5 de dezembro de 2010
Missões Urbanas a Responsabilidade da Igreja
No final das contas, existem duas atitudes que eles podem adotar com relação ao mundo. Uma é a fuga, outra é o engajamento.
“Fugir” significa voltar as costas ao mundo em rejeição, lavar as mãos das coisas do mundo, mesmo sabendo, como Pilatos , que nem assim desaparece a responsabilidade, e endurecer o coração aos agonizantes gritos de socorro.
Viver dentro da igreja em comunhão uns com os outros é mais conveniente do que servir em um ambiente externo apático ou mesmo hostil.
Ao invés de tentarmos fugir à nossa responsabilidade social precisamos abrir os ouvidos e escutar a voz daquele que conclama seu povo em todo tempo a sair.
Missão é a nossa resposta humana à divina comissão. É todo um estilo de vida cristão, que tanto inclui evangelismo quanto responsabilidade social, sob a convicção de que Cristo nos envia ao mundo assim como o Pai a ele o enviou.
Por que devem os cristãos se envolver com a responsabilidade social?
1º. O Senhor é Deus tanto da justiça quanto da justificação
“que faz justiça aos oprimidos; que dá pão aos famintos. O SENHOR solta os encarcerados; o SENHOR abre os olhos aos cegos; o SENHOR levanta os abatidos; o SENHOR ama os justos; o SENHOR guarda os estrangeiros; ampara o órfão e a viúva, mas transtorna o caminho dos ímpios”. Sl 146.79
2º. O Senhor nos envia como o Pai O enviou – Jo 20.21
“Como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com poder, o qual andou por toda parte, fazendo o bem e curando a todos os oprimidos do diabo, porque Deus era com ele” At 10.38
Se a missão cristã é para ser modelada pela missão de Cristo, ela certamente implicará — assim como Ele o fez — penetrarmos no mundo das pessoas. Isto significa entrar no mundo dos seus pensamentos, da sua tragédia e solidão, a fim de compartilhar Cristo com eles lá onde eles estão.
Significa disposição para renunciar a conforto e à segurança de nossa própria formação cultural, a fim de nos doarmos em serviço a indivíduos de outra cultura, de cujas necessidades quem saber jamais tenhamos conhecimento ou experiência.
3º. Não se deve separar fé de amor
Ao caminharmos pelas Escrituras, podemos ver em todos os apóstolos a mesma ênfase na necessidade de obras de amor.
Tg 2.17,18 - fé sem obras é morta.
1 Jo 3.17 – aquele que tem recursos, deve repartir com quem não tem.
Tt 2.14 – somos um povo zeloso de boas
Ef 2.10 – Fomos criados para boas obras
Gl 5.6 – a única coisa que tem valor é a fé que atua pelo amor
Portanto, temos a surpreendente seqüência de fé, amor e serviço; a verdadeira fé se expressa pelo amor, o verdadeiro amor se revela através do serviço.
Fé salvadora e amor salvador caminham lado a lado; onde quer que um deles falte faltará também o outro. Nenhum deles pode subsistir sozinho.
Que faremos diante dos desafios das nossas metrópoles? Lavaremos nossas mãos como Pilatos, tentando nos isentar da responsabilidade frente a um mundo não apenas sem salvação, mas sem pão, sem roupas, sem casa, sem esperança?
Busquemos o equilíbrio bíblico em nossas igrejas – ofereçamos ao mundo perdido o Pão vivo que desceu do céu – JESUS, sem, no entanto nos esquivarmos da ordem de Jesus a multidão faminta – “dai-lhes vos mesmos de comer” (Lc 9).
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12 de outubro de 2010
Encontro de Dilma com líderes cristãos
11 de outubro de 2010
Pra quem se impressionou com o filme espírita " Nosso Lar"
Pra quem se impressionou com o filme espírita "Nosso Lar"
A Cidade Espiritual, segundo o Filme. |
"Marte - [...] é [planeta] mais antigo e mais adiantado do que a Terra no seu ciclo vital; está também, podemos dizer, mais evolvido do que o nosso planeta, considerando-se o conjunto de condições de habitabilidade, e a duração dos períodos que medem a existência [...]." - FLAMMARION, Camille. Os Outros Mundos. Estela. Trad. de Almerindo Martins de Castro. 9a ed. Rio de Janeiro: FEB, 2005.
"Saturno executa a sua revolução em torno do astro-rei a uma distância de 364 milhões de léguas. Nele, o ano equivale a 30 dos terrestres e se compõe de 10.750 dias. Seu volume é 734 vezes mais considerável do que o da Terra, sem contar com os anéis gigantescos que o circunvolvem e cujo diâmetro é de mais de 70.000 léguas. Esse mundo singular, com os seus numerosos satélites, forma, por si só, um pequeno universo. A temperatura, lá, resulta principalmente do calor próprio do planeta, é constante e mais elevada do que aqui. A atmosfera revela-se muito densa e carregada de vapores. Os materiais são de densidade sete vezes mais fraca do que entre nós, sendo, provavelmente, os saturninos seres aéreos. O mundo que habitam é único no sistema e a sua configuração deve dar lugar a fenômenos de inigualável esplendor. MARCHAL, V (Padre). O Espírito Consolador, ou os nossos destinos. 5a ed. Rio de Janeiro: FEB, 2005. - 4a efusão.
“Vários Espíritos que animaram pessoas conhecidas sobre a Terra, disseram estar encarnados em Júpiter, um dos mundos mais próximos da perfeição, e ficaram admirados de ver, nesse globo tão adiantado, homens que, na opinião do nosso mundo, não eram tão elevados.” - Allan Kardec, O Livro dos Espíritos, página 114, nota de rodapé, 3a. Edição, Editora Boa Nova.
"Netuno - [...] Sua órbita mede sete bilhões de léguas [46.200.000.000 km] e um ano dos seus equivale a 165 anos terrestres. Segue-se daí, que, nesse mundo, uma donzela de quinze primaveras é mais velha do que Herodes e que os anciães poderiam transmitir suas reminiscências ao nosso Matusalém!" - MARCHAL, V (Padre). O Espírito Consolador, ou os nossos destinos. 5a ed. Rio de Janeiro: FEB, 2005. - 4a efusão.
“Astros errantes, [...] os cometas serão os guias que nos ajudarão a transpor os limites do sistema ao qual pertence a Terra, para nos transportar às regiões longínquas da extensão sideral.” - Allan Kardec, A Gênese, página 190, 14a. Edição Revisada e Corrigida, Editora Ide.
"[...] os planetas são mundos semelhantes à Terra e, sem dúvida, habitados, como esta [...]." - KARDEC, Allan. A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo. Trad. de Guillon Ribeiro da 5a ed. francesa. 48a ed. Rio de Janeiro: FEB, 2005. - cap. 5, it. 12.
"[...] As diferentes moradas são os mundos que circulam no espaço infinito e oferecem, aos Espíritos que neles encarnam, moradas correspondentes ao adiantamento dos mesmos Espíritos." - KARDEC, Allan. O Evangelho segundo o Espiritismo. Trad. de Guillon Ribeiro da 3a ed. francesa rev., corrig. e modif. pelo autor em 1866. 124a ed. Rio de Janeiro: FEB, 2004. - cap. 3, it. 2.
"As estrelas são estações divinas que nos esperam." - XAVIER, Francisco Cândido. Dicionário da alma. Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt. 5a ed. Rio de Janeiro: FEB, 2004.
Espíritos na Cidade "NOSSO LAR". |
"Os nossos astrônomos conseguiram levantar-lhe excelente carta, onde se lhe desenham os mares, os golfos e os continentes, carta que nos dá idéia muito favorável desse mundozinho, onde as terras, cortadas por inúmeros canais, lembram um pouco Veneza. [...]" MARCHAL, V (Padre). O Espírito Consolador, ou os nossos destinos. 5a ed. Rio de Janeiro: FEB, 2005. - 4a efusão.
1. Pavilhão da Reencarnação - Daí, os espíritos partem para reencarnar.Bom divertimento no filme de ficção! E caso fique emocionado(a), estarei ch[orando] por você! AFF!" - Fernando Galli, 03 de setembro de 2010.
2. Ministério do Auxílio - Local de preces e preparação para reencarnações terrenas. É aqui que se organizam ajudas para os habitantes do umbral (local que habitam os espíritos que não estão muito a fim de evoluir).
3. Ministério de Esclarecimento - Aqui são recebidos os espíritos com potencial enorme para o trabalho e desejo de ajudar aos outros.
4. Ministério da Comunicação - Aqui são recebidos espíritos com alta noção de individualidade, e são também preparadas as mensagens a serem enviadas para a terra.
5. Ministério da União Divina - Aqui só há espíritos que não precisam mais reencarnar. Já evoluíram o suficiente.
6. Ministério da Elevação - Local em que os espíritos que precisam renunciar e se humilhar vão fazer tarefas bem prolongadas.
7. Ministério da Regeneração - Aqui são recebidos os espíritos resgatados do tal de umbral e preparados para outra vida.
8. Governadoria - Local onde os seis ministérios se reúnem.
7 de outubro de 2010
POINT RHEMA: PNDH3 - O que é isso? - Entrevista com o Dr. Afons...
16 de setembro de 2010
Eleições 2010 Pronunciamento da Aliança Batista do Brasil sobre o Vídeo do Pr. Paschoal Piragine
A Aliança de Batistas do Brasil vem, por meio deste documento, reafirmar o compromisso histórico dos batistas, em todo o mundo, com a liberdade de consciência em matéria de religião, política e cidadania. A paixão pela liberdade faz com que, como batistas, sejamos um povo marcado pela pluralidade teológica, eclesiológica e ideológica, sem prejuízo de nossa identidade. Dessa forma, ninguém pode se sentir autorizado a falar como “a voz batista”, a menos que isso lhe seja facultado pelos meios burocráticos e democráticos de nossa engrenagem denominacional.
Em nome da liberdade e da pluralidade batistas, portanto, a Aliança de Batistas do Brasil torna pública sua repulsa a toda estratégia político-religiosa de “demonização do Partido dos Trabalhadores do Brasil” (doravante PT). Nesse sentido, a intenção do presente documento é deixar claro à sociedade brasileira duas coisas: (1) mostrar que tais discursos de demonização do PT não representam o que se poderia conceber como o pensamento dos batistas brasileiros, mas somente um posicionamento muito pontual e situado; (2) e tornar notório que, como batistas brasileiros, as ideias aqui defendidas são tão batistas quanto as que estão sendo relativizadas.
1. A Aliança de Batistas do Brasil é uma entidade ecumênica e dedicada, entre outras tarefas, ao diálogo constante com irmãos e irmãs de outras tradições cristãs e religiosas. Compreendemos que tal posicionamento não fere nossa identidade. Do contrário, reafirma-a enquanto membro do Corpo de Cristo, misteriosamente Uno e Diverso. Assim, consideramos vergonhoso que pastores e igrejas batistas históricas e tradicionalmente anticatólicas, além de serem caracterizados por práticas proselitistas frente a irmãos e irmãs de outras tradições religiosas de nosso país, professem no presente momento a participação em coalizões religiosas de composição profundamente suspeita do ponto de vista moral, cujos fins dizem respeito ao destino político do Brasil. Vigoraria aí o princípio apontado por Rubem Alves (1987, pp. 27-28) de que “em tempos difíceis os inimigos fazem as pazes”? Com o exposto, desejamos fazer notória a separação entre os interesses ideológicos de tais coalizões e os valores radicados no Evangelho. Por não representarem a prática cotidiana de grande fração de pastores e igrejas batistas brasileiras, tais coalizões deixam claro sua intenção e seu fundo ideológico, porém, bem pouco evangélico. Logrado o êxito buscado, as igrejas e os pastores batistas comprometidos com as coalizões “antipetistas” dariam continuidade à prática ecumênica e ao diálogo fraterno com a Igreja Católica, assim como com as demais denominações evangélicas e tradições religiosas brasileiras? Ou logrado o êxito perseguido, tais igrejas e pastores retornariam à postura de gueto e proselitismo que lhes marcam histórica e tradicionalmente?
2. Como entidade preocupada e atuante em face da injustiça social que campeia em nosso país desde seu “descobrimento”, a Aliança de Batistas do Brasil sente-se na obrigação de contradizer o discurso que atribui ao PT a emergente “legalização da iniquidade”. Consideramos muito estranho que discursos como esse tenham aparecido somente agora, 30 anos depois de posicionamentos silenciosos e marcados por uma profunda e vergonhosa omissão diante da opressão e da violência a liberdades civis, sobretudo durante a ditadura militar (1964-1985). Estranhamos ainda que tais discursos se irmanem com grupos e figuras do universo político-evangélico maculadas pelo dinheiro na cueca em Brasília, além da fatídica oração ao “Senhor” (Mamon?). Estranhamos ainda que tais discursos não denunciem a fome, o acúmulo de riqueza e de terras no Brasil (cf. Isaías 5,8), a pedofilia no meio católico e entre pastores protestantes, como iniquidades há tempos institucionalizadas entre nós. Estranhamos ainda que tais discursos somente agora notem a possibilidade da legalização da iniquidade nas instituições governamentais, e faça vistas grossas para a fatídica política neoliberal de FHC, além da compra do congresso para aprovar a reeleição. Estranhamos que tais discursos não considerem nossos códigos penal e tributário como iniquidades institucionalizadas. Os exemplos de como a iniquidade está radicalmente institucionalizada entre nós são tantos que seriam extenuantes. Certamente para quem se domesticou a ver nas injustiças sociais de nosso Brasil um fato “natural”, ou mesmo como a “vontade de Deus”, nada do mencionado antes parece ser iníquo. Infelizmente!
3. Como entidade identificada com o rigor da crítica e da autocrítica, desejamos expressar nosso descontentamento com a manipulação de imagens e de informações retalhadas, organizadas como apelo emocional e ideológico que mais falseia a realidade do que a apreende ou a esclarece. Textos, vídeos, e outros recursos de comunicação de massa, devem ser criteriosamente avaliados. Os discursos difamatórios tais como os que se dirigem agora contra o PT quase sempre se caracterizam por exemplos isolados recortados da realidade. Quase sempre, tais exemplos não são representativos da totalidade dos grupos e das ideologias envolvidas. Dito de forma simples: uma das armas prediletas da difamação é a manipulação, que se dá quase sempre pelo uso de falas e declarações retiradas do contexto maior de onde foram emitidas. Em lugar de estratégias como essas, que consideramos como atentados à ética e à inteligência das pessoas, gostaríamos de instigar aos pastores, igrejas, demais grupos eclesiásticos e civis, o debate franco e aberto, marcado pelo respeito e pela honestidade, mesmo que resultem em divergências de pensamento entre os participantes.
4. A Aliança de Batistas de Brasil é uma entidade identificada com a promoção e a defesa da vida para toda a sociedade humana e para o planeta. Mas consideramos também que é um perigo quando o discurso de defesa da vida toma carona em rancores de ordem política e ideológica. Consideramos, além disso, como uma conquista inegociável a laicidade de nosso estado. Por isso, desconfiamos de todo discurso e de todo projeto que visa (re)unir certas visões religiosas com as leis que regem nossa sociedade. A laicidade do estado, enquanto conquista histórica, deve permanecer como meio de evitar que certas influências religiosas usurpem o privilégio perante o estado, e promova assim a segregação de confissões religiosas diferentes. É mister recordar uma afirmação de um dos grandes referenciais teológicos entre os batistas brasileiros, atualmente esquecido: “Os batistas crêem na liberdade religiosa para si próprios. Mas eles crêem também na igualdade de todos os homens. Para eles, isso não é um direito; é uma paixão. Embora não tenhamos nenhuma simpatia pelo ateísmo, agnosticismo ou materialismo, nós defendemos a liberdade do ateu, do agnóstico e do materialista em suas convicções religiosas ou não-religiosas” (E. E. Mullins, citado por W. Shurden). Nossa posição está assentada na convicção de que o Evangelho, numa dada sociedade, não deve se garantir por meio das leis, mas por meio da influência da vida nova em Jesus Cristo. Não reza a maior parte das Histórias Eclesiásticas a convicção de que a derrota do Cristianismo consistiu justamente em seu irmanamento com o Império Romano? Impor a influência de nossa fé por meio das leis do Estado não é afirmar a fraqueza e a insuficiência do Evangelho como “poder de Deus para a salvação de todo o que crê”? No mais, em regimes democráticos como o Estado brasileiro, existem mecanismos de participação política e popular cuja finalidade é a construção de uma estrutura governamental cada vez mais participativa. Foi-se o tempo em que nossa participação política estava confinada à representatividade daqueles em quem votamos.
5. A Aliança de Batistas do Brasil se posiciona contra a demonização do PT, levando em consideração também que tal processo nega o legado histórico do Partido dos Trabalhadores na construção de um projeto político nascido nas bases populares e identificado com a inclusão e a justiça social. Os que afirmam o nascimento de um “império da iniquidade”, com uma possível vitória do PT nas atuais eleições, “esquecem” o fundamental papel deste partido em projetos que trouxeram mais justiça para a nação brasileira, como, por exemplo: na reorganização dos movimentos trabalhistas, ainda no período da ditadura militar, visando torná-los independentes da tutela do Estado; na implantação e fortalecimento do movimento agrário-ecológico dos seringueiros do Acre pela instalação de reservas extrativistas na Amazônia, dirigido, na década de 1980, por Chico Mendes; nas ações em favor da democracia, lutando contra a ditadura militar e utilizando, em sua própria organização, métodos democráticos, rompendo com o velho “peleguismo” e com a burocracia sindical dos tempos varguistas; nas propostas e lutas em favor da Reforma Agrária ao lado de movimentos de trabalhadores rurais, sobretudo o MST; no apoio às lutas pelos direitos das crianças, adolescentes, jovens, mulheres, homossexuais, negros e indígenas; e na elaboração de estratégias, posteriormente transformadas em programas, de combate à fome e à miséria. Atualmente, na reta final do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, vemos que muita coisa desse projeto político nascido nas bases populares foi aplicado. O governo Lula caminha para seu encerramento apresentando um histórico de significativas mudanças no Brasil: diminuição do índice de desemprego, ampliação dos investimentos e oportunidades para a agricultura familiar, aumento do salário mínimo, liquidação das dívidas com o FMI, fim do ciclo de privatização de empresas estatais, redução da pobreza e miséria, melhor distribuição de renda, maior acesso à alimentação e à educação, diminuição do trabalho escravo, redução da taxa de desmatamento etc. É verdade que ainda há muito a se avançar em várias áreas vitais do Brasil, mas não há como negar que o atual governo do PT na Presidência da República tem favorecido a garantia dos direitos humanos da população brasileira, o que, com certeza, não aconteceria num “império de iniquidade”. Está ficando cada vez mais claro que os pregadores que anunciam dos seus púpitos o início de uma suposta amplitude do mal, numa continuidade do PT no Executivo Federal, são os que estão com saudade do Brasil ajoelhado diante do capital estrangeiro, produzindo e gerenciando miséria, matando trabalhadores rurais, favorecendo os latifundiários, tratando aposentados como vagabundos, humilhando os desempregados e propondo o fim da história.
Enfim, a Aliança de Batistas do Brasil vem a público levantar o seu protesto contra o processo apelatório e discriminador que nos últimos dias tem associado o Partido dos Trabalhadores às forças da iniquidade. Lamentamos, sobretudo, a participação de líderes e igrejas cristãs nesses discursos e atitudes que lembram muito a preparação das fogueiras da inquisição.
Maceió, 10 de setembro de 2010.
Pastora Odja Barros Santos - Presidente
Pastores/as batistas membros da Aliança
Pr. Joel Zeferino _ Igreja Batista Nazaré – Salvador (BA)
Pr. Wellington Santos – Igreja Batista do Pinheiro – Maceió (AL)
Pr. Paulo César – Igreja Batista Bultrins – Olinda (PE)
Pr. Paulo Nascimento – Igreja Batista da Forene – Maceió (AL)
Pr. Reginaldo José da Silva – Igreja Batista da Cidade Evangélica dos Órfãos – Bonança (PE)
Pr. Waldir Martins Barbosa – Igreja Batista Esperança - Salvador (BA)
Pr. Silvan dos Santos – Igreja Batista Pinheiros – São Lourenço da Mata (PE)
Pr. Marcos Monteiro – Comunidade de Jesus – Feira de Santana (BA)
Pr. João Carlos Silva de Araujo - Primeira Igreja Batista do Recreio - Rio de Janeiro (RJ)
Pra. Marinilza dos Santos - Igreja Batista Pinheiros – São Lourenço da Mata (PE)
Pr. Adriano Trajano – Chã Preta (AL)
Pr. Pedro Virgilio da Silva Filho - Serrinha (BA)
Pr. Gilmar de Araújo Duarte - Primeira Igreja Batista de Brás de Pina - Rio de Janeiro (RJ)
Pr. Alessandro Rodrigues Rocha - Segunda Igreaja Batista de Petrópolis - Petrópolis (RJ)
Pr. Nilo Tavares Silva - Igreja Batista em Praça do Carmo - Rio de Janeiro (RJ)
Pr. Luis Nascimento - Princeton (New Jersey) - EUA
Pr. Raimundo Barreto – Falls Church (Virginia) - EUA
Fonte
Novos Diálogos
www.novosdialogos.com/artigo.asp?id=272
5 de setembro de 2010
27 de agosto de 2010
Elohim
Read more:http://www.jewishencyclopedia.com/view.jsp?artid=52&letter=N&search=God#165#ixzz0xmhTgbJP
25 de agosto de 2010
Eleições e Agora.??
Todos Querem Uma Nova Reforma
Gustavo Bessa, do DT, defende volta à Palavra e Testemunho
Depois de Hernandes Dias Lopes e teólogos à Revista Época conclamarem uma reforma protestante, agora foi à vez do pastor Gustavo Bessa, marido de Ana Paula Valadão, através de um artigo, pedir revisão de postura da Igreja. O líder da Igreja Batista da Lagoinha em Minas Gerais, diz que no passado a Igreja institucional usava a Bíblia para enganar os fiéis. “Muitas instituições também usam a Bíblia para enganar os cristãos. Mudaram as épocas, os nomes das pessoas, as propostas, as regiões geográficas, mas a ganância, a vaidade, a ambição e as estratégias continuam sendo as mesmas”, criticou.
No artigo ele defende uma nova reforma nas instituições e diz que o problema que culminou foi a falta de leitura e meditação na Palavra de Deus. “Os cristãos se tornaram acomodados e preguiçosos”, rebateu.
LEI NA INTEGRA:
Precisamos de uma nova reforma
Nós estamos precisando de uma nova Reforma! Na época da primeira Reforma, a igreja estava vendendo terrenos nos Céus; nos dias de hoje, a igreja está vendendo terrenos na Terra. Naquele tempo, as pessoas ansiavam pelos tesouros dos Céus; hoje, as pessoas anseiam pelos tesouros da terra. No passado, a igreja institucional usava a Bíblia para enganar os fiéis; no presente, muitas instituições também usam a Bíblia para enganar os cristãos. Mudaram as épocas, os nomes das pessoas, as propostas, as regiões geográficas, mas a ganância, a vaidade, a ambição e as estratégias continuam sendo as mesmas.
Precisamos de uma nova Reforma não, primeiramente, nas instituições, mas, sobretudo em nossos próprios corações. A Bíblia precisa ser redescoberta, não nos púlpitos e nas plataformas, mas nos nossos quartos e momentos mais íntimos. Se naquela época, as pessoas eram enganadas porque tinham os olhos nos Céus, hoje, as pessoas são enganadas porque têm os olhos na Terra; se no passado, os cristãos eram iludidos porque não tinham a Bíblia em suas mãos, hoje, eles são iludidos mesmo tendo uma, duas, três ou mais Bíblias em casa. O problema não é a falta das Escrituras, mas, sim, a falta de leitura e meditação na Palavra de Deus. Os cristãos se tornaram acomodados e preguiçosos!
Nos dias de hoje, poucas são as pessoas que não se deixam levar pela preguiça intelectual; e muitos são os que preguiçosamente se assentam para ouvir a música ou a pregação de um outro. Muitos são os que só se alimentam daquilo que é regurgitado por outros; e poucos são os que, diante do Senhor, cavam as suas próprias cisternas a fim de beberem das águas mais límpidas. Muitos, sem o saber, já estão doentes, pois são muitos os que não mais têm fome e nem sede. Alimentam-se através de uma sonda, quando alguém lhes injeta algum tipo de alimento na alma.
Os sermões, as pregações e a adoração congregacional são fundamentais; mas eles jamais substituem o firme fundamento que é construído no trabalho solitário da leitura e meditação diária nas Escrituras, quando a pessoa pode se encontrar e relacionar-se intimamente com a Palavra que se fez carne, Jesus, o Pão do Céu, o desejado da nossa alma. A recomendação que Paulo deu a Timóteo é a mesma que ecoa pelas paredes dos séculos e reverbera nos nossos ouvidos: “Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade” (2Timóteo 2.15 – RA).
Voltemos à Palavra e ao Testemunho!
28 de junho de 2010
O que Aconteceu com os Evangélicos.?
Quando Paulo Romeiro escreveu Evangélicos em Crise em meados da década de 90, ele apenas tocou em uma das muitas áreas em que o evangelicalismo havia entrado em colapso no Brasil: a sua incapacidade de deter a proliferação de teologias oriundas de uma visão pragmática e mercantilista de igreja, no caso, a teologia da prosperidade.Fica cada vez mais claro que os evangélicos estão atualmente numa crise muito maior, a começar pela dificuldade – para não falar da impossibilidade – de ao menos se definir hoje o que é ser evangélico.Até pouco tempo, “evangélico” indicava vagamente aqueles protestantes de entre todas as denominações – presbiterianos, batistas, metodistas, anglicanos, luteranos e pentecostais, entre outros, que consideravam a Bíblia como Palavra de Deus, autoritativa e infalível, que eram conservadores no culto e nos padrões morais, e que tinham visão missionária.Hoje, no Brasil, o termo não tem mais essa conotação. Ele tem sido usado para se referir a todos os que estão dentro do cristianismo em geral e que não são católicos romanos: protestantes históricos, pentecostais, neopentecostais, igrejas emergentes, comunidades dos mais variados tipos, etc.É evidente a crise gigantesca em que os evangélicos se encontram: a falta de rumos teológicos definidos, a multiplicidade de teologias divergentes, a falta de uma liderança com autoridade moral e espiritual, a derrocada doutrinária e moral de líderes que um dia foram reconhecidos como referência, o surgimentos de líderes totalitários que se auto-denominam pastores, bispos e apóstolos.A conquista gradual das escolas de teologia pelo liberalismo teológico, a falta de padrões morais pelos quais ao menos exercer a disciplina eclesiástica, a depreciação da doutrina, a mercantilização de várias editoras evangélicas que passaram a publicar livros de linha não evangélica, e o surgimento das chamadas igrejas emergentes. A lista é muito maior e falta espaço nesse post.Recentemente um amigo meu, respeitado professor de teologia, me disse que o evangelicalismo brasileiro está na UTI. Concordo com ele. A crise, contudo, tem suas raízes na própria natureza do evangelicalismo, desde o seu nascedouro.Há opiniões divergentes sobre quando o moderno evangelicalismo nasceu. Aqui, adoto a opinião de que ele nasceu, como movimento, nas décadas de 50 e 60 nos Estados Unidos. Era uma ala dentro do movimento fundamentalista que desejava preservar os pontos básicos da fé (veja meu post sobre Fundamentalismo), mas que não compartilhava do espírito separatista e exclusivista da primeira geração de fundamentalistas.A princípio chamado de “neo-fundamentalismo”, o evangelicalismo entendia que deveria procurar uma interação maior com questões sociais e, acima de tudo, obter respeitabilidade acadêmica mediante o diálogo com a ciência e com outras linhas dentro da cristandade, sem abrir mão dos “fundamentos”.Eles queriam se livrar da pecha de intransigentes, fechados, bitolados e obscurantistas, ao mesmo tempo em que mantinham doutrinas como a inerrância das Escrituras, a crença em milagres, a morte vicária de Cristo, sua divindade e sua ressurreição de entre os mortos. Eram, por assim dizer, fundamentalistas esclarecidos, que queriam ser reconhecidos academicamente, acima de tudo.O que aconteceu para o evangelicalismo chegasse ao ponto crítico em que se encontra hoje? Tenho algumas idéias que coloco em seguida.1. O diálogo com católicos, liberais, pentecostais e outras linhas sem que os pressupostos doutrinários tivessem sido traçados com clareza. Acredito que podemos dialogar e aprender com quem não é reformado. Contudo, o diálogo deve ser buscado dentro de pressupostos claros e com fronteiras claras. Hoje, os evangélicos têm dificuldades em delinear as fronteiras do verdadeiro cristianismo e de manter as portas fechadas para heresias. 2. A adoção do não-exclusivismo como princípio. Ao fazer isso, os evangélicos começaram a abrir a porta para a pluralidade doutrinária, a multiplicidade de eclesiologias e o relativismo moral, sem que tivessem qualquer instrumento poderoso o suficiente para ao menos identificar o que estivesse em desacordo com os pontos cruciais.3. O abandono gradual da aderência a esses pontos cruciais com o objetivo de alargar a base de comunhão com outras linhas dentro da cristandade. Com a redução cada vez maior do que era básico, ficou cada vez mais ampla a definição de evangélico, a ponto de perder em grande parte seu significado original.4. O abandono da confessionalidade, das grandes credos e confissões do passado, que moldaram a fé histórica da Igreja com sua interpretação das Escrituras. Não basta dizer que a Bíblia não tem erros. Arminianos, pelagianos, socinianos, unitários, eteroteólogos, neopentecostais – todos afirmarão isso.O problema está na interpretação que fazem dessa Bíblia inerrante. Ao jogar fora séculos de tradição interpretativa e teológica, os evangélicos ficaram vulneráveis a toda nova interpretação, como a teologia relacional, a teologia da prosperidade, a nova perspectiva sobre Paulo, etc.5. A mudança de uma orientação teológica mais agostiniana e reformada para uma orientação mais arminiana. Isso possibilitou a entrada no meio evangélico de teologias como a teologia relacional, que é filhote do arminianismo. Permitiu também a invasão da espiritualidade mística centrada na experiência, fruto do reavivalismo pelagiano de Charles Finney. Essa mudança também trouxe a depreciação da doutrina em favor do pragmatismo, e também o antropocentrismo no culto, na igreja e na missão, tudo isso produto da visão arminiana da centralidade do homem.Mas talvez o pior de tudo foi a perda da cosmovisão reformada, que serviria de base para uma visão abrangente da cultura, ciência e sociedade, a partir da soberania de Deus sobre todas as áreas da vida. Sem isso, o evangelicalismo mais e mais tem se inclinado a ações isoladas e fragmentadas na área social e política, às vezes sem conexão com a visão cristã de mundo.6. Por fim, a busca de respeitabilidade acadêmica, não somente da parte dos demais cristãos, mas especialmente da parte da academia secular. Essa busca, que por vezes tem esquecido que o opróbrio da cruz é mais aceitável diante de Deus do que o louvor humano, acabou fazendo com que o evangelicalismo, em muitos lugares, submetesse suas instituições teológicas aos padrões educacionais do Estado e das universidades.Padrões esses comprometidos metodológica, filosófica e pedagogicamente com a visão humanística e secularizada do mundo, em que as Escrituras e o cristianismo são estudados de uma perspectiva não cristã. Abriu-se a porta para o velho liberalismo.Não há saída fácil para essa crise. Contudo, vejo a fé reformada como uma alternativa possível e viável para a igreja evangélica brasileira, desde que se mantenha fiel às grandes doutrinas da graça e aos lemas da Reforma, e que faça certo aquilo que os evangélicos não foram capazes de fazer:(1) dialogar e interagir com a diversidade delineando com clareza as fronteiras do cristianismo; (2) abandonar o inclusivismo generalizado e adotar um exclusivismo inteligente e sensível;(3) voltar a valorizar a doutrina, especialmente os pontos fundamentais da fé cristã expressos nos credos e confissões, que moldaram os inícios do movimento evangélico.Talvez assim possamos delinear com mais clareza os contornos da face evangélica em nosso país.