uivam
E ninguém mais desce para o Mar Morto
Pelo caminho de Jericó.

Refrão: Jerusalém de ouro, e de bronze, e de luz
Veja, eu sou um violino para todas as suas canções.


Mas assim como eu venho cantar você (a cidade) hoje,
E dizer suas preces
Eu sou a menor das mais jovens de suas crianças
E a última das poetas.

Por seu nome chamuscam-se os lábios
Como o beijo de um serafim
Se eu me esquecer de ti, Jerusalém,
Que é toda de ouro...

Refrão: Jerusalém de ouro, e de bronze, e de luz
Veja, eu sou um violino para todas as suas canções.

(quarta estrofe - depois da Guerra de 1967)

Nós voltamos para as cisternas
Ao mercado e à praça do mercado
Um shofar nos chama ao Monte do Templo
Na Cidade Velha.

E nas cavernas na montanha
Milhares de sois brilham
Nós desceremos mais uma vez ao Mar Morto
Pelo caminho de Jericó.

Refrão: Jerusalém de ouro, e de bronze, e de luz
Entre tudo isso eu sou um violino para todas as suas
canções.

15 de agosto de 2009

VENCENDO OS GIGANTES DA VIDA.!

VENCENDO OS GIGANTES DA VIDA

TEXTO: 1 Samuel 17:31-54

INTRODUÇÃO: Quantas vezes, irmãos, recuamos diante de situações difíceis? Simplesmente pelo fato de termos medo.
Às vezes nos achamos pequenos demais para enfrentarmos os gigantescos problemas que surgem à nossa frente e ficamos sem saber o que fazer, aí vem o sentimento de derrota, de frustração, de desânimo, de medo etc. Esses mesmos sentimentos estavam tendo os israelitas diante daquele problema que se chamava Golias. Não sabiam o que fazer, ninguém tinha coragem de lutar, o medo abateu-se sobre todos. Golias era homem de guerra, valente, 2,5 a 2,8 metros de altura, não temia nada. Era uma situação desesperadora, os filisteus já estavam chamando os Israelitas de covardes.

Deus então usa a Davi para dar uma lição nos filisteus e no seu povo.

Como você pode vencer os gigantes de sua vida?

1. VOCÊ NUNCA DEVE FUGIR DA LUTA (V. 32)

"...teu servo irá e pelejará contra este filisteu".

Mesmo ameaçado pela derrota, Davi se colocou como servo de Deus e confiou na vitória.
Por mais que as circunstâncias sejam adversas, não podemos nos amedrontar, nem recuar, pois a vitória é certa.

Nosso Deus pelejará por nós:

v. 37: "O SENHOR me livrou da mão do leão e da do urso; ele me livrará da mão deste filisteu". (depositou toda sua confiança em Deus)

2. VOCÊ NUNCA DEVE ACEITAR A DERROTA E O DESPREZO (VS. 42-44)

O texto diz que o filisteu desprezou a Davi, desdenhou e zombou dele...

Amado, mesmo que tudo indique o contrário, não podemos desistir. (Deus não se prende a aparências). Quem era Davi para enfrentar Golias? (só foi aceito porque ninguém queria).

Todo o povo de Israel já estava com semblante abatido de frustração, de derrota (já estavam aceitando a derrota).

3. VOCÊ NUNCA DEVE TENTAR VENCÊ-LOS COM A PRÓPRIA FORÇA (V. 45)

"Davi, porém, disse ao filisteu: Tu vens a mim com espada, e com
lança, e com escudo; porém eu vou a ti em nome do SENHOR dos Exércitos, o Deus dos exércitos de Israel, a quem tens afrontado".

Davi foi à peleja não confiando na sua própria força ou capacidade, mas confiando na força do Senhor.
Será que a força de Davi era suficiente para derrubar o gigante?
Declare a vitória como Davi o fez: nada pode resistir a você quando você vai
na força do Senhor.

4. VOCÊ DEVE ENFRENTAR NA DEPENDÊNCIA DO SENHOR (V. 46,47) (SL 20.7-8)

Devemos usar o que temos (Davi tinha um estilingue e algumas pedras).
Quiseram que ele colocasse uma armadura, o que não era próprio dele, não era para ele.
Estavam dificultando ao invés de facilitar.

Deus diz: "Abra a tua boca e eu ta encherei". Em outras palavras: "Tenha ânimo, disposição e eu te ajudarei."

CONCLUSÃO: Hoje, se passou no seu pensamento recuar por causa de algum problema, nesta hora, não desista! Deus lhe diz: Você não deve recuar; você não deve aceitar a derrota ou o desprezo; você não deve tentar vencê-lo na própria força; você precisa enfrentar na dependência do Senhor!

12 de agosto de 2009

Movimento Marina Silva PRESIDENTE

Caro amigo, cara amiga.

Este é um convite para você participar do Movimento Marina Silva Presidente: uma campanha apartidária e não-institucional para que Marina Silva seja Presidente do Brasil. Identificamos em Marina uma forte liderança política e ambientalista com capacidade para assumir a Presidência da Republica.

Eu, junto com mais de mil pessoas, estou apostando na candidatura dessa mulher, brasileira e planetária, com potencial político e pedagógico para expressar a emergente - e emergencial - transição para a Democracia com Sustentabilidade.

Marina tem força para concretizar as mudanças e transformações fundamentais que poucas lideranças políticas, hoje, teriam a capacidade de acessar para tornar realidade. É um exemplo para inspirar e educar a sociedade brasileira a seguir novos caminhos políticos diferentes das atualmente oferecidas pelas lideranças políticas estabelecidas.

Nós, cidadãos e cidadãs, precisamos assumir responsabilidades individuais e coletivas para com o conjunto da sociedade em nossa convivência com os outros seres da Natureza. Nossas escolhas afetam a todas e a cada pessoa, o local e o global. Temos uma chance agora, que está em nossas mãos, com ajuda da internet. A eleição de Obama já nos mostrou a força das redes na política.

LEMBRETE: esta é uma iniciativa de cidadania ambiental e ética, formada por sujeitos históricos e ecológicos e não possui vínculo com a própria Marina Silva. Vamos juntos sensibilizar o Brasil e a própria Marina Silva a aceitar e assumir a força desta liderança.

Seja co-responsável pela Democracia com Sustentabilidade.

Acesse o site www.marinasilvapresidente.org e inscreva-se.

Abraços e esperança,

Oração Bizantina

"Ó Luz Serena, que brilha no
Solo do meu ser,
Atrai-me para ti,
Tira-me das armadilhas dos sentidos,
Dos Labirintos da mente,
Liberta-me de símbolos, de palavras,
Que eu descubra
O Significado
A Palavra Não Dita
Na escuridão
Que vela o solo do meu ser. Amém

5 de agosto de 2009

Somente a Palavra.!

Estamos resolvidos pregar unicamente a Palavra de Deus. A alienação das pessoas que ouvem o evangelho é grandemente explicada pelo triste fato de que nem sempre é o evangelho que elas ouvem, quando vão aos lugares de culto; falta aquilo que mais as suas almas carecem.
. . Vocês nunca ouviram falar de um rei que de uma séria de festejos e convidou muita gente, semana após semana? Havia um determinado número de servos destinados a servir às mesas; e, nos dias indicados, eles foram convidar as pessoas. Mas, por alguma razão, depois dos primeiros dias, a maioria das pessoas não veio às festas. O número dos que vinham decrescia progressivamente, e a grande maioria voltou-lhes as costas. O rei então investigou a causa e descobriu que a comida que serviam parecia não satisfazer os homens que vinham aos banquetes; por isso ales não voltavam mais. Resolveu então examinar as mesas e as carnes que estavam sobre elas. Ele viu ornamentos e ostentação que não tinham saído de suas despensas. Olhou para a comida e disse; “Mas que é isto? Como estes pratos vieram para cá? Eles não são das minhas provisões. Os meus bois e meus novilhos foram mortos; no entanto, aqui não está a carne de animais bem alimentados, e, sim, a carne dura de gado magro, a morrer de fome. Os ossos estão aqui, mas a carne onde está? Também o pão é inferior, considerado que o meu foi feito com a farinha da melhor qualidade. O vinho está misturado com água, e a água não é de um poço puro”.
. . Então um dos criados respondeu, dizendo: “Ó Rei, nós pensamos que as pessoas ficariam fartas de carne e gordura; por isso servimos ossos e cartilagem, para elas usarem os dentes. Pensamos ainda que ficariam cansadas do melhor pão branco, e assim cozemos em nossas cãs um pouco de pão com farelos. A opinião dos sábios é que a nossa provisão se adapta melhor aos tempos modernos do que aquela que vossa majestade prescreveu há tanto tempo. Quanto aos vinhos falsificados, o gosto dos homens sofreu modificações nestes tempos; sendo um líquido tão transparente como a água pura; é um gole demasiado leve para os homens habituados a beber a água do rio do Egito, que tem sabor de lama das montanhas da lua”. Então o rei soube por que razão as pessoas não vieram à festa. Será por esta mesma razão que uma grande parte das pessoas já não sente prazer em ir à casa de Deus? Creio que sim. Têm, porventura, os servos do nosso Senhor cortado em bocados as suas próprias sobras, para que depois as misturarem com bocados estragados, a fim de fazerem um guisado para milhões de pessoas, acontecendo depois que, por essa razão, essas pessoas lhes voltem as costas?
. . Escutem o final da minha parábola. “Limpai as mesas”, gritou o rei cheio de indignação. “Daí aos cães todas essas imundícies. Trazei os lombos de vaca e apresentai a minha comida real. Tirai essas ninharias do saguão e tirai da mesa esse pão adulterado. Lançai fora a água do rio lamacento”. Assim eles fizeram; e em breve soou pelas ruas que havia para comer autênticos manjares reais. Sendo assim, as pessoas chegaram em multidões ao palácio e o nome do rei tornou-se muito famoso em todo o país. Vamos experimentar o plano e talvez tenhamos em breve a alegria de ver o grande banquete do Mestre cheio de convidados.
. . Desta forma, estamos decididos a usar mais do que nunca o que Deus providenciou para nós neste Livro, pois estamos certos de sua inspiração. Permitam que eu repita: estamos certos de sua inspiração.

- C.H. Spurgeon

Fonte: A Maior Luta do Mundo, Editora Fiel.
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Texto enviado por Joelson Galvão