O DESAFIO DE PLANTAR NOVAS IGREJAS
Missionário René Breuel aponta defeitos dos modelos de evangelismo
Por: Robson Morais - Redação Creio
Plantar uma nova Igreja e cultivar a semente da evangelização. Na Bíblia, personagens como Paulo já ensinavam a difundir as lições do evangelho pelos povos da época. Atualmente, igrejas não se renovam, líderes não se preparam e prejudicam o crescimento evangélico com qualidade. O assunto foi tema de debate comandado pelo missionário René Breuel que, de malas prontas para a Itália, onde realiza um novo modelo de plantação de Igreja, busca e ensina a líderes novas estratégias e necessidades na difusão evangélica no Brasil e no mundo.
Formado em administração de empresas e mestre em divindade pela Regent College, no Canadá, Breuel é uma mostra que ser jovem não significa não ser preparado para o comando de uma Igreja. Durante o 37º Encontro Sepal para pastores e Líderes, realizado no último dia 6, e. Águas de Lindóia (SP) os ouvidos até mesmo de pastores com maior experiência no assunto ficaram atentos aos ensinamentos do missionário. Novas estratégias e principalmente nova visão evangelística conduziram o debate composto por aproximadamente 60 pessoas sentadas à sala.
Breuel abordou em tópico pontos cruciais e argumentos para plantações de igrejas com mais qualidade. “Uma Igreja que recebe recursos se torna uma ferramenta que gera recursos” frisou. Ressaltou ainda o papel das lideranças em cada modelo e criticou o que definiu como falta de busca por base intelectual e teológica. “Um bom plantador deve ter espírito de liderança de grupo. É importante que se tenha a bagagem intelectual antes de qualquer evangelização. O teólogo deve auxiliar, mas é o plantador quem deve ter o interesse de correr atrás”.
Sobre os modelos de plantação de igrejas mais utilizados, o missionário destacou o de plantador profissional, utilizado por Paulo como dito na Bíblia, o de pastor fundador, realizado pela Igreja a partir da sede, e o de grupo, a exemplo de igreja que reúne grupos evangelísticos e faz mutirão de evangelização.
Na Itália, país para onde viaja em junho, Breuel adotará um modelo de plantação de Igrejas definido como o de público-alvo, onde se avaliam em primeiro lugar as condições econômicas, sociais e culturais de cada localidade. Como um primeiro passo, o missionário ressaltou a necessidade de um sistema de evangelização de qualidade, bem como a de líderes capacitados para a função, seguindo a filosofia de ministério e os sistemas ministeriais, incrementados com treinamento, divulgação para só então dar início a novos cultos. “Pegando o exemplo do Canadá, onde eu via igrejas com várias línguas e de várias nacionalidades funcionando num mesmo espaço (espanhol, chinês, italiano), vejo que a ideia pode dar certo” analisa.
Além do líder, atenção dada também às esposas dentro de cada célula e seu papel no trabalho de evangelização. “A esposa é que dá o suporte ao líder, quem o organiza e o motiva e alerta sobre seus erros”.
Quem participou do evento pôde abrir espaço a uma reflexão e se atualizar. Para atender principalmente a geração jovem que tem chegado a Igreja, é o caso de Marcos Soares, pastor no Rio de Janeiro. “A igreja de hoje é diferente da igreja de30 anos atrás e se não nos atualizamos paramos no tempo. A palestra agregou muito neste sentido. Já atuei como plantador de Igrejas e passei dificuldades. Com ensinamentos como esse, o trabalho se torna mais produtivo”.
fonte: www.creio.com.br