"A Ciência e religião"
“A ciência investiga; a religião interpreta. A ciência fornece o conhecimento que dá poder; a
religião fornece a sabedoria que dá controle. A ciência lida com os fatos, a religião lida
primordialmente com os valores. As duas não são rivais. Elas se complementam. A ciência ajuda a
religião a não cair no vale paralisante da irracionalidade e do obscurantismo. A religião previne a
ciência de despencar no pântano do materialismo obsoleto e do niilismo moral.”
29 de maio de 2009
Pai Nosso.!
CREDO IN DEUM, PATREM OMNIPOTENTEM, CREATOREM CÆLI ET TERRÆ.
ET IN JESUM CHRISTUM, FILIUM EIUS UNICUM, DOMINUM NOSTRUM:
QUI CONCEPTUS EST DE SPIRITU SANCTO, NATUS EX MARIA VIRGINE,
PASSUS SUB PONTIO PILATO, CRUCIFIXUS, MORTUUS, ET SEPULTUS: DESCENDIT AD INFEROS;
TERTIA DIE RESURREXIT A MORTUIS;
ASCENDIT AD CÆLOS;
SEDET AD DEXTERAM DEI PATRIS OMNIPOTENTIS:
INDE VENTURUS EST JUDICARE VIVOS ET MORTUOS.
CREDO IN SPIRITUM SANCTUM, SANCTAM ECCLESIAM,
SANCTORUM COMMUNIONEM,
REMISSIONEM PECCATORUM,
CARNIS RESURRECTIONEM,
VITAM ÆTERNAM.
AMEN.
ET IN JESUM CHRISTUM, FILIUM EIUS UNICUM, DOMINUM NOSTRUM:
QUI CONCEPTUS EST DE SPIRITU SANCTO, NATUS EX MARIA VIRGINE,
PASSUS SUB PONTIO PILATO, CRUCIFIXUS, MORTUUS, ET SEPULTUS: DESCENDIT AD INFEROS;
TERTIA DIE RESURREXIT A MORTUIS;
ASCENDIT AD CÆLOS;
SEDET AD DEXTERAM DEI PATRIS OMNIPOTENTIS:
INDE VENTURUS EST JUDICARE VIVOS ET MORTUOS.
CREDO IN SPIRITUM SANCTUM, SANCTAM ECCLESIAM,
SANCTORUM COMMUNIONEM,
REMISSIONEM PECCATORUM,
CARNIS RESURRECTIONEM,
VITAM ÆTERNAM.
AMEN.
22 de maio de 2009
Penso, Logo Existo.!
Penso, logo existo.
A arte de pensar é uma das maiores bençãos que o Senhor nos legou. Portanto, precisamos utilizar esta ferramenta. Pense: por que nós evangelicos raramente nos engajamos em causas sociais? Pense: por que repudiamos os neopentecostais com suas práticas nefastas e sua teologia da prosperidade mas fazemos uso do seu crescimento numérico para engordar a 'presença evangélica' no país? Pense: por que tememos o crescimento do islamismo ou espiritismo e não atentamos que o verdadeiro perigo ao evangelho está no nosso meio (inveja, desamor, hipocrisia, legalismo etc)? Pense: por que assistimos passivos a ascensão de 'igrejas' como a universal ou mundial onde pregam um evangelho de bençãos, curas e promessas materiais infindas e não os desmacaramos que o 'verdadeiro' evangelho 'também' contém aflições, percalços e sofrimentos? Pense: por que não se vê passeatas ou protestos com evangelicos denunciando questões ambientais como o desmatamento da Amazônia ou contra a pedofia?
A arte de pensar é uma das maiores bençãos que o Senhor nos legou. Portanto, precisamos utilizar esta ferramenta. Pense: por que nós evangelicos raramente nos engajamos em causas sociais? Pense: por que repudiamos os neopentecostais com suas práticas nefastas e sua teologia da prosperidade mas fazemos uso do seu crescimento numérico para engordar a 'presença evangélica' no país? Pense: por que tememos o crescimento do islamismo ou espiritismo e não atentamos que o verdadeiro perigo ao evangelho está no nosso meio (inveja, desamor, hipocrisia, legalismo etc)? Pense: por que assistimos passivos a ascensão de 'igrejas' como a universal ou mundial onde pregam um evangelho de bençãos, curas e promessas materiais infindas e não os desmacaramos que o 'verdadeiro' evangelho 'também' contém aflições, percalços e sofrimentos? Pense: por que não se vê passeatas ou protestos com evangelicos denunciando questões ambientais como o desmatamento da Amazônia ou contra a pedofia?
17 de maio de 2009
A Religião e o Evangelho se Misturam.??

A Paz do senhor a todos(as)
Tenho meditado na palavra de Deus e na sua aplicação no meio religioso em que estamos vivendo em nossas Igrejas no Brasil.
Ser Cristão tem sido algo Maravilhoso, conher a dimensão do Evangelho salvador de jesus Cristo que move e comove os corações, daqueles que sinceramente desejam ter um compromisso com o Autor da Vida é fundamental para sobrivivermos em meio a este Mundo tenebroso da Religião. A religião Evangélica estruturada e administrada pelos seus Líderes ao longo dos anos tem deixado marcas profundas de tristezas em nossos corações, porque infelizmente alguns de seus líderes estão mais preocupados com os seus interesses e Objetivos para saciar a sua ganância materialista e sua Vaidade pessoal.
São poucos e seletos Homens e Mulheres de Deus compromissados em Levar a mensagem do Evangelho de Jesus Cristo como ele é.! a mensagem da Cruz e da graça de Deus que liberta e sara nossos corações.!!!
Glória a Deus pela vida daqueles que não si alienaram ao um sistema religioso, que aprisiona a mente e os corações de muitos incautos irmãos e Líderes neste País.
O Evangelho de Jesus Cristo não precisar de adereços mirabolantes e campanhas frajutas como ex: passar pela corrente dos 70, vale do sal..etc..etc...para mostrar a sua eficácia como Evangelho Vivo e Restaurador.
A religião tem tentado aprisionar o Evangelho da cruz dentro de uma Teologia de prosperidade e Vaidade mas o Espírito Santo têm movido as barreiras e libertado corações e mentes, do ostracismo da religião e trazido a mensagem da Graça, amor, vida, perdão, cura,´que excede a religião e se achega a todos nós seres humanos falíveis e imperfeitos mas carentes desta graça salvadora.!!
O qual, quando chegou e viu a graça de Deus, se alegrou, e exortava a todos a perseverarem no Senhor com firmeza de coração. Atos 11: 23
Portanto amados irmãos sejamos humanos a ponto de reconhecer a nossa necessidade por viver a graça de Deus, sendo assim livres das garras do sistema religioso
15 de maio de 2009
Superação- A Deficiência Interior é o que nos Impede de Superar os Obstáculos e vencer.!
Nick Vujicic é outro, de muitos mais que existem, exemplo de superação. Não tendo braços e pernas, apenas pés semi-desenvolvidos, anda, corre, nada, se troca, faz sua comida etc, etc... Aprendeu a lidar com suas limitações.
Tendo que se conformar com as limitações essas pessoas aprenderam a lidar com isso e se superaram. Mas e nós que somos "perfeitos" e estamos com boa saúde, qual a lição a tirar destas pessoas.
Gostaria de compartilhar algumas lições:
1) Quanto mais cedo nos conformarmos dos nossos limites, mais cedo poderemos desenvolver outras habilidades, outros membros, outros sentidos, que irão compensar nossas incapacidades.
2) Quanto mais cedo nos conformarmos dos nossos limites, sentiremos menos depressão e revolta pela vida, por Deus, e por mim mesmo. Lembrando que essa depressão e revolta é fruto de um sentimento de injustiça por parte da vida de reter ou tirar de você aquilo que você acha que era justo ter. E a comparação com as outras pessoas fica sendo inevitável. Porque eu e não a outra pessoa? Porque a outra pessoa é ruim e saudável e eu tenho esse problema?
3) A superação deve existir não somente quando se nasce com o problema, como nos casos do Tony e do Nick, mas em qualquer perda que possa acontecer na nossa vida. Exemplo: Morte de familiares ou entes queridos; perda de emprego; casamento desfeito; falência da empresa; doença etc. Em cada caso quanto mais rápido se conformar de maneira positiva, não vendo a vida como uma devedora sua, mas como uma parte natural da nossa existência e quanto maior for a intensidade da disposição de recomeçar aliado a certeza do amor de Deus, mais rápido a vida lhe trará bons frutos. Mesmo que esta seja uma época de crise.
4) Tempos de crise, de dor são os que mais ensinam ao homem.
Resumindo:
Se você realmente sentiu uma perda grande esses dias. Se você se decepcionou com um relacionamento muito importante, qualquer que seja a sua perda e a sua dor, você pode recomeçar e fazer melhor a sua vida.
Se puder confiar no amor que Deus tem por você e se dispuser a tomar um banho interior e deixar que a sujeira da vida possa ir embora através do ralo do perdão, então você estará cada vez mais pronto para viver a vida com sanidade e maturidade.
Isso porque esta vida é assim. É um tempo de perdas constantes. Por isso a Bíblia nos diz que as provações pelas quais passamos nesse mundo não se pode comparar com aquilo que Deus preparou para nós de bom.
Parece que todas as nossas perdas nos remetem à uma conclusão, que a própria criação está empenhada em não nos deixar acomodados com esta vida aqui, a criar a expectativa de uma vida futura melhor, a nunca nos dar tudo o que o nosso coração quer, a não nos deixar sentir completos e totalmente realizados.
Assim, a vida tem uma característica forte para os forasteiros que somos: Ela é só uma passagem, nós não somos daqui, nossa terra é outra.
Por isso recomeçar de novo, de novo, é uma lei para todos nós que somos temporais. Recomeçar de novo e tentar fazer melhor, confiando que a bondade de Deus nos levou a isso para o nosso bem, é transformar a maldição em bênção, a dor em alegria, a dificuldade em superação, porque a vida... a vida é assim mesmo. E ninguém tira dela mais do que ela pode dar.
Superação só pode ocorrer quando a pessoa pode contar com a bondade de Deus a seu favor!
30 de abril de 2009
ALMA- Afinal o que é Isso.??
Alma-Afinal,o Que É Isso?- Pr.Deivinson Gomes Bignon
“Respondeu-lhe Jesus: Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento.”-(MT-22.37
Lemos tantas vezes na Bíblia a palavra “alma”, não é mesmo? Mas nem sempre compreendemos bem o seu verdadeiro significado.O termo“alma”,que procede do latim anima,de modo geral é apresentado nas Escrituras Sagradas como o princípio da vida, o sopro vital de Deus que anima o corpo. Vejamos, desde já, algumas definições e sentidos de acordo com diferentes abordagens religiosas e culturais, para que daí possamos compará-las com o significado dado pela Palavra de Deus.
Para as três grandes tradições do Ocidente: cristianismo, judaísmo e islamismo; as concepções de alma se assemelham. Para os cristãos em geral (evangélicos, católicos, luteranos e ortodoxos), o ser humano nasce com dois princípios inseparáveis: espiritual (alma) e material (corpo). Para o judaísmo, “A alma é a essência do homem. Ela é invisível, porém real, como o pensamento, o sentimento e a visão. (...) é a divindade dentro do indivíduo, que o leva a realizar a sua humanidade”, explica o rabino Henry Sobel da Congregação Israelita Paulista.
Já para as principais correntes do Oriente,ou seja,o hinduísmo,jainismo e budismo e suas mais diver-sas facções, o conceito de alma difere das religiões ocidentais. “O que os gregos denominam de alma, o zen chama de mente.Para as tradições orientais,a mente significa tudo o que existe,o ilimitado, infi-nito, atemporal”, explica Cláudia Coen Murayama, monja superiora do Templo Budista Soto Zen da América Latina.
As tradições de origem africana apresentam sua própria leitura do termo:“Cada alma, criada por 16 di-vindades que presidem o destino, tem o seu orixá específico”; ou seja, cada pessoa ao “reencarnar” tem um espírito mais evoluído que o direciona em sua atual jornada humana. Explica o sociólogo Car-los Eugênio Marcondes de Moura, devoto e pesquisador de candomblé há 20 anos, com seis livros publicados sobre o tema.
Para a psicóloga Denise Ramos, o homem moderno está se dando conta de que a ciência não respon-de às suas dúvidas essenciais e, portanto, está se voltando ao interior em busca de sua alma. “O fato pode ser observado na multiplicidade de religiões e no crescente número de devotos. Neste final de milênio, busca-se um meio de responder as questões que acompanham a humanidade desde sempre: Qual o sentido da vida? De onde vim? Para onde vou?”, constata.
Pode-se observar não apenas concepções diferentes sobre a alma, mas também em relação ao seu destino. Nesse momento as crenças se dividem em dois grandes blocos: os reencarnacionistas - que acreditam em consecutivos retornos da alma à vida humana para fins de aperfeiçoamento - (budismo, hinduísmo, jainismo, taoísmo, kardecismo, etc.) e os não reencarnacionistas - que acreditam que a alma é inerente à vida corporal humana e, por isso mesmo, não pode voltar à terra outras vezes e em corpos diferentes - (islamismo, judaísmo e igrejas cristãs como: católica romana, luterana, evangélicas em geral, etc.).
Depois de todas essas filosofias e opiniões acerca da alma, resta-nos averiguar a verdadeira autoridade em termos de regra de fé e prática para a nossa vida, a Bíblia Sagrada.
A alma é o fôlego de vida soprado por Deus nas narinas de Adão, o primeiro ser humano (Gn-2.7); pode ser o mesmo que o espírito humano (Mt-10.28;16.26). Quando o Senhor Jesus Cristo disse:“ Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração,de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento” (Mt-22.37), Ele nos mostra que a alma pode ser também entendida como a totalidade do ser do homem. Já a expressão “alma vivente” significa simplesmente a vida biológica animal (Gn-1.24).
Como você pode perceber, a Palavra de Deus nos apresenta alguns versículos com diferentes signifi-cados para o termo alma. Eles precisam ser analisados dentro de seu contexto (versículos anteriores e posteriores) para que possamos compreender bem qual seja o significado mais apropriado em cada caso.
Creio que a alma é originada no momento da concepção do feto humano e é imortal-ou seja,não pode-rá jamais ser exterminada - (Mt-25.31a46). Portanto, ela só habitará na terra uma única vez, com um único corpo físico mortal, vindo logo após à morte física o juízo de Deus (Hb-9.27).
Por isso, não é bíblico acreditarmos na reencarnação da alma (Ec-12.7). Espero ter realmente ajudado a esclarecer esse assunto, à luz da Bíblia. Que Deus nos abençoe sempre.
_______________________________________
Pastor Deivinson Gomes Bignon
O DESTINO DA ALMA
Pr. Deivinson Gomes Bignon
INTRODUÇÃO
Que devemos crer no tocante ao presente estado daqueles que já faleceram?
O estado intermediário daqueles que têm partido desta vida tem sido assunto de muita conjectura.
Nem mesmo a luz que brilha das Escrituras parece ser tão forte quanto alguns desejariam. É suficien-te, entretanto, revelar os fatos essenciais.
DESENVOLVIMENTO
Há duas palavras que precisam ser consideradas neste contexto, pois desempenham importante pa-pel no ensino da Bíblia sobre o assunto. As duas palavras são: “Sheol” e “Hades”, sendo a primeira hebraica, e a segunda grega.As duas palavras tem a mesma significação,isto é,referem-se ao mesmo lugar geral: a habitação das almas dos mortos. Em algumas traduções essas palavras são traduzidas de diversas maneiras, tais como “inferno”, “abismo” e “sepultura”, porém não são traduções corretas, pois cada um desses vocábulos nossos tem seu próprio equivalente hebraico ou grego. Há versões que evitam o erro não traduzindo, mas apenas transliterando as palavras “Sheol” e “Hades”. No Antigo Testamento, todos aqueles que morriam, tanto justos como ímpios, são referidos como tendo ido para o Sheol (Gn 37:35; Sl 9:17; 16:10). Na narrativa do rico e Lázaro, em Lucas 16, Jesus levanta a cortina e revela o fato de que no Sheol ou Hades existem dois compartimentos. O primeiro, chamado de “Seio de Abraão”, era a habitação dos justos, e então era identificado com o Paraíso (Lc 23:43, comparado com Mt 12:40). Por ocasião da ressurreição de Cristo essa parte do Hades foi esvaziada de seus ocupantes, que foram transferidos à destra de Deus (Ef 4:8-10, comparado com II Co 12:2-4; Sl 68:18; Zc 9:11,12).A nova habitação dos justos é atualmente chamada de Paraíso.É a esse lugar da presen-ça de Cristo que o crente vai por ocasião de sua partida deste mundo, e é ali que o crente habita em comunhão consciente com Cristo,onde permanecerá também até a ressurreição dos justos(Fp-1.23e 24;2ªCo-5:6a8;1ªTs-4.14a17). A outra parte do Hades ou Sheol, que era separada do Paraíso pelo grande abismo, é a habitação das almas dos ímpios. É a prisão temporária onde os criminosos do universo são mantidos aprisionados enquanto esperam o Julgamento do Grande Trono Branco.
Sob esse tópico devemos considerar o destino futuro das duas classes, os Justos e os Ímpios-aquele destino que tem seu início após esta presente vida terrena e depois do encerramento desta atual or-dem mundana.
I - O Céu em Sua Relação com o Destino Futuro dos Justos
Segundo certas crenças tradicionais, supõe-se que existam sete céus, mas as próprias Escrituras se referem apenas a três:o céu atmosférico(At-14.17);o céu estelar(Gn-1.14);e o terceiro céu(2ªCo-12.2; Dt-10.14).
Através das Escrituras é ensinada a reconstituição do mundo material, mediante a qual este passará da escravidão e da corrupção para a liberdade da glória dos filhos de Deus.
1. Sua Realidade Bíblica
* Cl-1.5 - “Por causa da esperança que vos está preservada nos céus, da qual antes ouvistes pela palavra da verdade do evangelho.”
Ver Ainda – 1ªPe-1.3a5;1ªTs-4.16e17.
Declaração Doutrinária - O destino celestial dos justos é um fato estabelecido, não pela razão humana, mas antes, pela revelação divina.
2. Sua Forma: Um Lugar
As Escrituras indicam determinada parte do universo, chamada de céu, como a futura habitação dos crentes. As Escrituras ensinam que o céu é um lugar.
II - O Inferno em Sua Relação com o Destino dos Ímpios
Conforme usado aqui, o termo inferno significa habitação e a condição final dos pecadores.
Essa é uma questão a respeito da qual tanto a ciência como a filosofia se mantêm necessariamente em silêncio, ao mesmo tempo que somente a revelação tem permissão de falar contendo autoridade.
“A palavra grega traduzida “inferno”, descreve a habitação, é “gehenna” - o nome dado ao Vale de Hinom, ao Sul de Jerusalém, onde era lançado e queimado o lixo da cidade. À qualquer momento, de dia ou de noite, via-se o fogo com sua fumaça subindo desse vale. Jesus faz dele o símbolo do inferno, onde não lhes morre o verme, nem o fogo se apaga.” - Dixon
1. Sua Realidade Bíblica
(1) Estabelecida pela Razão
a) O Argumento Tirado do Princípio da Separação
Esse princípio opera em todos os setores da vida. Os mortos são separados dos vivos: todo cemitério e crematório é um argumento à favor da existência do inferno. O lixo é separado do alimento sadio: toda lata de lixo é um argumento à favor da existência do inferno. O refugo é separado das coisas de valor: cada monte de refugo é um argumento à favor da existência do inferno.
“Aqueles que rejeitam a vida em Deus se tornam, mais cedo ou mais tarde, refugo em seu caráter e, na natureza das coisas, precisam ser removidos para um lugar separado.” – Dixon
b) Argumento Tirado do Princípio da Conseqüência Natural
O inferno é o resultado lógico da seqüência de uma vida de impiedade. O pecado condena tão certa-mente quanto o fogo queima, a água molha ou a enfermidade incurável mata.O pecado significa infer-no, tanto neste mundo como no vindouro. A fumaça do tormento ascende aqui desde o lupanar, desde a taberna, desde a boate, desde a casa do ébrio, desde o tribunal do divórcio, desde a prisão, desde a cadeira elétrica, desde a forca, desde o hospital de alienados mentais, desde a cabaré, desde a vida de homens e mulheres que estão a queimar-se na fornalha de suas próprias concupiscências.
b) Argumento Tirado do Princípio de Restrição
Existem aqueles que se sentem impelidos no crime da iniquidade, com receio do castigo.
Eliminar toda a penalidade pela desobediência à lei é abrir a comportas do crime. “Se houvesse mais pregação de inferno nos púlpitos, haveria menos do inferno em cada comunidade.” - Dixon. O aumento dos suicídios, dos homicídios e de outras formas de crimes, se deve, em não pequena medida, à remoção do temor de toda retribuição futura.
c) O Argumento Tirado do Princípio da Obrigação Governamental
Deus precisa, em viste de sua lei e justiça, impor castigo ao pecador. É preciso satisfazer a justiça ofendida. A penalidade contra lei desobedecida deve ser sofrida. Se isso não for feito em lugar do pecador, terá que ser feito por ele. Uma lei sem penalidade não passa de uma farsa, assim também como uma penalidade não cumprida.
(2) Estabelecida pela Revelação
MT-5.29 - “Se o teu olho direito te faz tropeçar, arranca-o e lança-o de ti; pois te é melhor que se perca um dos teus membros do que seja todo o teu corpo lançado no inferno.”
Declaração Doutrinária - O fato do inferno está em harmonia com a razão e de conformidade com os ensinamentos da Revelação divina.
2. Sua Forma: Um Lugar
Assim como o céu é um lugar, tendo sua localização definida, assim também é o inferno. Isso é visto pelo fato que é representado como possuidor de habitantes. É ainda demonstrado em razão do fato que os seus habitantes possuem não apenas alma, mas também corpos. Também se pode inferir pela descrição da presente habitação dos ímpios, no “Hades”, como um “lugar” (Lc-16.28), pois é desse local que hão de ser transferidos para outro lugar chamado “Gehenna”. Pode-se ainda afirmar que todos os termos descritivos que são usados a respeito do inferno denotam localidade.
3. Seus Ocupantes: Os Impenitentes
As Escrituras descrevem uma multidão heterogênea que comporá os habitantes dessa morada dos perdidos. Estes representam muitas e diversas formas e graus de pecados e iniquidade, mas todos são culpados e serão condenados.
(1) Satanás e Seus Anjos
MT-25.41 - “Então dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o Diabo e seus anjos;”
(2) A Besta e o Falso Profeta
AP-20.10 - “e o Diabo, que os enganava, foi lançado no lago de fogo e enxofre, onde estão a besta e o falso profeta; e de dia e de noite serão atormentados pelos séculos dos séculos.”
(3) Homens Ímpios e Incrédulos
AP-21.8 - “Mas, quanto aos medrosos, e aos incrédulos, e aos abomináveis, e aos homicidas, e aos adúlteros, e aos feiticeiros, e aos idólatras, e a todos os mentirosos, a sua parte será no lago ardente de fogo e enxofre, que é a segunda morte.”
4. Sua Duração: Eterna
(1) Estabelecido pela Razão
a) O argumento Tirado da Existência Interminável da Alma
A criação do homem à imagem de Deus leva consigo a necessidade de uma existência interminável, pois esse é um elemento muito essencial do ser de Deus e, por conseguinte, necessário no ser do homem, em vista da similaridade indicada pelos termos “imagem” e “semelhança”. Assim como a vida é essencial à existência, assim também a existência interminável implica em vida interminável. As Escrituras nunca representam a alma como sujeita à morte no sentido de se tornar extinta ou passar a um estado de existência inconsciente. Visto que o homem tem existência interminável é necessário, portanto, que passe a eternidade de algum modo, em algum lugar, e , visto que a impenitência dos ímpios exclui a possibilidade de sua reconciliação com Deus e livramento do castigo, é necessário, portanto, que seu castigo seja eterno. Pois o pecado dos ímpios desse modo se torna pecado eterno, e eles mesmos se tornam eternos pecadores (Mc 3:29).
(b) O Argumento Tirado do Sacrifício Infinito de Cristo
“Se qualquer coisa menos que a punição eterna for devida em vista do pecado, que necessidade há-via de um sacrifício infinito para livrar do castigo? Jesus derramaria seu precioso sangue para livrar-nos das conseqüências de nossa culpa, se tais conseqüências forem apenas temporárias? Conceda-se-nos a verdade de um sacrifício infinito, e disso tiraremos a conclusão que o castigo eterno é uma verdade.” - C. H. M.
(2) Estabelecido pela Revelação
Mt 25:46 - “E irão eles para o castigo eterno, mas os justos para a vida eterna.”
Alguns afirmam que a palavra grega “aionios”, traduzida na passagem acima como “eterno” significa apenas um período indefinido de tempo, e que não significa “interminável” ou “eterno”. Essa palavra ocorre cerca de setenta vezes no Novo Testamento, e deve ter o mesmo sentido em cada caso. “A palavra que é aplicada ao castigo dos ímpios também é aplicada à vida que os crentes possuem (Mt 19:16), a salvação e a redenção na qual se regozijam (Hb 9:12), a glória pela qual esperam (II Co 4:17), aquelas mansões as quais esperam habitar (II Co 5:1), e a herança que esperam desfrutar (Hb 9:15). Além disso, é aplicada a Deus (Rm 16:26) e ao Espírito (Hb 9:14). Se, portanto, for sustentado que o termo“eterno”não significa“eterno”quando aplicado ao castigo dos ímpios, que garantia possuí-mos de que significa eterno quando aplicado à vida, à bênção, à glória dos remidos? Que fundamento possui alguém, por mais erudito que seja, para destacar sete casos, dentre os setenta que a palavra “aionios” é usada, para dizer que nesses sete casos ela não significa eterno, ainda que nos casos restantes tenham esse significado? Não dispõe de fundamento algum.” - C. H. M.
Declaração Doutrinária - O inferno é um lugar separado para o Diabo e seus anjos, e torna-se a há-bitação eterna de quem se identifica com Satanás.
BIBLIOGRAFIA
BANCROFT,E.H.Teologia Elementar - Doutrinária e Conservadora.8.ed.São Paulo:IBR,1995. 378 p
“Respondeu-lhe Jesus: Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento.”-(MT-22.37
Lemos tantas vezes na Bíblia a palavra “alma”, não é mesmo? Mas nem sempre compreendemos bem o seu verdadeiro significado.O termo“alma”,que procede do latim anima,de modo geral é apresentado nas Escrituras Sagradas como o princípio da vida, o sopro vital de Deus que anima o corpo. Vejamos, desde já, algumas definições e sentidos de acordo com diferentes abordagens religiosas e culturais, para que daí possamos compará-las com o significado dado pela Palavra de Deus.
Para as três grandes tradições do Ocidente: cristianismo, judaísmo e islamismo; as concepções de alma se assemelham. Para os cristãos em geral (evangélicos, católicos, luteranos e ortodoxos), o ser humano nasce com dois princípios inseparáveis: espiritual (alma) e material (corpo). Para o judaísmo, “A alma é a essência do homem. Ela é invisível, porém real, como o pensamento, o sentimento e a visão. (...) é a divindade dentro do indivíduo, que o leva a realizar a sua humanidade”, explica o rabino Henry Sobel da Congregação Israelita Paulista.
Já para as principais correntes do Oriente,ou seja,o hinduísmo,jainismo e budismo e suas mais diver-sas facções, o conceito de alma difere das religiões ocidentais. “O que os gregos denominam de alma, o zen chama de mente.Para as tradições orientais,a mente significa tudo o que existe,o ilimitado, infi-nito, atemporal”, explica Cláudia Coen Murayama, monja superiora do Templo Budista Soto Zen da América Latina.
As tradições de origem africana apresentam sua própria leitura do termo:“Cada alma, criada por 16 di-vindades que presidem o destino, tem o seu orixá específico”; ou seja, cada pessoa ao “reencarnar” tem um espírito mais evoluído que o direciona em sua atual jornada humana. Explica o sociólogo Car-los Eugênio Marcondes de Moura, devoto e pesquisador de candomblé há 20 anos, com seis livros publicados sobre o tema.
Para a psicóloga Denise Ramos, o homem moderno está se dando conta de que a ciência não respon-de às suas dúvidas essenciais e, portanto, está se voltando ao interior em busca de sua alma. “O fato pode ser observado na multiplicidade de religiões e no crescente número de devotos. Neste final de milênio, busca-se um meio de responder as questões que acompanham a humanidade desde sempre: Qual o sentido da vida? De onde vim? Para onde vou?”, constata.
Pode-se observar não apenas concepções diferentes sobre a alma, mas também em relação ao seu destino. Nesse momento as crenças se dividem em dois grandes blocos: os reencarnacionistas - que acreditam em consecutivos retornos da alma à vida humana para fins de aperfeiçoamento - (budismo, hinduísmo, jainismo, taoísmo, kardecismo, etc.) e os não reencarnacionistas - que acreditam que a alma é inerente à vida corporal humana e, por isso mesmo, não pode voltar à terra outras vezes e em corpos diferentes - (islamismo, judaísmo e igrejas cristãs como: católica romana, luterana, evangélicas em geral, etc.).
Depois de todas essas filosofias e opiniões acerca da alma, resta-nos averiguar a verdadeira autoridade em termos de regra de fé e prática para a nossa vida, a Bíblia Sagrada.
A alma é o fôlego de vida soprado por Deus nas narinas de Adão, o primeiro ser humano (Gn-2.7); pode ser o mesmo que o espírito humano (Mt-10.28;16.26). Quando o Senhor Jesus Cristo disse:“ Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração,de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento” (Mt-22.37), Ele nos mostra que a alma pode ser também entendida como a totalidade do ser do homem. Já a expressão “alma vivente” significa simplesmente a vida biológica animal (Gn-1.24).
Como você pode perceber, a Palavra de Deus nos apresenta alguns versículos com diferentes signifi-cados para o termo alma. Eles precisam ser analisados dentro de seu contexto (versículos anteriores e posteriores) para que possamos compreender bem qual seja o significado mais apropriado em cada caso.
Creio que a alma é originada no momento da concepção do feto humano e é imortal-ou seja,não pode-rá jamais ser exterminada - (Mt-25.31a46). Portanto, ela só habitará na terra uma única vez, com um único corpo físico mortal, vindo logo após à morte física o juízo de Deus (Hb-9.27).
Por isso, não é bíblico acreditarmos na reencarnação da alma (Ec-12.7). Espero ter realmente ajudado a esclarecer esse assunto, à luz da Bíblia. Que Deus nos abençoe sempre.
_______________________________________
Pastor Deivinson Gomes Bignon
O DESTINO DA ALMA
Pr. Deivinson Gomes Bignon
INTRODUÇÃO
Que devemos crer no tocante ao presente estado daqueles que já faleceram?
O estado intermediário daqueles que têm partido desta vida tem sido assunto de muita conjectura.
Nem mesmo a luz que brilha das Escrituras parece ser tão forte quanto alguns desejariam. É suficien-te, entretanto, revelar os fatos essenciais.
DESENVOLVIMENTO
Há duas palavras que precisam ser consideradas neste contexto, pois desempenham importante pa-pel no ensino da Bíblia sobre o assunto. As duas palavras são: “Sheol” e “Hades”, sendo a primeira hebraica, e a segunda grega.As duas palavras tem a mesma significação,isto é,referem-se ao mesmo lugar geral: a habitação das almas dos mortos. Em algumas traduções essas palavras são traduzidas de diversas maneiras, tais como “inferno”, “abismo” e “sepultura”, porém não são traduções corretas, pois cada um desses vocábulos nossos tem seu próprio equivalente hebraico ou grego. Há versões que evitam o erro não traduzindo, mas apenas transliterando as palavras “Sheol” e “Hades”. No Antigo Testamento, todos aqueles que morriam, tanto justos como ímpios, são referidos como tendo ido para o Sheol (Gn 37:35; Sl 9:17; 16:10). Na narrativa do rico e Lázaro, em Lucas 16, Jesus levanta a cortina e revela o fato de que no Sheol ou Hades existem dois compartimentos. O primeiro, chamado de “Seio de Abraão”, era a habitação dos justos, e então era identificado com o Paraíso (Lc 23:43, comparado com Mt 12:40). Por ocasião da ressurreição de Cristo essa parte do Hades foi esvaziada de seus ocupantes, que foram transferidos à destra de Deus (Ef 4:8-10, comparado com II Co 12:2-4; Sl 68:18; Zc 9:11,12).A nova habitação dos justos é atualmente chamada de Paraíso.É a esse lugar da presen-ça de Cristo que o crente vai por ocasião de sua partida deste mundo, e é ali que o crente habita em comunhão consciente com Cristo,onde permanecerá também até a ressurreição dos justos(Fp-1.23e 24;2ªCo-5:6a8;1ªTs-4.14a17). A outra parte do Hades ou Sheol, que era separada do Paraíso pelo grande abismo, é a habitação das almas dos ímpios. É a prisão temporária onde os criminosos do universo são mantidos aprisionados enquanto esperam o Julgamento do Grande Trono Branco.
Sob esse tópico devemos considerar o destino futuro das duas classes, os Justos e os Ímpios-aquele destino que tem seu início após esta presente vida terrena e depois do encerramento desta atual or-dem mundana.
I - O Céu em Sua Relação com o Destino Futuro dos Justos
Segundo certas crenças tradicionais, supõe-se que existam sete céus, mas as próprias Escrituras se referem apenas a três:o céu atmosférico(At-14.17);o céu estelar(Gn-1.14);e o terceiro céu(2ªCo-12.2; Dt-10.14).
Através das Escrituras é ensinada a reconstituição do mundo material, mediante a qual este passará da escravidão e da corrupção para a liberdade da glória dos filhos de Deus.
1. Sua Realidade Bíblica
* Cl-1.5 - “Por causa da esperança que vos está preservada nos céus, da qual antes ouvistes pela palavra da verdade do evangelho.”
Ver Ainda – 1ªPe-1.3a5;1ªTs-4.16e17.
Declaração Doutrinária - O destino celestial dos justos é um fato estabelecido, não pela razão humana, mas antes, pela revelação divina.
2. Sua Forma: Um Lugar
As Escrituras indicam determinada parte do universo, chamada de céu, como a futura habitação dos crentes. As Escrituras ensinam que o céu é um lugar.
II - O Inferno em Sua Relação com o Destino dos Ímpios
Conforme usado aqui, o termo inferno significa habitação e a condição final dos pecadores.
Essa é uma questão a respeito da qual tanto a ciência como a filosofia se mantêm necessariamente em silêncio, ao mesmo tempo que somente a revelação tem permissão de falar contendo autoridade.
“A palavra grega traduzida “inferno”, descreve a habitação, é “gehenna” - o nome dado ao Vale de Hinom, ao Sul de Jerusalém, onde era lançado e queimado o lixo da cidade. À qualquer momento, de dia ou de noite, via-se o fogo com sua fumaça subindo desse vale. Jesus faz dele o símbolo do inferno, onde não lhes morre o verme, nem o fogo se apaga.” - Dixon
1. Sua Realidade Bíblica
(1) Estabelecida pela Razão
a) O Argumento Tirado do Princípio da Separação
Esse princípio opera em todos os setores da vida. Os mortos são separados dos vivos: todo cemitério e crematório é um argumento à favor da existência do inferno. O lixo é separado do alimento sadio: toda lata de lixo é um argumento à favor da existência do inferno. O refugo é separado das coisas de valor: cada monte de refugo é um argumento à favor da existência do inferno.
“Aqueles que rejeitam a vida em Deus se tornam, mais cedo ou mais tarde, refugo em seu caráter e, na natureza das coisas, precisam ser removidos para um lugar separado.” – Dixon
b) Argumento Tirado do Princípio da Conseqüência Natural
O inferno é o resultado lógico da seqüência de uma vida de impiedade. O pecado condena tão certa-mente quanto o fogo queima, a água molha ou a enfermidade incurável mata.O pecado significa infer-no, tanto neste mundo como no vindouro. A fumaça do tormento ascende aqui desde o lupanar, desde a taberna, desde a boate, desde a casa do ébrio, desde o tribunal do divórcio, desde a prisão, desde a cadeira elétrica, desde a forca, desde o hospital de alienados mentais, desde a cabaré, desde a vida de homens e mulheres que estão a queimar-se na fornalha de suas próprias concupiscências.
b) Argumento Tirado do Princípio de Restrição
Existem aqueles que se sentem impelidos no crime da iniquidade, com receio do castigo.
Eliminar toda a penalidade pela desobediência à lei é abrir a comportas do crime. “Se houvesse mais pregação de inferno nos púlpitos, haveria menos do inferno em cada comunidade.” - Dixon. O aumento dos suicídios, dos homicídios e de outras formas de crimes, se deve, em não pequena medida, à remoção do temor de toda retribuição futura.
c) O Argumento Tirado do Princípio da Obrigação Governamental
Deus precisa, em viste de sua lei e justiça, impor castigo ao pecador. É preciso satisfazer a justiça ofendida. A penalidade contra lei desobedecida deve ser sofrida. Se isso não for feito em lugar do pecador, terá que ser feito por ele. Uma lei sem penalidade não passa de uma farsa, assim também como uma penalidade não cumprida.
(2) Estabelecida pela Revelação
MT-5.29 - “Se o teu olho direito te faz tropeçar, arranca-o e lança-o de ti; pois te é melhor que se perca um dos teus membros do que seja todo o teu corpo lançado no inferno.”
Declaração Doutrinária - O fato do inferno está em harmonia com a razão e de conformidade com os ensinamentos da Revelação divina.
2. Sua Forma: Um Lugar
Assim como o céu é um lugar, tendo sua localização definida, assim também é o inferno. Isso é visto pelo fato que é representado como possuidor de habitantes. É ainda demonstrado em razão do fato que os seus habitantes possuem não apenas alma, mas também corpos. Também se pode inferir pela descrição da presente habitação dos ímpios, no “Hades”, como um “lugar” (Lc-16.28), pois é desse local que hão de ser transferidos para outro lugar chamado “Gehenna”. Pode-se ainda afirmar que todos os termos descritivos que são usados a respeito do inferno denotam localidade.
3. Seus Ocupantes: Os Impenitentes
As Escrituras descrevem uma multidão heterogênea que comporá os habitantes dessa morada dos perdidos. Estes representam muitas e diversas formas e graus de pecados e iniquidade, mas todos são culpados e serão condenados.
(1) Satanás e Seus Anjos
MT-25.41 - “Então dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o Diabo e seus anjos;”
(2) A Besta e o Falso Profeta
AP-20.10 - “e o Diabo, que os enganava, foi lançado no lago de fogo e enxofre, onde estão a besta e o falso profeta; e de dia e de noite serão atormentados pelos séculos dos séculos.”
(3) Homens Ímpios e Incrédulos
AP-21.8 - “Mas, quanto aos medrosos, e aos incrédulos, e aos abomináveis, e aos homicidas, e aos adúlteros, e aos feiticeiros, e aos idólatras, e a todos os mentirosos, a sua parte será no lago ardente de fogo e enxofre, que é a segunda morte.”
4. Sua Duração: Eterna
(1) Estabelecido pela Razão
a) O argumento Tirado da Existência Interminável da Alma
A criação do homem à imagem de Deus leva consigo a necessidade de uma existência interminável, pois esse é um elemento muito essencial do ser de Deus e, por conseguinte, necessário no ser do homem, em vista da similaridade indicada pelos termos “imagem” e “semelhança”. Assim como a vida é essencial à existência, assim também a existência interminável implica em vida interminável. As Escrituras nunca representam a alma como sujeita à morte no sentido de se tornar extinta ou passar a um estado de existência inconsciente. Visto que o homem tem existência interminável é necessário, portanto, que passe a eternidade de algum modo, em algum lugar, e , visto que a impenitência dos ímpios exclui a possibilidade de sua reconciliação com Deus e livramento do castigo, é necessário, portanto, que seu castigo seja eterno. Pois o pecado dos ímpios desse modo se torna pecado eterno, e eles mesmos se tornam eternos pecadores (Mc 3:29).
(b) O Argumento Tirado do Sacrifício Infinito de Cristo
“Se qualquer coisa menos que a punição eterna for devida em vista do pecado, que necessidade há-via de um sacrifício infinito para livrar do castigo? Jesus derramaria seu precioso sangue para livrar-nos das conseqüências de nossa culpa, se tais conseqüências forem apenas temporárias? Conceda-se-nos a verdade de um sacrifício infinito, e disso tiraremos a conclusão que o castigo eterno é uma verdade.” - C. H. M.
(2) Estabelecido pela Revelação
Mt 25:46 - “E irão eles para o castigo eterno, mas os justos para a vida eterna.”
Alguns afirmam que a palavra grega “aionios”, traduzida na passagem acima como “eterno” significa apenas um período indefinido de tempo, e que não significa “interminável” ou “eterno”. Essa palavra ocorre cerca de setenta vezes no Novo Testamento, e deve ter o mesmo sentido em cada caso. “A palavra que é aplicada ao castigo dos ímpios também é aplicada à vida que os crentes possuem (Mt 19:16), a salvação e a redenção na qual se regozijam (Hb 9:12), a glória pela qual esperam (II Co 4:17), aquelas mansões as quais esperam habitar (II Co 5:1), e a herança que esperam desfrutar (Hb 9:15). Além disso, é aplicada a Deus (Rm 16:26) e ao Espírito (Hb 9:14). Se, portanto, for sustentado que o termo“eterno”não significa“eterno”quando aplicado ao castigo dos ímpios, que garantia possuí-mos de que significa eterno quando aplicado à vida, à bênção, à glória dos remidos? Que fundamento possui alguém, por mais erudito que seja, para destacar sete casos, dentre os setenta que a palavra “aionios” é usada, para dizer que nesses sete casos ela não significa eterno, ainda que nos casos restantes tenham esse significado? Não dispõe de fundamento algum.” - C. H. M.
Declaração Doutrinária - O inferno é um lugar separado para o Diabo e seus anjos, e torna-se a há-bitação eterna de quem se identifica com Satanás.
BIBLIOGRAFIA
BANCROFT,E.H.Teologia Elementar - Doutrinária e Conservadora.8.ed.São Paulo:IBR,1995. 378 p
3 de abril de 2009
O Casamento de Muitas Igrejas Com O “deus$” Entretenimento
“Rico sou...e não sabes que és um desgraçado,e miserável,e pobre,e cego,e nu”-(AP-3.17ACF)
Meu alvo neste artigo é demonstrar os meios pelos quais o entretenimento se introduziu nas igrejas e-vangélicas nos últimos 120 anos, sua forte presença hoje. E suas terríveis consequências para a pré-gação do verdadeiro Evangelho.
No final do século 19 o grande pregador Spurgeon deu o alerta,ele já prenunciava o declínio que estava por vir nas igrejas em relação à adoração: “O fato é que muitos gostariam de unir igreja e palco, ba-ralho e oração, danças e ordenanças. Se nos encontramos incapazes de frear essa enxurrada, pode-mos, ao menos,prevenir os homens quanto a existência e suplicar que fujam delas”.1 Nessa perspec-tiva, Tozer 60 anos depois em 1950 confirmava: “o entretenimento religioso já está em muitos lugares, rapidamente desalojando as coisas sérias de Deus”.2 Em 1970, Lloyd-Jones já mostrava a pregação, do Evangelho, em crise: a “tendência, hoje (1970), é de depreciar a pregação em prol de várias outras formas de atividade.”3
Todavia, observem a leitura de Timmerman,quase 25 anos depois das palavras de Lloyd-Jones(1990-95):“em muitas igrejas o sermão é uma ilha que diminui cada vez mais em um mar turbulento de ativi-dades.”4 A pregação não é mais vista como sendo a voz de Deus falando ao seu povo.
Mas o que causou todo esse estrago nas igrejas?
I. O Surgimento do Show Business
Charles Spurgeon batalhou muito na Controvérsia do Declínio no final do século 19, mesma época em que a era da exposição começou a terminar. Paralelamente uma tendência mundial começava a nas-cer, o surgimento do entretenimento como centro da vida cultural e familiar. Essa nova filosofia de vida começou a se fortalecer cada vez mais, tomou corpo e norteou todo século 20. Prossegue no século 21 com vigor na vida secular e também na religiosa.
Desta forma,nasceu a era do Show Business a 110 anos atrás.Filmes,dramatizações,programas de auditório, inicialmente rádio e depois tele-novelas com advento da televisão, colocaram o show busi-ness no centro de nossas vidas e também de muitas igrejas.
No show business a verdade é irrelevante. O que realmente importa é se a pessoa está ou não sendo entretida,“feliz”...O estilo é tudo;portanto,atribui-se pouco valor ao conteúdo.Desse modo,se determi-nado programa está com super audiência, isso é o que vale.
No show business a forma como o veículo é passado ao povo se torna a mensagem. Portanto, pode-se dizer que o veículo é a mensagem.5 É essa maneira de pensar que rege o mundo atual. E também a grande maioria das igrejas seguidoras dos métodos a base de entretenimento.
II. Inicialmente a Igreja Resistiu a Sedução do “deu$” Entretenimento
Na realidade, durante séculos as igrejas se mantiveram firmes contra toda forma de entretenimento mundano dentro de seus cultos. Porque o reconhecia como um dispositivo de perda de tempo, um refúgio contra a perturbadora voz da consciência. E por manterem posições, de santas esposas de Cristo, as igrejas sofreram muitos ataques por parte do mundo.
Porém,nos últimos 60 anos,muitas igrejas se cansaram dessa luta.Optaram por ser politicamente cor-retas e passaram a oferecer uma alternativa de igreja que não confronte o pecado;que amenize o es-cândalo da cruz. Mas, principalmente, que ofereça uma mensagem de prosperidade financeira, e que fale o que o povo quer ouvir. Em fim, uma igreja mais “amigável” e atraente para com o mundo.
A idéia é que se a igreja não pode vencer o “deus entretenimento”, o melhor é unir forças com ele, e aproveitar ao máximo seus“poderes”.Razão pela qual se observa hoje,milhões sendo gastos em tem-plos mais aconchegantes, com palcos especiais, sons de ultima geração, bancadas acolchoadas... E treinamento especializado do pessoal de liderança, mas, não o treinamento bíblico. O foco, agora, é investir na elite eclesial com muitos cursos de marketing, técnicas de crescimento rápido (numérico) de igreja e administração financeira. Por outro lado, o investimento nas pessoas, os membros, caiu drasticamente, pois estes não necessitam estudar a Bíblia, pois seus líderes já lhes fornecem tudo pronto. E assim, tonam-se uma clientela “vip”, ávida por consumir as tão propaladas “bençãos”. Que não são nada barato...
Face a alta rentabilidade das igrejas modernas,as maiores passaram a investir em empresas de comu-nicações,que alavancam cada vez mais seus business.Tamanha é a rentabilidade, que algumas mega -igrejas já possuem: bancos, mansões, jatinhos executivos, carros de super blindagem para os “semi-deuses” que as imperam...
Nessa perspectiva, o sucesso financeiro de alguns “semi-deuses”, através de suas mega-tele-igrejas, tem arrastado muitas igrejas de pequeno e médio porte a se tornarem pobres teatros de quinta catego-ria.Nas quais os respectivos produtores,mascateiam suas mercadorias com plena aprovação dos seus pastores. Pastores, estes, que sonham um dia se tornar um“semi-deu$”.E ainda citam textos bíblicos para justificar tamanha delinqüência.
Alguns pastores justificam que devemos estar a abertos às novas maneiras de evangelizar hoje. Que devemos abandonar o passado que nos enrijece (?). Porque se o método deu certo na mega-igreja tal é porque é bom. Será que toda essa opulência, e seus meios para aquisição de recursos tem a apro-vação de Deus? A resposta é não.
Agora veja:Essa triste realidade que hoje sufoca o verdadeiro cristianismo é aquilo que a igreja flerta-va na época de Spurgeon (1890); que se tornou fascinação nos dias de Tozer (1950). E nos últimos 10 anos se converteu em obsessão doentia para grande parte do segmento evangélico, inclusive em muitas igrejas batistas.
O lamentável é que as mais variadas formas de entretenimento encontradas na igreja de hoje, em sua maioria,são completamente seculares.E pagãs em seu lado místico,desse modo,sem nenhum aspecto cristão.6
Ainda assim,a maioria dos pastores,atualmente,se renderam a adoção do entretenimento como parte litúrgica de seus cultos. O resultado foi:
III. O Casamento da Igreja com o “deus” Entretenimento
O púlpito, em muitas igrejas,transformou-se em mero palco e a igreja,simples platéia.Pastores animam seus auditórios com frases de efeito, contentam suas igrejas com mensagens superficiais...”7
Para os padrões atuais, essas questões que tanto afligiram Spurgeon,e tantos outros,parecem insigni-ficantes hoje. De certa forma,dá a impressão que todos nós já absorvemos tais práticas (de entreteni-mento no culto)como sendo normais.Por ex:Encontros espirituais de jovens são realizados tendo como atração principal “shows de danças” inseridos nos “cultos”...
Outro equívoco que se tornou“normal”são as cantorias repetitivas,mas com muita emoção e sem en-tendimento. Orações inflamadas, regadas a muito “choro” onde todos falam ao mesmo tempo; brados de aleluias e até assovio são partes integrantes do culto moderno.
Se não bastasse tamanha distorção dos princípios litúrgicos do N.T.Após longo tempo de preparação (psicológica é claro) vem alguém (o líder “miraculoso”) trazer uma palavra de fé. A mensagem é muito mais de auto-ajuda que ajuda do auto.Ou então,um“ex-isso”,“ex-aquilo”;vem contar uma história mira-bolante de impressionar a maioria(que pouco pensa).E,ao final,todos saem dizendo: nosso encontrão “bombou”, foi demais...
Em outras palavras,foi demais porque todos se divertiram e se sentiram bem.E há uma razão para is-so: A maioria dos cânticos, orações e mensagens, são meios de auto-reconciliação, de auto-ajuda e auto-aceitação.O resultado final é a sensação de se ir para casa"aliviado"e se sentindo bem,contudo, infelizmente, sem ter verdadeiramente adorado o Santíssimo Deus.
O que condenamos não é entretenimento em si mesmo.8 Mas a equivocada utilização dessa prática como elemento de culto, e principalmente a maligna filosofia que está por trás de seu uso, a mudança no foco bíblico da igreja. Os evangélicos estão usando o entretenimento, nos cultos públicos, como ferramenta de crescimento de igreja sem nenhum filtro bíblico. Nem mesmo a razão, o bom senso está funcionando como filtro. Tal fato é uma subversão das prioridades da igreja descritas no N.T.
O modelo para o“pastor”dessa nova igreja, não é mais o profeta de Deus,o pastor bíblico.Ele agora é o executivo de grande empresa; o político; o animador de programas ( a semelhança dos auditórios das tvs). E assim índice de popularidade para a igreja moderna, se tornou muito mais importante que o nível de espiritualidade.
Contudo, o fato problemático permanece: hoje é difícil encontrar alguém que ouse levantar voz contra todo esse mundanismo dentro da igreja.9
Conclusão
Devemos estar cientes de que a introdução do entretenimento como parte cúltica corrompe a sã dou-trina, descarta os instrumentos primordiais do ministério pastoral: pregação e ensino, o próprio método de Jesus.
A igreja jamais poderá mercadejar o ministério que recebeu de Jesus Cristo,como alternativa de entre-tenimento secular.A igreja é o corpo de Cristo (1ªCo-12.27), suas reuniões são para adoração e instru-ção dos salvos (Ef-4.12).
Nós pastores, somos embaixadores de Cristo para promover a reconciliação dos perdidos com Deus (2ªCo-5.20).Não somos apresentadores e nem animadores de auditório;e nem camelôs.Nosso desafio hoje é nos purificar “de toda imundícia da carne e do espírito, aperfeiçoando a santificação no temor de Deus” (2ªCo-7.1). Amém
Bibliografia
1 SPURGEON, C.H. The Sword and the Trowel. Another Wrd Concerning The Down-Grade, 1887, p.397.
2 TOZER, AW. The Root of the Righteous. Pensilvania, Christian Publications, 1955. p.33.
3 D. Martyn Lloyd-Jones. Pregação e Pregadores. São Paulo, Fiel, 2001. p.23.
4 John J. Timmerman, Through a Glass Lightly. Grand Rapids. Eerdmans, 1987. p. 97
5 McLuhan, Marshall, in McARTHUR J.F.Jn. Com Vergonha do Evangelho. São José dos Campos, Fiel, 1997. p.74.
6 Ibid. p.75
7 Ricardo Gondim, “Como a Pena de um Destro Escritor,” Ultimato 253 (1998), p. 50-51.
8 Entendo que o entretenimento, seja: esportivo, musical, ou sênica é saudável e necessário ao crescimento do ser humano, e tem o seu momento próprio para tal. Momento este que não é na hora do culto público.
9 TOZER, ibid.
Wilson Franklim-É pastor da Ig.Bat.Vila Jaguaribe,Piabetá-RJ-wilfran@gmail.com
Meu alvo neste artigo é demonstrar os meios pelos quais o entretenimento se introduziu nas igrejas e-vangélicas nos últimos 120 anos, sua forte presença hoje. E suas terríveis consequências para a pré-gação do verdadeiro Evangelho.
No final do século 19 o grande pregador Spurgeon deu o alerta,ele já prenunciava o declínio que estava por vir nas igrejas em relação à adoração: “O fato é que muitos gostariam de unir igreja e palco, ba-ralho e oração, danças e ordenanças. Se nos encontramos incapazes de frear essa enxurrada, pode-mos, ao menos,prevenir os homens quanto a existência e suplicar que fujam delas”.1 Nessa perspec-tiva, Tozer 60 anos depois em 1950 confirmava: “o entretenimento religioso já está em muitos lugares, rapidamente desalojando as coisas sérias de Deus”.2 Em 1970, Lloyd-Jones já mostrava a pregação, do Evangelho, em crise: a “tendência, hoje (1970), é de depreciar a pregação em prol de várias outras formas de atividade.”3
Todavia, observem a leitura de Timmerman,quase 25 anos depois das palavras de Lloyd-Jones(1990-95):“em muitas igrejas o sermão é uma ilha que diminui cada vez mais em um mar turbulento de ativi-dades.”4 A pregação não é mais vista como sendo a voz de Deus falando ao seu povo.
Mas o que causou todo esse estrago nas igrejas?
I. O Surgimento do Show Business
Charles Spurgeon batalhou muito na Controvérsia do Declínio no final do século 19, mesma época em que a era da exposição começou a terminar. Paralelamente uma tendência mundial começava a nas-cer, o surgimento do entretenimento como centro da vida cultural e familiar. Essa nova filosofia de vida começou a se fortalecer cada vez mais, tomou corpo e norteou todo século 20. Prossegue no século 21 com vigor na vida secular e também na religiosa.
Desta forma,nasceu a era do Show Business a 110 anos atrás.Filmes,dramatizações,programas de auditório, inicialmente rádio e depois tele-novelas com advento da televisão, colocaram o show busi-ness no centro de nossas vidas e também de muitas igrejas.
No show business a verdade é irrelevante. O que realmente importa é se a pessoa está ou não sendo entretida,“feliz”...O estilo é tudo;portanto,atribui-se pouco valor ao conteúdo.Desse modo,se determi-nado programa está com super audiência, isso é o que vale.
No show business a forma como o veículo é passado ao povo se torna a mensagem. Portanto, pode-se dizer que o veículo é a mensagem.5 É essa maneira de pensar que rege o mundo atual. E também a grande maioria das igrejas seguidoras dos métodos a base de entretenimento.
II. Inicialmente a Igreja Resistiu a Sedução do “deu$” Entretenimento
Na realidade, durante séculos as igrejas se mantiveram firmes contra toda forma de entretenimento mundano dentro de seus cultos. Porque o reconhecia como um dispositivo de perda de tempo, um refúgio contra a perturbadora voz da consciência. E por manterem posições, de santas esposas de Cristo, as igrejas sofreram muitos ataques por parte do mundo.
Porém,nos últimos 60 anos,muitas igrejas se cansaram dessa luta.Optaram por ser politicamente cor-retas e passaram a oferecer uma alternativa de igreja que não confronte o pecado;que amenize o es-cândalo da cruz. Mas, principalmente, que ofereça uma mensagem de prosperidade financeira, e que fale o que o povo quer ouvir. Em fim, uma igreja mais “amigável” e atraente para com o mundo.
A idéia é que se a igreja não pode vencer o “deus entretenimento”, o melhor é unir forças com ele, e aproveitar ao máximo seus“poderes”.Razão pela qual se observa hoje,milhões sendo gastos em tem-plos mais aconchegantes, com palcos especiais, sons de ultima geração, bancadas acolchoadas... E treinamento especializado do pessoal de liderança, mas, não o treinamento bíblico. O foco, agora, é investir na elite eclesial com muitos cursos de marketing, técnicas de crescimento rápido (numérico) de igreja e administração financeira. Por outro lado, o investimento nas pessoas, os membros, caiu drasticamente, pois estes não necessitam estudar a Bíblia, pois seus líderes já lhes fornecem tudo pronto. E assim, tonam-se uma clientela “vip”, ávida por consumir as tão propaladas “bençãos”. Que não são nada barato...
Face a alta rentabilidade das igrejas modernas,as maiores passaram a investir em empresas de comu-nicações,que alavancam cada vez mais seus business.Tamanha é a rentabilidade, que algumas mega -igrejas já possuem: bancos, mansões, jatinhos executivos, carros de super blindagem para os “semi-deuses” que as imperam...
Nessa perspectiva, o sucesso financeiro de alguns “semi-deuses”, através de suas mega-tele-igrejas, tem arrastado muitas igrejas de pequeno e médio porte a se tornarem pobres teatros de quinta catego-ria.Nas quais os respectivos produtores,mascateiam suas mercadorias com plena aprovação dos seus pastores. Pastores, estes, que sonham um dia se tornar um“semi-deu$”.E ainda citam textos bíblicos para justificar tamanha delinqüência.
Alguns pastores justificam que devemos estar a abertos às novas maneiras de evangelizar hoje. Que devemos abandonar o passado que nos enrijece (?). Porque se o método deu certo na mega-igreja tal é porque é bom. Será que toda essa opulência, e seus meios para aquisição de recursos tem a apro-vação de Deus? A resposta é não.
Agora veja:Essa triste realidade que hoje sufoca o verdadeiro cristianismo é aquilo que a igreja flerta-va na época de Spurgeon (1890); que se tornou fascinação nos dias de Tozer (1950). E nos últimos 10 anos se converteu em obsessão doentia para grande parte do segmento evangélico, inclusive em muitas igrejas batistas.
O lamentável é que as mais variadas formas de entretenimento encontradas na igreja de hoje, em sua maioria,são completamente seculares.E pagãs em seu lado místico,desse modo,sem nenhum aspecto cristão.6
Ainda assim,a maioria dos pastores,atualmente,se renderam a adoção do entretenimento como parte litúrgica de seus cultos. O resultado foi:
III. O Casamento da Igreja com o “deus” Entretenimento
O púlpito, em muitas igrejas,transformou-se em mero palco e a igreja,simples platéia.Pastores animam seus auditórios com frases de efeito, contentam suas igrejas com mensagens superficiais...”7
Para os padrões atuais, essas questões que tanto afligiram Spurgeon,e tantos outros,parecem insigni-ficantes hoje. De certa forma,dá a impressão que todos nós já absorvemos tais práticas (de entreteni-mento no culto)como sendo normais.Por ex:Encontros espirituais de jovens são realizados tendo como atração principal “shows de danças” inseridos nos “cultos”...
Outro equívoco que se tornou“normal”são as cantorias repetitivas,mas com muita emoção e sem en-tendimento. Orações inflamadas, regadas a muito “choro” onde todos falam ao mesmo tempo; brados de aleluias e até assovio são partes integrantes do culto moderno.
Se não bastasse tamanha distorção dos princípios litúrgicos do N.T.Após longo tempo de preparação (psicológica é claro) vem alguém (o líder “miraculoso”) trazer uma palavra de fé. A mensagem é muito mais de auto-ajuda que ajuda do auto.Ou então,um“ex-isso”,“ex-aquilo”;vem contar uma história mira-bolante de impressionar a maioria(que pouco pensa).E,ao final,todos saem dizendo: nosso encontrão “bombou”, foi demais...
Em outras palavras,foi demais porque todos se divertiram e se sentiram bem.E há uma razão para is-so: A maioria dos cânticos, orações e mensagens, são meios de auto-reconciliação, de auto-ajuda e auto-aceitação.O resultado final é a sensação de se ir para casa"aliviado"e se sentindo bem,contudo, infelizmente, sem ter verdadeiramente adorado o Santíssimo Deus.
O que condenamos não é entretenimento em si mesmo.8 Mas a equivocada utilização dessa prática como elemento de culto, e principalmente a maligna filosofia que está por trás de seu uso, a mudança no foco bíblico da igreja. Os evangélicos estão usando o entretenimento, nos cultos públicos, como ferramenta de crescimento de igreja sem nenhum filtro bíblico. Nem mesmo a razão, o bom senso está funcionando como filtro. Tal fato é uma subversão das prioridades da igreja descritas no N.T.
O modelo para o“pastor”dessa nova igreja, não é mais o profeta de Deus,o pastor bíblico.Ele agora é o executivo de grande empresa; o político; o animador de programas ( a semelhança dos auditórios das tvs). E assim índice de popularidade para a igreja moderna, se tornou muito mais importante que o nível de espiritualidade.
Contudo, o fato problemático permanece: hoje é difícil encontrar alguém que ouse levantar voz contra todo esse mundanismo dentro da igreja.9
Conclusão
Devemos estar cientes de que a introdução do entretenimento como parte cúltica corrompe a sã dou-trina, descarta os instrumentos primordiais do ministério pastoral: pregação e ensino, o próprio método de Jesus.
A igreja jamais poderá mercadejar o ministério que recebeu de Jesus Cristo,como alternativa de entre-tenimento secular.A igreja é o corpo de Cristo (1ªCo-12.27), suas reuniões são para adoração e instru-ção dos salvos (Ef-4.12).
Nós pastores, somos embaixadores de Cristo para promover a reconciliação dos perdidos com Deus (2ªCo-5.20).Não somos apresentadores e nem animadores de auditório;e nem camelôs.Nosso desafio hoje é nos purificar “de toda imundícia da carne e do espírito, aperfeiçoando a santificação no temor de Deus” (2ªCo-7.1). Amém
Bibliografia
1 SPURGEON, C.H. The Sword and the Trowel. Another Wrd Concerning The Down-Grade, 1887, p.397.
2 TOZER, AW. The Root of the Righteous. Pensilvania, Christian Publications, 1955. p.33.
3 D. Martyn Lloyd-Jones. Pregação e Pregadores. São Paulo, Fiel, 2001. p.23.
4 John J. Timmerman, Through a Glass Lightly. Grand Rapids. Eerdmans, 1987. p. 97
5 McLuhan, Marshall, in McARTHUR J.F.Jn. Com Vergonha do Evangelho. São José dos Campos, Fiel, 1997. p.74.
6 Ibid. p.75
7 Ricardo Gondim, “Como a Pena de um Destro Escritor,” Ultimato 253 (1998), p. 50-51.
8 Entendo que o entretenimento, seja: esportivo, musical, ou sênica é saudável e necessário ao crescimento do ser humano, e tem o seu momento próprio para tal. Momento este que não é na hora do culto público.
9 TOZER, ibid.
Wilson Franklim-É pastor da Ig.Bat.Vila Jaguaribe,Piabetá-RJ-wilfran@gmail.com
20 de março de 2009
Teologia: Impressões do Egito
Por
RICARDO GONDIM
Escrevo desde o Cairo. Tudo me chama a atenção. As mulheres, escondidas sob véus negros, parecem monjas reclusas; os homens, fantasiados para uma festa de carnaval.
Rodopio. O tornado cultural me deixa tonto. Tento decifrar o que jamais entenderei completamente. Islam, quase onipresente, prevalece aqui. Noto que sou minoria – de novo. Destaco no meio da multidão. Não passo de um turista. Sinto-me frágil. Tenho medo. Estou infectado com a paranóia ocidental. A propaganda imperial grudou em mim. Pressinto que uma bomba explodirá na próxima esquina. Vejo terroristas onde não existem.
Perdido, não decifro o alfabeto que poderia ajudar-me a escolher as esquinas. Como é difícil lidar com novos cheiros, paladaraes e paisagens. Vejo-me no meio de uma cultura em que tudo me espanta, tudo choca, tudo fascina.
Visitei uma Igreja Ortodoxa Copta. O padre é uma mistura de Frei Damião com pastor evangélico. A igreja, iniciada no aterro de lixo da cidade, virou um centro de romaria. O padre Copta realiza uma belíssima obra para mudar a sorte de quem vive do lixo, no meio da mais profunda miséria. Seu ministério oferece um espaço de esperança e reconstrução. No Brasil, entretanto, uma mescla desse tipo jamais seria tolerada pelo status quo protestante. No Egito, seu ministério é celebrado como uma renovação carismática dentro da Ortodoxia Copta. Mas esse tipo de coisa é meandro de um mundo que só os crentes compreendem.
Aqui, participo de uma reunião de pastores e líderes evangélicos do Terceiro Mundo. Somos apenas 40. O fato de estarmos no Egito faz com que a reunião ganhe ares de conspiração. Uma conspiração que almeja ganhar o mundo.De novo, sinto-me meio estrangeiro entre meus pares. Abandonei a ambição de ganhar o mundo. Entendo que isso desestabiliza a alma. Magalomanias não fazem bem à saúde espiritual, roubam as âncoras da alma e sufocam a mente.
Medito. O que significa ser cristão no mundo atual? Como não existem vácuos no universo, Islam cresce em taxas vertiginosas em diferentes regiões do mundo. É a religião que mais se alastra. Séculos depois, os mouros "retomam" a Europa. A França iluminada não se conforma com burcas, mesquistas monumentais e tapetes estendidos para rezas.
Noto que os líderes evangélicos estão assustados. Com todo o planejamento gerencial, com todo o discurso triunfalista de que “Deus é por nós”, eles não entendem porque os seguidores de Maomé se multiplicam como cogumelo. Enquanto os evangélicos se embriagam com cultos à personalidade e tentam provar a autenticidade da mensagem com milagre, o fenômeno religioso do momento é islâmico.
Hoje, visitarei um mosteiro do século IV. Preparo-me para mais sustos.
Soli Deo Gloria.
RICARDO GONDIM
Escrevo desde o Cairo. Tudo me chama a atenção. As mulheres, escondidas sob véus negros, parecem monjas reclusas; os homens, fantasiados para uma festa de carnaval.
Rodopio. O tornado cultural me deixa tonto. Tento decifrar o que jamais entenderei completamente. Islam, quase onipresente, prevalece aqui. Noto que sou minoria – de novo. Destaco no meio da multidão. Não passo de um turista. Sinto-me frágil. Tenho medo. Estou infectado com a paranóia ocidental. A propaganda imperial grudou em mim. Pressinto que uma bomba explodirá na próxima esquina. Vejo terroristas onde não existem.
Perdido, não decifro o alfabeto que poderia ajudar-me a escolher as esquinas. Como é difícil lidar com novos cheiros, paladaraes e paisagens. Vejo-me no meio de uma cultura em que tudo me espanta, tudo choca, tudo fascina.
Visitei uma Igreja Ortodoxa Copta. O padre é uma mistura de Frei Damião com pastor evangélico. A igreja, iniciada no aterro de lixo da cidade, virou um centro de romaria. O padre Copta realiza uma belíssima obra para mudar a sorte de quem vive do lixo, no meio da mais profunda miséria. Seu ministério oferece um espaço de esperança e reconstrução. No Brasil, entretanto, uma mescla desse tipo jamais seria tolerada pelo status quo protestante. No Egito, seu ministério é celebrado como uma renovação carismática dentro da Ortodoxia Copta. Mas esse tipo de coisa é meandro de um mundo que só os crentes compreendem.
Aqui, participo de uma reunião de pastores e líderes evangélicos do Terceiro Mundo. Somos apenas 40. O fato de estarmos no Egito faz com que a reunião ganhe ares de conspiração. Uma conspiração que almeja ganhar o mundo.De novo, sinto-me meio estrangeiro entre meus pares. Abandonei a ambição de ganhar o mundo. Entendo que isso desestabiliza a alma. Magalomanias não fazem bem à saúde espiritual, roubam as âncoras da alma e sufocam a mente.
Medito. O que significa ser cristão no mundo atual? Como não existem vácuos no universo, Islam cresce em taxas vertiginosas em diferentes regiões do mundo. É a religião que mais se alastra. Séculos depois, os mouros "retomam" a Europa. A França iluminada não se conforma com burcas, mesquistas monumentais e tapetes estendidos para rezas.
Noto que os líderes evangélicos estão assustados. Com todo o planejamento gerencial, com todo o discurso triunfalista de que “Deus é por nós”, eles não entendem porque os seguidores de Maomé se multiplicam como cogumelo. Enquanto os evangélicos se embriagam com cultos à personalidade e tentam provar a autenticidade da mensagem com milagre, o fenômeno religioso do momento é islâmico.
Hoje, visitarei um mosteiro do século IV. Preparo-me para mais sustos.
Soli Deo Gloria.
Neurociências: Brasileiro cria estimulador de medula para ratos com Parkinson.
Por Julie Steenhuysen
Em Chicago
Um pesquisador brasileiro anunciou na quinta-feira os resultados de um estimulador da medula espinhal que ajudou roedores com o mal de Parkinson a se moverem com mais facilidade, o que gera a possibilidade de um dia tratar a doença em humanos de forma menos invasiva.
"Vemos uma mudança quase imediata e dramática na capacidade funcional do animal quando o mecanismo estimula a medula espinhal", disse Miguel Nicolelis, que trabalha na Universidade Duke, na Carolina do Norte, e cujo estudo foi publicado na revista "Science".
Se funcionar em humanos, disse Nicolelis, o dispositivo poderia ser usado para um tratamento precoce da doença, beneficiando mais pacientes do que os atuais estimuladores, que são implantados no fundo do cérebro e só servem a cerca de um terço dos pacientes de Parkinson.
Nicolelis explicou que é mais fácil e seguro instalar um estimulador na medula do que no cérebro. Ambos os tipos usam pulsos elétricos para controlar os tremores e a fraqueza muscular provocados pela doença, que afeta cerca de 1,5 milhão de pessoas nos EUA.
O mal de Parkinson mata as células cerebrais que produzem a dopamina, um neurotransmissor associado ao movimento. Medicamentos de reposição de dopamina podem adiar os sintomas por algum tempo, mas não há cura nem tratamento eficiente.
"Esta técnica é muito mais fácil e barata e pode ser feita em conjunto com uma dose muito menor de medicação", disse Nicolelis por telefone. "Ela trata do mal de Parkinson de uma forma muito diferente."
Em pessoas saudáveis, os neurônios se "acendem" com velocidades diferentes conforme a informação sobre um movimento é transmitida entre o cérebro e o corpo. Nicolelis disse que o problema no mal de Parkinson é que os neurônios se misturam e disparam todos ao mesmo tempo.
A nova técnica envolve a implantação de duas sondas metálicas muito finas em uma pequena venda na coluna, de modo a tocar a parte externa da medula. Uma corrente elétrica então é transmitida, estimulando o sistema nervoso periférico, que passa a informação entre o cérebro e o corpo.
Os pesquisadores testaram o dispositivo em ratos e camundongos com uma forma de Parkinson, em combinação com diferentes doses de uma droga de reposição de dopamina conhecida como L-dopa.
Quando eles testaram o dispositivo sem o medicamento, os animais ficavam 26 vezes mais ativos. Quando usavam a droga, eram necessárias apenas duas doses para produzir movimento; só com o remédio, eram necessárias cinco doses.
Em Chicago
Um pesquisador brasileiro anunciou na quinta-feira os resultados de um estimulador da medula espinhal que ajudou roedores com o mal de Parkinson a se moverem com mais facilidade, o que gera a possibilidade de um dia tratar a doença em humanos de forma menos invasiva.
"Vemos uma mudança quase imediata e dramática na capacidade funcional do animal quando o mecanismo estimula a medula espinhal", disse Miguel Nicolelis, que trabalha na Universidade Duke, na Carolina do Norte, e cujo estudo foi publicado na revista "Science".
Se funcionar em humanos, disse Nicolelis, o dispositivo poderia ser usado para um tratamento precoce da doença, beneficiando mais pacientes do que os atuais estimuladores, que são implantados no fundo do cérebro e só servem a cerca de um terço dos pacientes de Parkinson.
Nicolelis explicou que é mais fácil e seguro instalar um estimulador na medula do que no cérebro. Ambos os tipos usam pulsos elétricos para controlar os tremores e a fraqueza muscular provocados pela doença, que afeta cerca de 1,5 milhão de pessoas nos EUA.
O mal de Parkinson mata as células cerebrais que produzem a dopamina, um neurotransmissor associado ao movimento. Medicamentos de reposição de dopamina podem adiar os sintomas por algum tempo, mas não há cura nem tratamento eficiente.
"Esta técnica é muito mais fácil e barata e pode ser feita em conjunto com uma dose muito menor de medicação", disse Nicolelis por telefone. "Ela trata do mal de Parkinson de uma forma muito diferente."
Em pessoas saudáveis, os neurônios se "acendem" com velocidades diferentes conforme a informação sobre um movimento é transmitida entre o cérebro e o corpo. Nicolelis disse que o problema no mal de Parkinson é que os neurônios se misturam e disparam todos ao mesmo tempo.
A nova técnica envolve a implantação de duas sondas metálicas muito finas em uma pequena venda na coluna, de modo a tocar a parte externa da medula. Uma corrente elétrica então é transmitida, estimulando o sistema nervoso periférico, que passa a informação entre o cérebro e o corpo.
Os pesquisadores testaram o dispositivo em ratos e camundongos com uma forma de Parkinson, em combinação com diferentes doses de uma droga de reposição de dopamina conhecida como L-dopa.
Quando eles testaram o dispositivo sem o medicamento, os animais ficavam 26 vezes mais ativos. Quando usavam a droga, eram necessárias apenas duas doses para produzir movimento; só com o remédio, eram necessárias cinco doses.
12 de março de 2009
Ciência: Fé e Cérebro

FÉ E CÉREBRO
Cientistas identificam áreas do cérebro ligadas à fé religiosa
Por: G1
A ciência provavelmente não é capaz de provar se Deus existe ou não existe, mas a fé religiosa, pelo visto, é bem real -- ao menos em seus efeitos sobre o cérebro. Pesquisadores americanos estudaram o órgão em ação e conseguiram mapear as regiões cerebrais que entram em atividade quando alguém pensa em Deus, no conteúdo de uma determinada doutrina religiosa ou nas cerimônias ligadas à sua fé.
A pesquisa, coordenada por Jordan Grafman, dos Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos, está na edição desta semana da revista científica "PNAS". A primeira conclusão da equipe é que não existe nenhum "órgão divino" especializado no cérebro. Para processar informações, sensações e emoções ligadas à religião e à crença em Deus, as pessoas utilizam regiões do cérebro que também servem para outras funções do dia-a-dia mental.
Isso vale, por exemplo, para quando os voluntários tinham de imaginar Deus relativamente distante do mundo e das pessoas, sem se envolver com os assuntos terrenos; Deus enraivecido e Deus amoroso. Em todas essas situações, as áreas do cérebro que ficaram ativas, de acordo com exames de ressonância magnética, tinham a ver com a chamada Teoria da Mente. A Teoria da Mente é uma propriedade mental humana que tem a ver com a detecção de emoções e intenções em outras pessoas ou seres. É a capacidade que você usa para imaginar por que um amigo ou um parente ficou bravo com você por algum motivo, por exemplo. Nesse caso, os voluntários estão pensando num agente sobrenatural (Deus) como se ele tivesse uma mente como a de outros seres humanos.
Da mesma forma, áreas cerebrais tipicamente associadas com o raciocínio abstrato, a memória e a fala "acenderam" quando as pessoas tinham de pensar em dogmas de sua religião, enquanto regiões associadas com o processamento sensorial ficavam ativas quando a pessoa tinha de pensar em rituais religiosos. Assim, para o cérebro, decorar informações sobre a Santíssima Trindade não seria muito diferente de aprender uma equação matemática, e assistir a uma missa seria parecido com ir ao teatro, por exemplo.
Os pesquisadores ressaltam que a pesquisa foi feita exclusivamente com cristãos ocidentais. A religiosidade de pessoas de outras partes do mundo pode envolver aspectos cognitivos diferentes.
Teologia: O Filão Religioso
O filão religioso
Ricardo Gondim
As Casas Bahia disputam o mesmo mercado que a Magazine Luiza. As duas lojas se engalfinham para abocanhar o filão dos eletrodomésticos, guarda-roupas de madeira aglomerada e camas de esponja fina. Buscam conquistar assalariados, serralheiros, aposentados e garis. Em seus comercias, o preço da geladeira aparece em caracteres pequenos, enquanto o valor da prestação explode gigante na tela da televisão. A patuléia calcula. Não importa o número de meses, se couber no orçamento, uma das duas, Bahia ou Luiza, fecha o negócio - o juro embutido deve ser um dos maiores do mundo.
Toda noite, entre oito e dez horas, a mesma lengalenga se repete nos programas evangélicos. Pelo menos quatro “ministérios” concorrem em outro mercado: o religioso. Todos caçam clientes que sustentem, em ordem de prioridade, os empreendimentos expansionistas, as ilusões messiânicas e o estilo de vida nababesco dos líderes. Assim, cada programa oferece milagres e todos calçam suas promessas com testemunhos de gente que jura ter sido brindada pelo divino. Deus lhes teria abençoado com uma vida sem sufoco. Infelizmente, o preço do produto religioso nunca é explicitado. Alardeia-se apenas a espetacular maravilha.
Considerando que a rádio também divulga prodígios a granel, como um cliente religioso pode optar? Para preferir uma igreja, precisa distinguir sobre qual missionário, apóstolo, pastor ou evangelista, Deus apontou o dedo. E se tiver uma filha com leucemia aguda, não pode errar. Ao apelar para uma igreja com pouco poder, perde a filha.
O correto seria freqüentar todas. Mas como? Em nenhuma dessas igrejas televisivas o milagre é gratuito ou instantâneo. As letrinhas, que não aparecem na parte de baixo do vídeo, afirmariam que, por mais “ungido” que for o missionário, um monte de exigência vem embutida na promessa da bênção. É preciso ser constante nos cultos por várias semanas, contribuir financeiramente para que a obra de Deus continue e, ainda, manter-se corretíssimo. Um deslize mínimo impede o Todo Poderoso de operar; qualquer dúvida é considerada uma falta de fé, que mata a possibilidade do milagre.
Lojas de eletrodoméstico vendem eletrodoméstico, óbvio. Igrejas evangélicas comercializam a idéia de que agenciam o favor divino com exclusividade. E por esse serviço, cobram caro, muito caro. Afinal de contas, um produto celestial não pode ser considerado de quarta categoria. A "Brastemp" espiritual que os teleevangelistas oferecem vem do céu.
O acesso ao milagre se complica, porque todos mercadejam o mesmo produto. Os critérios de escolha se reduzem a prazo de entrega, conforto e garantia.
Opa, quase esqueci! As lojas, em conformidade com o Código do Consumidor, são obrigadas a dar garantia, mas as igrejas evangélicas não dão garantia alguma. O cliente nunca tem razão. Quando a filha morrer de leucemia, o pai, além de enlutado, será responsabilizado pela perda. Vai ter que escutar que a menina morreu porque ele “deu brecha” para o diabo, não foi fiel ou não teve fé.
Mercadologicamente, Casas Bahia e Magazine Luiza estão bem à frente das igrejas. Melhor assim, geladeira nova é bem mais útil do que a ilusão do milagre.
Soli Deo Gloria.
Ricardo Gondim
As Casas Bahia disputam o mesmo mercado que a Magazine Luiza. As duas lojas se engalfinham para abocanhar o filão dos eletrodomésticos, guarda-roupas de madeira aglomerada e camas de esponja fina. Buscam conquistar assalariados, serralheiros, aposentados e garis. Em seus comercias, o preço da geladeira aparece em caracteres pequenos, enquanto o valor da prestação explode gigante na tela da televisão. A patuléia calcula. Não importa o número de meses, se couber no orçamento, uma das duas, Bahia ou Luiza, fecha o negócio - o juro embutido deve ser um dos maiores do mundo.
Toda noite, entre oito e dez horas, a mesma lengalenga se repete nos programas evangélicos. Pelo menos quatro “ministérios” concorrem em outro mercado: o religioso. Todos caçam clientes que sustentem, em ordem de prioridade, os empreendimentos expansionistas, as ilusões messiânicas e o estilo de vida nababesco dos líderes. Assim, cada programa oferece milagres e todos calçam suas promessas com testemunhos de gente que jura ter sido brindada pelo divino. Deus lhes teria abençoado com uma vida sem sufoco. Infelizmente, o preço do produto religioso nunca é explicitado. Alardeia-se apenas a espetacular maravilha.
Considerando que a rádio também divulga prodígios a granel, como um cliente religioso pode optar? Para preferir uma igreja, precisa distinguir sobre qual missionário, apóstolo, pastor ou evangelista, Deus apontou o dedo. E se tiver uma filha com leucemia aguda, não pode errar. Ao apelar para uma igreja com pouco poder, perde a filha.
O correto seria freqüentar todas. Mas como? Em nenhuma dessas igrejas televisivas o milagre é gratuito ou instantâneo. As letrinhas, que não aparecem na parte de baixo do vídeo, afirmariam que, por mais “ungido” que for o missionário, um monte de exigência vem embutida na promessa da bênção. É preciso ser constante nos cultos por várias semanas, contribuir financeiramente para que a obra de Deus continue e, ainda, manter-se corretíssimo. Um deslize mínimo impede o Todo Poderoso de operar; qualquer dúvida é considerada uma falta de fé, que mata a possibilidade do milagre.
Lojas de eletrodoméstico vendem eletrodoméstico, óbvio. Igrejas evangélicas comercializam a idéia de que agenciam o favor divino com exclusividade. E por esse serviço, cobram caro, muito caro. Afinal de contas, um produto celestial não pode ser considerado de quarta categoria. A "Brastemp" espiritual que os teleevangelistas oferecem vem do céu.
O acesso ao milagre se complica, porque todos mercadejam o mesmo produto. Os critérios de escolha se reduzem a prazo de entrega, conforto e garantia.
Opa, quase esqueci! As lojas, em conformidade com o Código do Consumidor, são obrigadas a dar garantia, mas as igrejas evangélicas não dão garantia alguma. O cliente nunca tem razão. Quando a filha morrer de leucemia, o pai, além de enlutado, será responsabilizado pela perda. Vai ter que escutar que a menina morreu porque ele “deu brecha” para o diabo, não foi fiel ou não teve fé.
Mercadologicamente, Casas Bahia e Magazine Luiza estão bem à frente das igrejas. Melhor assim, geladeira nova é bem mais útil do que a ilusão do milagre.
Soli Deo Gloria.
7 de março de 2009
Saúde: "Para ter Auto-controle adote uma Religião afirma Psicólogos"

Para ter autocontrole, adote uma religião, afirmam psicólogos
Religiosos praticantes são mais centrados e disciplinados, sugere estudo.
Versão secular do efeito, envolvendo valores 'sagrados', poderia funcionar.
Se eu estiver realmente decidido a cumprir minhas promessas de Ano Novo para 2009, será que deveria acrescentar mais uma? Na lista de coisas a fazer, deveria acrescentar "ir à igreja"? Esta é uma reflexão estranha para um pagão, porém me senti obrigado a despertá-la com Michael McCullough depois de ler seu relatório a ser publicado na próxima edição da revista científica "Psychological Bulletin". Ele e um psicólogo da Universidade de Miami, Brian Willoughby, revisaram oito décadas de pesquisas e chegaram à seguinte conclusão: a crença religiosa e a devoção promovem o autocontrole.
Será que só a religião pode nos colocar sob controle?
Promessas de virgindade não atrasam vida sexual, diz estudo Em grupo grande, criança fica mais à vontade para trapacear Expressões faciais de emoção são genéticas, diz estudo Em raras ocasiões as pessoas tomam decisões racionais, dizem cientistas Pessoas 'normais' aceitam ordem de torturar outros, comprova estudo Comédias românticas prejudicam vida afetiva, diz estudo
--------------------------------------------------------------------------------
Isso me soou desconfortavelmente similar à conclusão das freiras que me ensinavam na escola, mas McCullough, por sua vez, não tem nenhuma motivação evangélica. Ele confessa não ser, ele próprio, um devoto. "Em relação à religião", afirmou, "profissionalmente, sou fã, mas, pessoalmente, não vou muito a campo." Seu interesse profissional surgiu do desejo de entender por que a religião evoluiu e por que ela parece ajudar tantas pessoas. Pesquisadores de todo o mundo descobriram repetidamente que pessoas devotas de religiões tendem a se sair melhor na escola, vivem mais, têm casamentos mais satisfatórios e são mais felizes de modo geral.
Esses resultados têm sido atribuídos às regras impostas aos devotos e ao apoio social recebido por eles através dos colegas de religião, porém esses fatores externos não respondem por todos os benefícios. No novo artigo, os psicólogos de Miami analisaram a literatura para testar a proposição de que a religião dá às pessoas uma força interior. "Simplesmente perguntamos se havia boas evidências de que pessoas mais religiosas têm mais autocontrole", disse McCullough. "Por um longo tempo, não era legal que cientistas sociais estudassem religião, mas alguns pesquisadores o fizeram silenciosamente durante décadas. Quando você soma tudo, descobre fatos notavelmente consistentes de que a religiosidade se relaciona a um maior autocontrole."
Na década de 1920, pesquisadores descobriram que estudantes que passam mais tempo em escolas religiosas com aulas também aos domingos se saíram melhor em testes laboratoriais para medição da autodisciplina. Estudos subseqüentes mostraram que crianças devotas de uma religião foram classificadas pelos pais e professores como tendo baixa impulsividade, e a religiosidade se relacionou a maiores níveis de autocontrole em adultos também. Pessoas religiosas, conforme foi descoberto, têm mais tendência a usar cinto de segurança, ir ao dentista e tomar vitaminas.
No entanto, o que veio primeiro, a devoção religiosa ou o autocontrole? É preciso ter autodisciplina para freqüentar a escola ou cultos aos domingos, em um templo ou mesquita, então pessoas com menos autocontrole presumivelmente têm menos tendência a manter esses hábitos. Mas, mesmo depois de considerar o viés da auto-seleção, McCullough afirmou que ainda existe razão para acreditar na religião como uma forte influência.
Cérebro
"Estudos de imagens cerebrais geradas enquanto as pessoas rezam ou meditam, mostram muita atividade em duas partes do cérebro, importantes para a auto-regulação e o controle da atenção e da emoção", explicou ele. "Os rituais que as religiões têm encorajado durante milhares de anos parecem ser um tipo de exercício anaeróbico para o autocontrole."
Em um estudo publicado pela Universidade de Maryland em 2003, estudantes expostos de forma subliminar a palavras religiosas (como Deus, oração ou bíblia) foram mais lentos em reconhecer palavras associadas a tentações (como drogas ou sexo antes do casamento). De forma oposta, quando foram preparados com palavras de tentação, foram mais rápidos em reconhecer as palavras religiosas. "É como se as pessoas associassem a religião com a anulação dessas tentações", disse McCullough. "Quando as tentações passam por suas mentes no dia-a-dia, eles rapidamente usam a religião para dissipar esses pensamentos."
Num estudo de personalidade, pessoas altamente religiosas foram comparadas a pessoas que apoiavam noções espirituais mais genéricas, como a idéia de que suas vidas eram "dirigidas por uma força espiritual maior do que qualquer ser humano" ou que eles sentiam "uma conexão espiritual com outras pessoas". Os participantes religiosos obtiveram pontuação relativamente maior para nível de consciência e autocontrole, enquanto as pessoas espiritualizadas tenderam a obter pontuações relativamente menores. "Pensar na unificação da humanidade e na unidade da natureza não parece estar relacionado ao autocontrole", concluiu McCullough. "O efeito do autocontrole parece vir do envolvimento com instituições e comportamentos religiosos".
Isso significa que céticos como eu deveriam começar a freqüentar uma igreja? Mesmo se você não acredita em um deus sobrenatural, poderia tentar melhorar seu autocontrole ao, pelo menos, acompanhar os rituais de uma religião organizada. No entanto, provavelmente isso não funcionaria, como me contou McCullough, pois estudos de personalidade identificaram uma diferença entre devotos verdadeiros e aqueles que freqüentam os rituais por razões externas, como o desejo de impressionar as pessoas ou estabelecer ligações sociais. As pessoas intrinsecamente religiosas têm maior autocontrole, porém os extrinsecamente religiosos não.
Conselho para ateus
Sendo assim, o que um ateu deveria fazer em 2009? O conselho de McCullough é tentar participar de alguns dos mecanismos religiosos que parecem aumentar a autocontrole, como a meditação particular ou até o envolvimento público com uma organização com fortes ideais. Pessoas religiosas, ele disse, são autocontroladas não simplesmente porque temem a ira de Deus, mas porque absorveram os ideais de sua religião em seu próprio sistema de valores, e deram aos seus objetivos pessoais uma aura de santidade. Ele sugeriu que os descrentes tentem uma versão pagã dessa estratégia.
"As pessoas podem ter valores sagrados sem serem valores religiosos", ele disse. "A autoconfiança pode ser um valor sagrado para você, que é relevante para economizar dinheiro. A preocupação com os outros pode ser um valor sagrado, relevante para reservar um tempo para o trabalho voluntário. Você pode pensar em quais são os valores sagrados para você e fazer promessas de Ano Novo condizentes com eles."
Obviamente, é necessário um pouco de autocontrole para realizar esse exercício – e talvez um esforço maior do que ir à igreja. "Valores sagrados já vêm pré-fabricados para devotos religiosos", afirmou McCullough. "A crença de que Deus tem preferências sobre seu comportamento e os objetivos estabelecidos por você mesmo para sua vida deve ser a avó de todos os mecanismos psicológicos para motivar as pessoas a perseguir suas metas. Isso pode ajudar a explicar por que a crença em Deus tem sido tão persistente em todas as épocas."
Teologia: OLHOS QUE NÃO ENXERGAM
OLHOS QUE NÃO ENXERGAM
Preletor: Russell Shedd
A cegueira espiritual é semelhante à tentativa de discernir a tridimensionalidade do mundo a partir de uma fotografia
“Você não me conhece, Filipe, mesmo depois de eu ter estado com vocês durante tanto tempo? Quem me vê, vê o Pai. Como você pode dizer: ‘Mostra-nos o Pai’?” (Jo 14.9, NVI). É de conhecimento comum que os descrentes sofrem de uma cegueira espiritual induzida pelo “deus deste mundo” (2Co 4.4). Mas essas palavras de Jesus revelam a possibilidade de estar com Cristo sem conhecê-lo. Deve ser comparável ao galho na Videira (Cristo) que não produz fruto; conseqüentemente, sofre a desgraça da remoção e ser lançado no fogo.
Os deficientes visuais sabem que são distintos dos outros que gozam da visão boa. Os tristes seres humanos, aflitos com cegueira física, reconhecem seu isolamento num mundo escuro. Podem tentar imaginar este belíssimo mundo, invisível para eles, exuberante e com vivas cores, vistas empolgantes de montanhas, rios, oceanos e rostos expressivos.
Temos pena dos que nunca tiveram a oportunidade de se deliciar com a vista perfeita. Mas deficiência física é muito menos sério do que a cegueira espiritual. A escuridão condena todos os que não têm fé a concluir que o mundo físico é tudo que há. A glória do Criador se percebe pela fé, de modo que todos os sinais da glória e da majestade do seu poder e inteligência inseridos neste mundo se perdem na cegueira do materialista.
C.S. Lewis comparou a tentativa de comunicar a existência do mundo espiritual a um incrédulo a uma criatura que em toda sua vida experimentou apenas duas dimensões. Alguém que tenta explicar as três dimensões do mundo real por uma fotografia acha que o triângulo é um caminho e outro triângulo, uma montanha. O indivíduo limitado às duas dimensões fracassa completamente ao tentar compreender a realidade que a fotografia representa.
Como um cão que fareja o dedo da pessoa apontando um suculento pedaço de carne, em vez de virar a cabeça, o homem preso à compreensão materialista do mundo acha que toda essa realidade de Deus, salvação e Céu não passam de imaginação fértil do crente.
Mais complexo é o caso do cristão com olhos abertos, mas incapaz de ver. Paulo ora pelos efésios, rogando a Deus pela iluminação dos olhos a fim de que eles “conheçam a esperança à qual ele os chamou”. Escreveu John H. Newman: “Abençoados aqueles que finalmente verão aquilo que olho mortal não tem visto e somente a fé goza. Aquelas coisas maravilhosas do novo mundo já existem agora como serão então. São imortais e eternos; e as almas que então serão feitos conscientes delas, as verão em sua tranqüilidade e majestade aonde nunca chegaram.
Mas quem é capaz de expressar a surpresa e o arrebatamento que descerão sobre aqueles que finalmente os conhecerão pela primeira vez? Quem pode imaginar, por uma extensão da imaginação, os sentimentos daqueles que, tendo morrido na fé, acordam para júbilo? A vida, então iniciada, durará para sempre; porém, se a memória for para nós então o que é para nós agora, aquele dia será um dia para ser muito celebrado para o Senhor durante todas as eras da eternidade” (Dia 153, Diary of Readings, ed. J.Ballie, 1955).
A falta de ver essa gloriosa realidade escatológica torna esta vida uma cena de competição, ambição e desespero. Crentes se desviam por falta de visão do futuro que não vêem e nem imaginam. Faltando iluminação nos olhos espirituais, ficam presos ao mundo material temporário. Transferem os valores do Céu para a Terra e interpretam a prosperidade em termos financeiros e passageiros. Seguir a recomendação de Jesus parece loucura. “Não acumulem para vocês tesouros na Terra, onde a traça e a ferrugem destroem, e onde os ladrões arrombam e furtam”, em vez de acumular tesouros nos céus. Isto faz sentido somente para quem tem uma visão clara da realidade além deste mundo material.
Preletor: Russell Shedd
A cegueira espiritual é semelhante à tentativa de discernir a tridimensionalidade do mundo a partir de uma fotografia
“Você não me conhece, Filipe, mesmo depois de eu ter estado com vocês durante tanto tempo? Quem me vê, vê o Pai. Como você pode dizer: ‘Mostra-nos o Pai’?” (Jo 14.9, NVI). É de conhecimento comum que os descrentes sofrem de uma cegueira espiritual induzida pelo “deus deste mundo” (2Co 4.4). Mas essas palavras de Jesus revelam a possibilidade de estar com Cristo sem conhecê-lo. Deve ser comparável ao galho na Videira (Cristo) que não produz fruto; conseqüentemente, sofre a desgraça da remoção e ser lançado no fogo.
Os deficientes visuais sabem que são distintos dos outros que gozam da visão boa. Os tristes seres humanos, aflitos com cegueira física, reconhecem seu isolamento num mundo escuro. Podem tentar imaginar este belíssimo mundo, invisível para eles, exuberante e com vivas cores, vistas empolgantes de montanhas, rios, oceanos e rostos expressivos.
Temos pena dos que nunca tiveram a oportunidade de se deliciar com a vista perfeita. Mas deficiência física é muito menos sério do que a cegueira espiritual. A escuridão condena todos os que não têm fé a concluir que o mundo físico é tudo que há. A glória do Criador se percebe pela fé, de modo que todos os sinais da glória e da majestade do seu poder e inteligência inseridos neste mundo se perdem na cegueira do materialista.
C.S. Lewis comparou a tentativa de comunicar a existência do mundo espiritual a um incrédulo a uma criatura que em toda sua vida experimentou apenas duas dimensões. Alguém que tenta explicar as três dimensões do mundo real por uma fotografia acha que o triângulo é um caminho e outro triângulo, uma montanha. O indivíduo limitado às duas dimensões fracassa completamente ao tentar compreender a realidade que a fotografia representa.
Como um cão que fareja o dedo da pessoa apontando um suculento pedaço de carne, em vez de virar a cabeça, o homem preso à compreensão materialista do mundo acha que toda essa realidade de Deus, salvação e Céu não passam de imaginação fértil do crente.
Mais complexo é o caso do cristão com olhos abertos, mas incapaz de ver. Paulo ora pelos efésios, rogando a Deus pela iluminação dos olhos a fim de que eles “conheçam a esperança à qual ele os chamou”. Escreveu John H. Newman: “Abençoados aqueles que finalmente verão aquilo que olho mortal não tem visto e somente a fé goza. Aquelas coisas maravilhosas do novo mundo já existem agora como serão então. São imortais e eternos; e as almas que então serão feitos conscientes delas, as verão em sua tranqüilidade e majestade aonde nunca chegaram.
Mas quem é capaz de expressar a surpresa e o arrebatamento que descerão sobre aqueles que finalmente os conhecerão pela primeira vez? Quem pode imaginar, por uma extensão da imaginação, os sentimentos daqueles que, tendo morrido na fé, acordam para júbilo? A vida, então iniciada, durará para sempre; porém, se a memória for para nós então o que é para nós agora, aquele dia será um dia para ser muito celebrado para o Senhor durante todas as eras da eternidade” (Dia 153, Diary of Readings, ed. J.Ballie, 1955).
A falta de ver essa gloriosa realidade escatológica torna esta vida uma cena de competição, ambição e desespero. Crentes se desviam por falta de visão do futuro que não vêem e nem imaginam. Faltando iluminação nos olhos espirituais, ficam presos ao mundo material temporário. Transferem os valores do Céu para a Terra e interpretam a prosperidade em termos financeiros e passageiros. Seguir a recomendação de Jesus parece loucura. “Não acumulem para vocês tesouros na Terra, onde a traça e a ferrugem destroem, e onde os ladrões arrombam e furtam”, em vez de acumular tesouros nos céus. Isto faz sentido somente para quem tem uma visão clara da realidade além deste mundo material.
20 de fevereiro de 2009
Teologia: A Inerrância da Bíblia
É a Bíblia inerrante?
“Infalível” e “inerrante” são duas palavras freqüentemente empregadas para definir a doutrina da inspiração das Escrituras. Estas duas palavras comunicam conceitos muito preciosos.
Algumas Confissões de Fé publicadas por Igrejas ou organizações cristãs dizem: "A Bíblia é a Palavra de Deus, a infalível regra de fé e prática". Há, entretanto, uma outra declaração, ainda mais forte, que diz: "A Bíblia é a infalível Palavra de Deus, a única regra de fé e de prática". Embora pareça sutil, faz uma grande diferença onde você coloca a palavra infalível nas duas declarações. A segunda afirmação intenciona comunicar claramente que a Bíblia, em sua totalidade, não comete erros. Os manuscritos originais (as primeiras cópias) não continham erros.
Nos últimos anos a palavra inerrância tem sido preferida à palavra infalibidade. Inerrância é a palavra que descreve hoje a posição evangélica mais conservadora, no que diz respeito às Escrituras. As palavras mudam seu sentido, inclusive por empobrecimento ou enriquecimento. E assim alguns passaram a utilizar a palavra “infalível” para indicar algo menor do que “inerrante”. Estas pessoas sugerem que a Bíblia é fidedigna em certas áreas (tais como a fé e a moral) ao passo que não é totalmente fidedigna noutras áreas (tais como em questões de história e ciência). Parte daquilo que a Bíblia diz, afirma ou ensina, em rigor, não é a verdade, ainda que seu registro tenha sido motivado por “boas intenções”. Por isto, tais pessoas esposam o conceito de “errância” das Escrituras.
Dr. Edward J. Young (1907-1968) define a inerrância das Escrituras afirmando que cada asserção da Bíblia é verdadeira, quer a Bíblia se refira ao que se deve crer (doutrina) ou como devemos viver (ética), ou se narra acontecimentos históricos.[1] Ou seja, a Bíblia é a Palavra de Deus, sem erro em todas as áreas que menciona. “Todas as áreas”, e não somente questões religiosas! É óbvia a grande diferença entre as duas formas de crer.
De acordo com os escritores da Declaração de Chicago sobre Inerrância Bíblica, os termos negativos infalível e inerrante "têm valor especial, pois explicitamente asseguram verdades positivas cruciais". A Declaração de Chicago, elaborada em outubro de 1978 pelo Concílio Internacional sobre Inerrância Bíblica para afirmar a autoridade das Escrituras, continua:
Infalível significa a qualidade de não errar nem ser induzido ao erro, salvaguardando assim categoricamente a verdade de que a Escritura Sagrada é guia e regra certa, segura e confiável em todas as questões.
Similarmente, inerrante significa a qualidades de ser isento de falsidade ou erro, salvaguardando assim a verdade de que a Escritura Sagrada é inteiramente verdadeira e confiável em todas as suas declarações.[2]
Alguns críticos da Bíblia, entretanto, gostam de destacar que a “veracidade” bíblica está aberta a questões porque as Escrituras contêm erros que não são cientificamente precisos ou gramaticalmente corretos, existindo também passagens que se contradizem. Os redatores da Declaração de Chicago enfrentaram essas críticas de frente, dizendo:
Ao determinar o que o escritor inspirado por Deus está declarando em cada passagem, devemos dar a mais cuidadosa atenção às suas alegações e ao seu caráter como uma produção humana. Na inspiração, Deus utilizou a cultura e as convenções do meio ambiente dos seus escribas, ambiente este que Deus controla em sua providência soberana; imaginar qualquer outra coisa é interpretar erroneamente.
Assim, história deve tratada com história, poesia como poesia, hipérboles e metáforas como hipérboles e metáforas, generalizações e aproximações assim como e assim por diante. As diferenças entre as convenções literárias dos tempos bíblicos e do nosso tempo devem ser respeitadas [...] narrativas não cronológicas e citações imprecisas eram convencionais e aceitáveis e não violavam nenhuma expectativa naqueles dias [...] A Escritura é inerrante, não no sentido de ser absolutamente exata pelos padrões modernos, mas no sentido de cumprir suas afirmações e alcançar aquela medida de verdade específica visada por seus autores.[3]
Numa lista de Vinte Artigos de Afirmação e Negação, a Declaração de Chicago continua e confirma a necessidade de se entender como Deus inspirou certos homens para escreverem a Escritura em certas épocas e sob certas circunstâncias. O Artigo XIII diz: "Afirmamos a propriedade de se utilizar inerrância como um termo teológico com referência à completa veracidade da Escritura”.
Estes autores concluíram que a inerrância bíblica é o alicerce para a autoridade bíblica. A autoridade da Bíblia depende somente do fato de ser ela a Palavra de Deus. Ou aceitamos a Escritura como totalmente confiável e fidedigna em toda a matéria que registra, afirma e ou ensina, ou então que ela veio a nós como coletânea de escritos religiosos que contém tanto a verdade quanto o erro. Cremos que as Escrituras do Antigo e do Novo Testamento são verdadeiramente fidedignas e verazes, assim como Deus é veraz? Pois se a Bíblia é infalível e inerrante, então ela deve dar a última palavra - o mais elevado padrão de autoridade. E se a Palavra de Deus é autoritativa, ela exige obediência de nossa parte.
D. Martyn Lloyd-Jones (1899-1981) destaca que o ataque contra a autoridade das Escrituras teve início em meados do século XVIII, quando os eruditos começaram a defender a visão da "Alta Crítica". Pressuposições naturalistas, juntamente com o conhecimento e o racionalismo humanos e novas descobertas científicas eram trazidos e utilizados na tentativa de analisar a Bíblia e "entender sua verdade real". Tudo isso levou ao movimento que conhecemos como Liberalismo Teológico, o qual influenciou os séculos XVIII e XIX. O liberalismo via a Bíblia como repleta de erros, como obra humana sem maior autoridade do que as obras de Shakespeare ou Camões.
Com o alvorecer do século XX, teve início um novo movimento. Pensadores neo-ortodoxos tentaram restaurar parte da autoridade da Bíblia, reafirmando a pecaminosidade do homem e alegando que, embora a Bíblia não seja a Palavra de Deus, ela "contém a Palavra de Deus". Conforme Lloyd-Jones descreve: "Dizem-nos que a Bíblia é em parte a Palavra de Deus e em parte a palavra de homens. Em parte ela tem grande autoridade e em parte não tem autoridade alguma".
Lloyd-Jones observa que ficamos diante de uma questão básica:
Quem decide o que é verdade? Quem decide o quem tem valor? Como você pode distinguir e estabelecer a diferença entre os grandes fatos que são verdadeiros e os que são falsos? Como pode diferenciar entre fatos e ensinamentos? Como pode separar a mensagem essencial da Bíblia do pano de fundo no qual é apresentada?[...]
Toda a Bíblia chega a nós e se oferece exatamente da mesma maneira. Não há nenhum indício, nenhuma indicação que sugira que partes dela são importantes e que partes não são. Todas elas chegam a nós da mesma forma.[4]
O liberalismo e a neo-ortodoxia ainda estão entre nós de todas as formas concebíveis. Conforme Lloyd-Jones escreveu em 1957:
A posição moderna está de acordo com isso, ou seja, que realmente é a razão humana quem decide. Você e eu nos aproximamos da Bíblia e temos de tomar nossas decisões com base em certos padrões, os quais obviamente estão em nossa mente. Decidimos que uma porção está conforme a mensagem na qual cremos e que outra porção não está. Ainda estamos nesta mesma posição, a despeito de toda a conversa sobre uma nova situação hoje, em que o conhecimento e o entendimento humanos são os árbitros supremos e a suprema corte de apelação.[5]
Tanto os pastores, mestres e líderes, quanto ovelhas, alunos e membros da igreja em geral, todos podemos ser apanhados pelas dúvidas e pelo ceticismo da nossa época. Até mesmo os grandes líderes do Cristianismo sabem o que é lutar com isso. Este é um combate em que tem havido muitos vitoriosos e vítimas fatais. É também um combate que pode subir ao púlpito. Pois a forma como a pessoa crê na Bíblia tende a afetar diretamente a pregação e seus efeitos. Na boca do profeta Jeremias a Palavra de Deus era como fogo. “Eis que converterei em fogo as minhas palavras na tua boca” (Jr 5.14) e, “Não é a minha palavra fogo, diz o Senhor, e martelo que esmiúça a penha?” (Jr 23.29).
Para quem deseja ler um pouco mais acerca deste assunto, recomendo o livro de Dr. James Montgomery Boice (1938-2000), ”O Alicerce da Autoridade Bíblica”, publicado por Edições Vida Nova.
[1] Young, Edward J. Thy Word is Truth. Grand Rapids: Michigan, Wm. B. Eardmans Publishing Company, 1957, p. 133 ss.
[2] “A Declaração de Chicaco sobre Inerrância da Bíblia” foi finalizada numa reunião convocada pelo Concílio Internacional de Inerrância Bíblica, realizada em Chicaco, Illinois, em outubro de 1978. Apud MacArthur,Jr., John. Como Obter o máximo da Palavra de Deus. São Paulo: Cultura Cristã,1999, p. 55.
[3] Idem, p. 56.
[4] Lloyd-Jones, D. Martyn. “The Authority of the Scripture”, Eternity, Abril de 1957, apud MacArthur,Jr, op. cit., p. 59.
“Infalível” e “inerrante” são duas palavras freqüentemente empregadas para definir a doutrina da inspiração das Escrituras. Estas duas palavras comunicam conceitos muito preciosos.
Algumas Confissões de Fé publicadas por Igrejas ou organizações cristãs dizem: "A Bíblia é a Palavra de Deus, a infalível regra de fé e prática". Há, entretanto, uma outra declaração, ainda mais forte, que diz: "A Bíblia é a infalível Palavra de Deus, a única regra de fé e de prática". Embora pareça sutil, faz uma grande diferença onde você coloca a palavra infalível nas duas declarações. A segunda afirmação intenciona comunicar claramente que a Bíblia, em sua totalidade, não comete erros. Os manuscritos originais (as primeiras cópias) não continham erros.
Nos últimos anos a palavra inerrância tem sido preferida à palavra infalibidade. Inerrância é a palavra que descreve hoje a posição evangélica mais conservadora, no que diz respeito às Escrituras. As palavras mudam seu sentido, inclusive por empobrecimento ou enriquecimento. E assim alguns passaram a utilizar a palavra “infalível” para indicar algo menor do que “inerrante”. Estas pessoas sugerem que a Bíblia é fidedigna em certas áreas (tais como a fé e a moral) ao passo que não é totalmente fidedigna noutras áreas (tais como em questões de história e ciência). Parte daquilo que a Bíblia diz, afirma ou ensina, em rigor, não é a verdade, ainda que seu registro tenha sido motivado por “boas intenções”. Por isto, tais pessoas esposam o conceito de “errância” das Escrituras.
Dr. Edward J. Young (1907-1968) define a inerrância das Escrituras afirmando que cada asserção da Bíblia é verdadeira, quer a Bíblia se refira ao que se deve crer (doutrina) ou como devemos viver (ética), ou se narra acontecimentos históricos.[1] Ou seja, a Bíblia é a Palavra de Deus, sem erro em todas as áreas que menciona. “Todas as áreas”, e não somente questões religiosas! É óbvia a grande diferença entre as duas formas de crer.
De acordo com os escritores da Declaração de Chicago sobre Inerrância Bíblica, os termos negativos infalível e inerrante "têm valor especial, pois explicitamente asseguram verdades positivas cruciais". A Declaração de Chicago, elaborada em outubro de 1978 pelo Concílio Internacional sobre Inerrância Bíblica para afirmar a autoridade das Escrituras, continua:
Infalível significa a qualidade de não errar nem ser induzido ao erro, salvaguardando assim categoricamente a verdade de que a Escritura Sagrada é guia e regra certa, segura e confiável em todas as questões.
Similarmente, inerrante significa a qualidades de ser isento de falsidade ou erro, salvaguardando assim a verdade de que a Escritura Sagrada é inteiramente verdadeira e confiável em todas as suas declarações.[2]
Alguns críticos da Bíblia, entretanto, gostam de destacar que a “veracidade” bíblica está aberta a questões porque as Escrituras contêm erros que não são cientificamente precisos ou gramaticalmente corretos, existindo também passagens que se contradizem. Os redatores da Declaração de Chicago enfrentaram essas críticas de frente, dizendo:
Ao determinar o que o escritor inspirado por Deus está declarando em cada passagem, devemos dar a mais cuidadosa atenção às suas alegações e ao seu caráter como uma produção humana. Na inspiração, Deus utilizou a cultura e as convenções do meio ambiente dos seus escribas, ambiente este que Deus controla em sua providência soberana; imaginar qualquer outra coisa é interpretar erroneamente.
Assim, história deve tratada com história, poesia como poesia, hipérboles e metáforas como hipérboles e metáforas, generalizações e aproximações assim como e assim por diante. As diferenças entre as convenções literárias dos tempos bíblicos e do nosso tempo devem ser respeitadas [...] narrativas não cronológicas e citações imprecisas eram convencionais e aceitáveis e não violavam nenhuma expectativa naqueles dias [...] A Escritura é inerrante, não no sentido de ser absolutamente exata pelos padrões modernos, mas no sentido de cumprir suas afirmações e alcançar aquela medida de verdade específica visada por seus autores.[3]
Numa lista de Vinte Artigos de Afirmação e Negação, a Declaração de Chicago continua e confirma a necessidade de se entender como Deus inspirou certos homens para escreverem a Escritura em certas épocas e sob certas circunstâncias. O Artigo XIII diz: "Afirmamos a propriedade de se utilizar inerrância como um termo teológico com referência à completa veracidade da Escritura”.
Estes autores concluíram que a inerrância bíblica é o alicerce para a autoridade bíblica. A autoridade da Bíblia depende somente do fato de ser ela a Palavra de Deus. Ou aceitamos a Escritura como totalmente confiável e fidedigna em toda a matéria que registra, afirma e ou ensina, ou então que ela veio a nós como coletânea de escritos religiosos que contém tanto a verdade quanto o erro. Cremos que as Escrituras do Antigo e do Novo Testamento são verdadeiramente fidedignas e verazes, assim como Deus é veraz? Pois se a Bíblia é infalível e inerrante, então ela deve dar a última palavra - o mais elevado padrão de autoridade. E se a Palavra de Deus é autoritativa, ela exige obediência de nossa parte.
D. Martyn Lloyd-Jones (1899-1981) destaca que o ataque contra a autoridade das Escrituras teve início em meados do século XVIII, quando os eruditos começaram a defender a visão da "Alta Crítica". Pressuposições naturalistas, juntamente com o conhecimento e o racionalismo humanos e novas descobertas científicas eram trazidos e utilizados na tentativa de analisar a Bíblia e "entender sua verdade real". Tudo isso levou ao movimento que conhecemos como Liberalismo Teológico, o qual influenciou os séculos XVIII e XIX. O liberalismo via a Bíblia como repleta de erros, como obra humana sem maior autoridade do que as obras de Shakespeare ou Camões.
Com o alvorecer do século XX, teve início um novo movimento. Pensadores neo-ortodoxos tentaram restaurar parte da autoridade da Bíblia, reafirmando a pecaminosidade do homem e alegando que, embora a Bíblia não seja a Palavra de Deus, ela "contém a Palavra de Deus". Conforme Lloyd-Jones descreve: "Dizem-nos que a Bíblia é em parte a Palavra de Deus e em parte a palavra de homens. Em parte ela tem grande autoridade e em parte não tem autoridade alguma".
Lloyd-Jones observa que ficamos diante de uma questão básica:
Quem decide o que é verdade? Quem decide o quem tem valor? Como você pode distinguir e estabelecer a diferença entre os grandes fatos que são verdadeiros e os que são falsos? Como pode diferenciar entre fatos e ensinamentos? Como pode separar a mensagem essencial da Bíblia do pano de fundo no qual é apresentada?[...]
Toda a Bíblia chega a nós e se oferece exatamente da mesma maneira. Não há nenhum indício, nenhuma indicação que sugira que partes dela são importantes e que partes não são. Todas elas chegam a nós da mesma forma.[4]
O liberalismo e a neo-ortodoxia ainda estão entre nós de todas as formas concebíveis. Conforme Lloyd-Jones escreveu em 1957:
A posição moderna está de acordo com isso, ou seja, que realmente é a razão humana quem decide. Você e eu nos aproximamos da Bíblia e temos de tomar nossas decisões com base em certos padrões, os quais obviamente estão em nossa mente. Decidimos que uma porção está conforme a mensagem na qual cremos e que outra porção não está. Ainda estamos nesta mesma posição, a despeito de toda a conversa sobre uma nova situação hoje, em que o conhecimento e o entendimento humanos são os árbitros supremos e a suprema corte de apelação.[5]
Tanto os pastores, mestres e líderes, quanto ovelhas, alunos e membros da igreja em geral, todos podemos ser apanhados pelas dúvidas e pelo ceticismo da nossa época. Até mesmo os grandes líderes do Cristianismo sabem o que é lutar com isso. Este é um combate em que tem havido muitos vitoriosos e vítimas fatais. É também um combate que pode subir ao púlpito. Pois a forma como a pessoa crê na Bíblia tende a afetar diretamente a pregação e seus efeitos. Na boca do profeta Jeremias a Palavra de Deus era como fogo. “Eis que converterei em fogo as minhas palavras na tua boca” (Jr 5.14) e, “Não é a minha palavra fogo, diz o Senhor, e martelo que esmiúça a penha?” (Jr 23.29).
Para quem deseja ler um pouco mais acerca deste assunto, recomendo o livro de Dr. James Montgomery Boice (1938-2000), ”O Alicerce da Autoridade Bíblica”, publicado por Edições Vida Nova.
[1] Young, Edward J. Thy Word is Truth. Grand Rapids: Michigan, Wm. B. Eardmans Publishing Company, 1957, p. 133 ss.
[2] “A Declaração de Chicaco sobre Inerrância da Bíblia” foi finalizada numa reunião convocada pelo Concílio Internacional de Inerrância Bíblica, realizada em Chicaco, Illinois, em outubro de 1978. Apud MacArthur,Jr., John. Como Obter o máximo da Palavra de Deus. São Paulo: Cultura Cristã,1999, p. 55.
[3] Idem, p. 56.
[4] Lloyd-Jones, D. Martyn. “The Authority of the Scripture”, Eternity, Abril de 1957, apud MacArthur,Jr, op. cit., p. 59.
5 de fevereiro de 2009
TEOLOGIA: ESCATOLOGIA ESPECULATIVA
Postado por Gutierres Siqueira
No mundo virtual correm notícias "bombásticas" fazendo paralelos entre as profecias bíblicas e o novo presidente americano, Barack Hussein Obama II. Hoje, um colega de trabalho logo cedo me disse: - "Gutierres, você precisa ver um texto que apresenta o Obama como o anticristo". Esse fato mostra como as pessoas, especialmente os evangélicos amam a falaciosa "escatologia especulativa".
Escatologia é um termo técnico na teologia que descreve o "estudo das últimas coisas". Um maravilhoso e empolgante estudo, porém que merece cuidados especiais, já que os textos bíblicos relacionados ao assunto não são de fácil interpretação. Especulação é uma conjectura não baseada em fatos concretos. No caso da escatologia teológica, "os fatos concretos" são as Sagradas Escrituras! A "escatologia especulativa" é uma maneira de distorção bíblica, caindo no campo movediço especulativo e indo "além do que está escrito" (cf. I Co 4.6).
Líderes que já foram o anticristo
Vários líderes mundiais e já mortos foram considerados o anticristo, como Napoleão, Hitler e até o Papa João Paulo II. Não é necessário afirmar que nenhum desses foram o anticristo. Outros especulam dizendo que o anticristo já nasceu e está morando na Europa, protegido por uma seita satanista. Alguns afirmam com uma certeza absoluta (redundância proposital) que o anticristo já está adorando a Satanás em algum lugar desse planeta.
Objetos do "666"
Quem nunca ouviu por parte de algum evangélico a clássica associação entre os "chips" e o 666. Antes essa mesma associação era feita com os códigos de barra e o WWW (World Wide Web). Muitos, nessa paranóia, acham que os avanços tecnológicos já são operações diretas do anticristo. Não é bem assim, o cristianismo hodierno tem atribuído muito poder ao diabo e seus demônios. Ouvindo muitos cristãos, parece que suas vidas são guiadas por forças satânicas, pois em tudo eles atribuem alguma intervenção maligna.
Falácia especulativa
É claro que um dia o anticristo se manifestará e que a iminência do fim está cada vez mais clara por meio dos sinais da vinda de Cristo. Também é verdade que todos os objetos tecnológicos e não-tecnológicos serão usados pelo anticristo, passando inclusive por esse computador que possibilita essa forma de comunicação. Mas continuaremos vivendo normalmente, inclusive consumindo chips.
As profecias bíblicas não devem motivar um exercício de "futurologia", tentando adivinhar o que vem por aí. As profecias escatológicas não são para brincar do Nostradamus. Como saber detalhes como o local onde o anticristo nascerá, pois essas questões não são tão claras biblicamente.
Conclusão
A especulação é perca de tempo, além de um caminho perigoso para o estudante da Bíblia. Seria muito bom se o cristão se conformasse com aquilo que já foi revelado nas Sagradas Escrituras e não ficasse todo o seu tempo brincando com o tempo.
No mundo virtual correm notícias "bombásticas" fazendo paralelos entre as profecias bíblicas e o novo presidente americano, Barack Hussein Obama II. Hoje, um colega de trabalho logo cedo me disse: - "Gutierres, você precisa ver um texto que apresenta o Obama como o anticristo". Esse fato mostra como as pessoas, especialmente os evangélicos amam a falaciosa "escatologia especulativa".
Escatologia é um termo técnico na teologia que descreve o "estudo das últimas coisas". Um maravilhoso e empolgante estudo, porém que merece cuidados especiais, já que os textos bíblicos relacionados ao assunto não são de fácil interpretação. Especulação é uma conjectura não baseada em fatos concretos. No caso da escatologia teológica, "os fatos concretos" são as Sagradas Escrituras! A "escatologia especulativa" é uma maneira de distorção bíblica, caindo no campo movediço especulativo e indo "além do que está escrito" (cf. I Co 4.6).
Líderes que já foram o anticristo
Vários líderes mundiais e já mortos foram considerados o anticristo, como Napoleão, Hitler e até o Papa João Paulo II. Não é necessário afirmar que nenhum desses foram o anticristo. Outros especulam dizendo que o anticristo já nasceu e está morando na Europa, protegido por uma seita satanista. Alguns afirmam com uma certeza absoluta (redundância proposital) que o anticristo já está adorando a Satanás em algum lugar desse planeta.
Objetos do "666"
Quem nunca ouviu por parte de algum evangélico a clássica associação entre os "chips" e o 666. Antes essa mesma associação era feita com os códigos de barra e o WWW (World Wide Web). Muitos, nessa paranóia, acham que os avanços tecnológicos já são operações diretas do anticristo. Não é bem assim, o cristianismo hodierno tem atribuído muito poder ao diabo e seus demônios. Ouvindo muitos cristãos, parece que suas vidas são guiadas por forças satânicas, pois em tudo eles atribuem alguma intervenção maligna.
Falácia especulativa
É claro que um dia o anticristo se manifestará e que a iminência do fim está cada vez mais clara por meio dos sinais da vinda de Cristo. Também é verdade que todos os objetos tecnológicos e não-tecnológicos serão usados pelo anticristo, passando inclusive por esse computador que possibilita essa forma de comunicação. Mas continuaremos vivendo normalmente, inclusive consumindo chips.
As profecias bíblicas não devem motivar um exercício de "futurologia", tentando adivinhar o que vem por aí. As profecias escatológicas não são para brincar do Nostradamus. Como saber detalhes como o local onde o anticristo nascerá, pois essas questões não são tão claras biblicamente.
Conclusão
A especulação é perca de tempo, além de um caminho perigoso para o estudante da Bíblia. Seria muito bom se o cristão se conformasse com aquilo que já foi revelado nas Sagradas Escrituras e não ficasse todo o seu tempo brincando com o tempo.
TEOLOGIA: O Lado Nefasto da Religião
O lado nefasto da religião.
Aquela noite restará como a mais vergonhosa de toda minha vida. Meu amigo poeta, Allison Ambrósio, embicou o carro na direção do estacionamento da igreja Betesda quando vi a pequena multidão de aproximadamente 90 pessoas com placas, faixas e cartazes, reivindicando a "reta doutrina".
Um pastor os articulava, ensinando-os a cantar e gritar. A palavra de ordem era que eu fosse expulso sumariamente da igreja Betesda de Fortaleza. Enquanto aguardávamos que o portão se abrisse, contemplei rostos crispados de ódio, dedos em riste, alguns apontados na minha direção; todos exigiam que eu me retratasse das “heresias” em que estava metido.
Outros batiam placas no pára brisa do carro forçando-me a ler sobre o duro castigo que viria sobre mim pela “arrogância de diminuir os atributos divinos”
Naqueles poucos metros de corredor, senti-me numa ante-sala do inferno; cheguei a ouvir o ranger de dentes.
Trataram-me como um criminoso trazido à delegacia em que a turba pede linchamento. Eu procurava não acreditar no que via e ouvia, porém, sabia que tudo era cruelmente verdadeiro.
De repente, a vergonha suplantou a tristeza
.
Fui tomado pelo constrangimento, que um amigo denomina de “vergonha alheia”. Quase chorando, imaginei os que passavam pela rua, associando aquela bagunça com o Evangelho de Jesus de Nazaré.
Pensei comigo: “se os conteúdos dos discursos, arrazoados e doutrinas dos evangélicos geram aquele tipo de gente, seria uma infâmia ligá-los ao meigo Carpinteiro". No meio daquele embaraço bárbaro (orquestrado sim, mas não menos ordinário ou mal-educado) consegui me recompor, repetindo para mim mesmo: “Ricardo, não se espante, você está diante do lado mais nefasto da religião”.
Realmente, o lado mais desgraçado da religião é aquele que defende a “reta doutrina” e ao mesmo tempo gera ódio, obscurantismo e intolerância. Por muito tempo nutri uma visão idealista dos religiosos.
Acreditei que os corredores das igrejas estavam povoados de pessoas bondosas e amáveis. Mas, enganei-me. Naquela quinta-feira descobri como a defesa da “verdade” religiosa estranhamente cria sentimentos implacáveis. Ela desfigura a ternura do olhar e faz as pessoas se comportarem como verdugos.
O lado mais patético da religião é quando a linguagem piedosa camufla a sordidez do caráter. Em Fortaleza, fui obrigado a ouvir discursos do tipo “o pastor Ricardo é um referencial para minha vida”, quando eu tinha em mãos uma ata assinada em que a mesma pessoa me rotulava de herege.
O puritano porta-voz do grupo não sabia que eu tivera acesso aos autos que exigiam minha expulsão sumária da Betesda de Fortaleza. Sinto asco de seu olhar meloso que tentava disfarçar a mais abominável traição. Quanta desfaçatez existe nas falsas santidades; quanta mentira se mistura nas corretas afirmações doutrinárias.
O lado mais grotesco da religião é sua obsessão pelo poder. Em Fortaleza, alguns pastores instrumentaram outros prometendo que seriam os “salvadores” da igreja. Como se embriagaram de messianismos, viram que precisariam conquistar o poder institucional. Mas antes teriam que me demonizar. Alimentaram o ego de um auto intitulado “apologeta” que se prontificou a demonstrar a plausibilidade de me descartarem na primeira lata de lixo; convocaram um incendiário para espalhar boatos pela cidade (falaram coisas esdrúxulas, do tipo: a igreja Betesda de São Paulo distribui camisinha entre seus jovens, porque não reprova promiscuidade; que eu retornara de uma viagem aos Estados Unidos (quando?) ensinando que podemos beber, fumar e nos prostituir); consultaram um advogado sobre como se apropriar do nome da Betesda; e, por último, convocaram o piquete vergonhoso na porta da igreja.
A sordidez foi tão baixa, tão mesquinha, que fico sem coragem de encarar meus amigos. Entretanto, não estava em jogo a defesa da verdade, nem a defesa da fé, mas a apropriação de uma glória que jamais cobicei.
O lado mais monstruoso da religião é a ganância embutida nas proclamações de fidelidade. Naquela fatídica noite, ficou claro que o dinheiro ainda dá as cartas e o jogo da religião fica bruto. O lucro fácil e a possibilidade de ganhar um bom salário com um mínimo de capacidade intelectual, um mínimo de preparo acadêmico, um mínimo de traquejo social, é o calcanhar de Aquiles da religião.
Vejo médicos e professores universitários com doutorado com salários mais baixos do que os pastores tiram da tesouraria de suas igrejas, infelizmente.
Na Betesda não foi diferente do que acontece em muitos ambientes religiosos. Alguns dos dissidentes sabem que não possuem cacife para tocar seus “sonhos pelo Reino de Deus”, por isso, lutaram para ficar com o nome Betesda, que em Fortaleza é uma marca de credibilidade e honradez. Quantas vezes precisamos tourear as suas reclamações por melhores salários, quantas vezes denunciamos que nossos pastores abandonavam reuniões para servirem de motorista para seus filhos na hora do colégio ao meio-dia, quantas vezes mostrávamos que era indigno comer o pão da preguiça. Alguns acreditaram que poderiam finalmente desfrutar uma vida mais mansa, sem o ônus de serem mentoriados.
O lado mais triste da religião é que ela se imagina perfeita, mas causa constrangimentos inomináveis. A família do falecido Ademir Siqueira nunca fez parte da igreja Betesda. Seus pais jamais se desligaram da Assembléia de Deus do Templo Central e só muito esporadicamente freqüentavam qualquer culto nosso. Sua viúva mudou-se para os Estados Unidos, casou e nem nas férias visitava a Betesda.
Apenas uma irmã era membro da comunidade. Será que os pastores que insuflaram (e talvez pagaram) essa família para colocar uma nota no jornal, não perceberam que davam um tiro no pé?
A instituição Betesda é dirigida por um colégio de pastores, tem diretoria e estatuto e nenhuma família tem qualquer prerrogativa de “oficializar” o desligamento da igreja. Tal pretensão saiu pela culatra, condenando a família de um homem já morto há mais de um quarto de século a constar nos anais da pequena história dos evangélicos como protagonista de uma bobagem sem tamanho.
O lado mais satânico da religião é que ela fere os pequeninos. Quantas pessoas foram feridas e quanta dor causada pela sanha incontida do poder. A volúpia do messianismo que defende a ortodoxia como guardião do templo, deixa rastros ignominiosos.
Jamais conseguiremos contar o número de pessoas feridas, decepcionadas e desviadas da fé só porque um grupo de pastores não teve a grandeza de abrir mão de projetos pessoais em nome da paz.
Minha ferida quase foi letal, mas fui curado pelo carinho de centenas de betesdenses queridos que me abraçaram carinhosamente na noite seguinte, sexta-feira. Minha decepção quase foi total, entretanto, o Espírito de Deus me encheu de sua virtude, devolvendo-me à estrada de minha vocação.
Não desisto da Betesda cearense e, teimosamente, continuarei procurando alinhar minha vida ao Evangelho de Jesus de Nazaré. Quanto aos corredores desgastantes da religião, só tenho uma expressão: Tô fora!
Soli Deo Gloria.
Fonte: http://www.ricardogondim.com.br/Artigos/artigos.painel.asp?tp=73
Aquela noite restará como a mais vergonhosa de toda minha vida. Meu amigo poeta, Allison Ambrósio, embicou o carro na direção do estacionamento da igreja Betesda quando vi a pequena multidão de aproximadamente 90 pessoas com placas, faixas e cartazes, reivindicando a "reta doutrina".
Um pastor os articulava, ensinando-os a cantar e gritar. A palavra de ordem era que eu fosse expulso sumariamente da igreja Betesda de Fortaleza. Enquanto aguardávamos que o portão se abrisse, contemplei rostos crispados de ódio, dedos em riste, alguns apontados na minha direção; todos exigiam que eu me retratasse das “heresias” em que estava metido.
Outros batiam placas no pára brisa do carro forçando-me a ler sobre o duro castigo que viria sobre mim pela “arrogância de diminuir os atributos divinos”
Naqueles poucos metros de corredor, senti-me numa ante-sala do inferno; cheguei a ouvir o ranger de dentes.
Trataram-me como um criminoso trazido à delegacia em que a turba pede linchamento. Eu procurava não acreditar no que via e ouvia, porém, sabia que tudo era cruelmente verdadeiro.
De repente, a vergonha suplantou a tristeza
.
Fui tomado pelo constrangimento, que um amigo denomina de “vergonha alheia”. Quase chorando, imaginei os que passavam pela rua, associando aquela bagunça com o Evangelho de Jesus de Nazaré.
Pensei comigo: “se os conteúdos dos discursos, arrazoados e doutrinas dos evangélicos geram aquele tipo de gente, seria uma infâmia ligá-los ao meigo Carpinteiro". No meio daquele embaraço bárbaro (orquestrado sim, mas não menos ordinário ou mal-educado) consegui me recompor, repetindo para mim mesmo: “Ricardo, não se espante, você está diante do lado mais nefasto da religião”.
Realmente, o lado mais desgraçado da religião é aquele que defende a “reta doutrina” e ao mesmo tempo gera ódio, obscurantismo e intolerância. Por muito tempo nutri uma visão idealista dos religiosos.
Acreditei que os corredores das igrejas estavam povoados de pessoas bondosas e amáveis. Mas, enganei-me. Naquela quinta-feira descobri como a defesa da “verdade” religiosa estranhamente cria sentimentos implacáveis. Ela desfigura a ternura do olhar e faz as pessoas se comportarem como verdugos.
O lado mais patético da religião é quando a linguagem piedosa camufla a sordidez do caráter. Em Fortaleza, fui obrigado a ouvir discursos do tipo “o pastor Ricardo é um referencial para minha vida”, quando eu tinha em mãos uma ata assinada em que a mesma pessoa me rotulava de herege.
O puritano porta-voz do grupo não sabia que eu tivera acesso aos autos que exigiam minha expulsão sumária da Betesda de Fortaleza. Sinto asco de seu olhar meloso que tentava disfarçar a mais abominável traição. Quanta desfaçatez existe nas falsas santidades; quanta mentira se mistura nas corretas afirmações doutrinárias.
O lado mais grotesco da religião é sua obsessão pelo poder. Em Fortaleza, alguns pastores instrumentaram outros prometendo que seriam os “salvadores” da igreja. Como se embriagaram de messianismos, viram que precisariam conquistar o poder institucional. Mas antes teriam que me demonizar. Alimentaram o ego de um auto intitulado “apologeta” que se prontificou a demonstrar a plausibilidade de me descartarem na primeira lata de lixo; convocaram um incendiário para espalhar boatos pela cidade (falaram coisas esdrúxulas, do tipo: a igreja Betesda de São Paulo distribui camisinha entre seus jovens, porque não reprova promiscuidade; que eu retornara de uma viagem aos Estados Unidos (quando?) ensinando que podemos beber, fumar e nos prostituir); consultaram um advogado sobre como se apropriar do nome da Betesda; e, por último, convocaram o piquete vergonhoso na porta da igreja.
A sordidez foi tão baixa, tão mesquinha, que fico sem coragem de encarar meus amigos. Entretanto, não estava em jogo a defesa da verdade, nem a defesa da fé, mas a apropriação de uma glória que jamais cobicei.
O lado mais monstruoso da religião é a ganância embutida nas proclamações de fidelidade. Naquela fatídica noite, ficou claro que o dinheiro ainda dá as cartas e o jogo da religião fica bruto. O lucro fácil e a possibilidade de ganhar um bom salário com um mínimo de capacidade intelectual, um mínimo de preparo acadêmico, um mínimo de traquejo social, é o calcanhar de Aquiles da religião.
Vejo médicos e professores universitários com doutorado com salários mais baixos do que os pastores tiram da tesouraria de suas igrejas, infelizmente.
Na Betesda não foi diferente do que acontece em muitos ambientes religiosos. Alguns dos dissidentes sabem que não possuem cacife para tocar seus “sonhos pelo Reino de Deus”, por isso, lutaram para ficar com o nome Betesda, que em Fortaleza é uma marca de credibilidade e honradez. Quantas vezes precisamos tourear as suas reclamações por melhores salários, quantas vezes denunciamos que nossos pastores abandonavam reuniões para servirem de motorista para seus filhos na hora do colégio ao meio-dia, quantas vezes mostrávamos que era indigno comer o pão da preguiça. Alguns acreditaram que poderiam finalmente desfrutar uma vida mais mansa, sem o ônus de serem mentoriados.
O lado mais triste da religião é que ela se imagina perfeita, mas causa constrangimentos inomináveis. A família do falecido Ademir Siqueira nunca fez parte da igreja Betesda. Seus pais jamais se desligaram da Assembléia de Deus do Templo Central e só muito esporadicamente freqüentavam qualquer culto nosso. Sua viúva mudou-se para os Estados Unidos, casou e nem nas férias visitava a Betesda.
Apenas uma irmã era membro da comunidade. Será que os pastores que insuflaram (e talvez pagaram) essa família para colocar uma nota no jornal, não perceberam que davam um tiro no pé?
A instituição Betesda é dirigida por um colégio de pastores, tem diretoria e estatuto e nenhuma família tem qualquer prerrogativa de “oficializar” o desligamento da igreja. Tal pretensão saiu pela culatra, condenando a família de um homem já morto há mais de um quarto de século a constar nos anais da pequena história dos evangélicos como protagonista de uma bobagem sem tamanho.
O lado mais satânico da religião é que ela fere os pequeninos. Quantas pessoas foram feridas e quanta dor causada pela sanha incontida do poder. A volúpia do messianismo que defende a ortodoxia como guardião do templo, deixa rastros ignominiosos.
Jamais conseguiremos contar o número de pessoas feridas, decepcionadas e desviadas da fé só porque um grupo de pastores não teve a grandeza de abrir mão de projetos pessoais em nome da paz.
Minha ferida quase foi letal, mas fui curado pelo carinho de centenas de betesdenses queridos que me abraçaram carinhosamente na noite seguinte, sexta-feira. Minha decepção quase foi total, entretanto, o Espírito de Deus me encheu de sua virtude, devolvendo-me à estrada de minha vocação.
Não desisto da Betesda cearense e, teimosamente, continuarei procurando alinhar minha vida ao Evangelho de Jesus de Nazaré. Quanto aos corredores desgastantes da religião, só tenho uma expressão: Tô fora!
Soli Deo Gloria.
Fonte: http://www.ricardogondim.com.br/Artigos/artigos.painel.asp?tp=73
14 de janeiro de 2009
Os Propósitos de Deus
Muitas vezes os PROPÓSITOS DE DEUS não são do jeito que esperamos.
Nos permite chorar e até ter que enfrentar pelejas.
Precisamos entender que Deus prova os vasos preciosos para vencer.
Tu pensas que Ele não te ama?
Que te abandonou?
Pois saiba que Ele te ama e tem propósitos grandes contigo na terra!
Deus permite o choro, mas depois consola;
A dor e depois cura;
As provas, mas a recompensa chega ao final;
A queda, mas depois levanta;
A seca e depois manda a chuva como bênçãos;
A luta e depois entrega as vitórias em nossas mãos.
A tua vida, família, futuro, finanças, história,
Tudo está no controle de Jeová e Ele já determinou a tua VITÓRIA!
Ele te guarda na palma de Suas mãos e cada promessa se CUMPRIRÁ!
Ele não esqueceu de você.
Quando Ele opera ninguém pode impedir.
Tome posse, porque grande vai ser a tua vitória
Persevere em meio as lutas e veras a gloria de Deus em sua vida.!
Soli Deo Gloria
Nos permite chorar e até ter que enfrentar pelejas.
Precisamos entender que Deus prova os vasos preciosos para vencer.
Tu pensas que Ele não te ama?
Que te abandonou?
Pois saiba que Ele te ama e tem propósitos grandes contigo na terra!
Deus permite o choro, mas depois consola;
A dor e depois cura;
As provas, mas a recompensa chega ao final;
A queda, mas depois levanta;
A seca e depois manda a chuva como bênçãos;
A luta e depois entrega as vitórias em nossas mãos.
A tua vida, família, futuro, finanças, história,
Tudo está no controle de Jeová e Ele já determinou a tua VITÓRIA!
Ele te guarda na palma de Suas mãos e cada promessa se CUMPRIRÁ!
Ele não esqueceu de você.
Quando Ele opera ninguém pode impedir.
Tome posse, porque grande vai ser a tua vitória
Persevere em meio as lutas e veras a gloria de Deus em sua vida.!
Soli Deo Gloria
8 de janeiro de 2009
SAÚDE: Açucar ou Adoçante, Qual é mais Saudável.??

Açúcar ou adoçante: qual é mais saudável?
Para uma dieta saudável, é recomendável mesclar o uso do açúcar com adoçante
Uma dieta saudável não deve abolir açúcares e adoçantes. Esta foi a conclusão a que chegaram especialistas internacionais em setembro de 2007 durante a conferência "Açúcar e adoçantes: seu papel em nossas vidas", organizada pela Oldways (fundação internacional sem fins lucrativos) em conjunto com a Federação Argentina de Graduados em Nutrição.
A novidade é que o açúcar acabou perdendo seu status de vilão entre os alimentos. "O consumo depende de cada caso. Para uma pessoa saudável, o aconselhável é realizar a redução de açúcares para que sejam consumidos de forma balanceada. Mas, se existe um quadro de doença, a opção pode ser por adoçantes", comenta a nutricionista da Unifesp, Veridiana De Rosso.
A especialista destaca que para uma vida saudável não há a necessidade de extinguir o açúcar refinado da dieta e ainda sugere mesclar com um adoçante. "Os açúcares são carboidratos que conferem sabor doce, além de serem a fonte de energia mais rápida porque são facilmente metabolizados pelo organismo. Já os adoçantes não engordam, então pode-se escolher um tipo de adoçante com tranqülidade", explica.
Segundo a nutricionista Mariana Del Bosco Rodrigues, da Abeso (Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica), cada grama de açúcar possui quatro calorias. "As pessoas têm de ficar atentas em relação à quantidade consumida, pois os açúcares devem corresponder a 10% da ingestão do valor calórico diário total", explica. Para exemplificar, Mariana toma como base uma dieta de 1.800 calorias por dia. Portanto, esta pessoa deverá ingerir 180 calorias de açúcares, o que corresponde a 45g.
Mas se a preocupação é apenas por uma vida com mais saúde, a alimentação pode contemplar o açúcar refinado. O único cuidado é não exagerar na dose, porque ele é bastante calórico. O segredo é manter uma dieta equilibrada e praticar exercícios para que as calorias adquiridas correspondam às queimadas na atividade física. Os adoçantes podem ser aliados, já que, por não possuírem calorias, facilitam o controle de peso, evitando a obesidade e a diabete.
Vale ressaltar que existem diversos tipos de edulcorantes calóricos (substâncias que constituem os adoçantes), e o mais conhecido deles é o aspartame. "O poder de dulçor do aspartame é de 150 a 200 vezes maior que o açúcar refinado. Isso significa que a pessoa não engordará por consumi-lo já que a ingestão é muito pequena", explica a pesquisadora Lidiane Bataglia da Silva, do ITAL (Instituto de Tecnologia de Alimentos).
7 de janeiro de 2009
Perdas como Lidar com elas.?
Perdas! Como Lidar Com Elas?
"...No momento em que estou escrevendo este artigo sobre perdas, apresento as minhas e imagino quais sejam as suas, querido leitor. Sei que você já teve, ou pode até estar tendo agora, algum tipo de perda. Como seria bom e terapêutico se pudéssemos sentar juntos, chorar juntos e orar juntos. Gostaria de, neste momento, como se juntos estivéssemos, compartilhar algumas coisas que Deus tem falado comigo em meio a estas perdas. Dor, sofrimento, problemas, adversidades, aflições, tentações e perdas podem exercer um importante ministério espiritual de disciplina, refinamento e enriquecimento. Algumas flores, como a rosa, precisam ser esmagadas para que sua fragrância seja liberada. Algumas frutas precisam ser espremidas para liberarem sua doçura. Alguns metais, como o ouro, precisam ser colocados na fornalha para atingir um grau significativo de valor e pureza. O mesmo acontece conosco. Muitos precisam ser humilhados antes de ser exaltados. O Oleiro precisa quebrar o vaso para utilizar o mesmo material em um vaso novo e atraente. Nossos corações precisam ser quebrados para que deles escorra um precioso conteúdo, de forma a abençoar outros. Um amigo lembrou-me de que Deus não nos conforta para que fiquemos confortáveis, mas para que confortemos outros "Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai das misericórdias e Deus de toda a consolação, que nos consola em toda a nossa tribulação, para que também possamos consolar os que estiverem em alguma tribulação, pela consolação com que nós mesmos somos consolados por Deus." (II Coríntios 1: 3 e 4)
Quando Deus, com uma mão, envia-nos uma provação, com a outra oferece-nos graças para enfrentá-la. Portanto, as provações acabam resultando em triunfos. Os pesos tornam-se penas. As aflições, ao invés de permanecerem como colchões de espinhos, tornam-se lençóis de pétalas de rosas. Perdas transformam-se em ganhos. Bênçãos disfarçadas e anjos camuflados por um breve momento são mensageiros dos céus,
que vêm nos abençoar e tornar nossa imagem mais parecida com a do amado Filho de Deus. Dor é parte do plano de Deus. Muitos são os testemunhos dos que afirmam ter recebido bênçãos especiais e específicas enquanto trilhavam sua "via dolorosa". Dor, sofrimento e adversidade fazem algo extremamente significativo em nosso caráter.
Deus está no ramo de transformar nossas vidas, preparando-nos para Seu serviço.
Deixe-me dizer uma coisa a você: em momento algum achei que fora Deus quem planejara meu seqüestro. Tampouco creio que Ele se compraza com qualquer tipo de violência ou tragédia. No entanto, creio firmemente que Ele é mestre em transformar tragédias em bênçãos. Será que Jesus sabe o que significa ser traumatizado? Lembre-se de que foram as gotas de suor por Ele derramadas que se transformaram em sangue durante a agonia no Getsêmani. Traumas e perdas: Ele passou; Ele conhece. Qualquer que seja sua perda, e é possível que a sua ou a de algum ente querido tenha sido bem maior do que as que eu até aqui já tenha experimentado, gostaria de convidá-lo(a) a atender o convite feito a você, pelo próprio Jesus: "Vinde a mim, todos os que estai cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo e leve." (Mateus 11: 28-30)
Texto: Pr. Jaime Kemp
Revista Lar Cristão / Edição Fev./02
Queridos, tudo bem?
Que o amor de Deus a graça e paz de Jesus Cristo e a comunhão o Espírito Santo esteja contigo e com todos os que você ama no dia de hoje e para todo sempre.
Perdas, aqui está um assunto que poucas pessoas conseguem lidar de forma satisfatória, o texto acima fala de perdas diversas mas quero falar sobre a maior perda que o ser humano pode ter, que é a perda de uma pessoa querida, vivemos hoje em um mundo onde as pessoas não se importam mais com as perdas alheias, quando perdemos um ente querido alguns até vem nos cumprimentam, ...
nos falam algumas palavras de consolo, mas na verdade o que sentimos dentro do nosso ser é algo terrivelmente doloroso, perder uma pessoa que amamos é algo doloroso demais para ser amenizado com palavras apenas, quando perdemos alguém e sabemos que nesta vida isto não terá solução é extremamente triste, dolorido. Mesmo pessoas crentes no Senhor Jesus sofrem com perdas e isso não é pecado, temos sempre que orar a Deus pedindo que envie seu Espírito Santo para poder consolar aquele que ficou.
Agora o mais dolorido é a perda daquele que ainda não tem o consolador em sua vida, quando uma pessoa que ainda não recebeu Jesus Cristo como seu único Senhor e suficiente Salvador perde uma pessoa querida a dor é ainda maior, falo isso por experiência própria no ano de 1996 perdi meu pai na época com 48 anos, eu tinha 23 anos, ainda não era cristão de verdade, aquilo foi algo que não vou esquecer nunca, me lembro bem que fiquei quase 2 anos extremamente deprimido, lembro que na época terminei um namoro de 5 anos, trabalha no departamento de renovação de assinaturas da Editora Abril e não conseguia vender, perdi completamente a confiança em mim mesmo e nada que fazia dava certo. Como sempre fiz, fui tentar buscar conforto na religião, fui com alguns amigos em um centro espírita, baseado na doutrina de Allan Kardec, freqüentei por um tempo, depois freqüentei um templo da Seicho-No-Ie em Ibiúna, voltei a freqüentar a igreja católica, nada preenchia o meu vazio, mas na verdade eu não iria achar solução na religião, o vazio que eu sentia não poderia ser preenchido por religião nenhuma, religião não é solução para os nossos problemas. Nessa época eu conheci uma pessoa, que graças a Deus hoje é a minha esposa, ela sim me apresentou algo que preencheu o meu vazio, aprendi por experiência própria que Jesus Cristo era exatamente do tamanho do meu vazio, hoje sei que Ele é muito mais que isso, um dos textos bíblicos que mais gosto é: ...
"Esperei com paciência pelo Senhor, e Ele se inclinou para mim e ouviu o meu clamor. Também me tirou duma cova de destruição, dum charco de lodo; pôs os meus pés sobre uma rocha, firmou os meus passos". (Salmos 40: 1 e 2)
Jesus Cristo é a única solução para a nossa vida, seja em qualquer estagio que estejamos nela, se estamos no fundo do poço, Ele vem nos resgatar, se estamos bem, Ele pode nos manter assim, e quando O recebemos como único Senhor e suficiente Salvador Ele transforma nossas vidas. A Palavra de Deus diz em Jeremias 1: 4 e 5 que Ele nos conhece desde o ventre de nossa mãe, Ele vai nos abençoar, por isso Ele disse em João 10: 10: "...eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância." Não aceite nada menos que isso, conforme Romanos 8: 37 Ele nos fez mais que vencedores, em Salmos 23: 1 Ele diz que cuida de nós e nada nos faltará, em Filipenses 4: 13 ele diz que podemos todas as coisas, pois Ele nos fortalece. Ele nos transforma em luz do mundo e sal da terra, conforme Mateus 5: 13, Ele diz que somos embaixadores dEle aqui na terra, isso esta escrito em II Coríntios 5: 20, tome essa posição de viver dentro da vontade de Deus, as lutas virão, as perdas também, mas te garanto que Ele te dará todas as condições de passar pelas lutas e perdas ileso, e com certeza muito mais próximo dEle, pois a Palavra diz que Ele levará o nosso fardo pesado e nos dará o fardo dEle que é leve, apenas confie e entregue-se totalmente nas mãos dEle, eu fiz isso, e hoje na minha vida vale o que esta em João 3: 30 "É necessário que ele cresça e que eu diminua." Hoje, posso com toda certeza dizer que sou uma nova criatura, e muito melhor que isso conforme Romanos 8: 16 "O Espírito mesmo testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus."
Nós como corpo de Cristo temos que mostrar as pessoas que a única forma de superar uma perda é através do poderoso nome de Jesus Cristo aquele que veio para nos ensinar como viver, foi humilhado e morto, ... 6 jan (1 dia atrás) Frank Medina 3 -
... Continuação.
mas com grande glória ressuscitou ao terceiro dia e está sentado a direita de Deus Pai intercedendo por nós e nos protegendo de todas as investidas do diabo, só Ele é capaz de preencher o vazio que fica dentro de nós quando perdemos alguém que amamos.
Só uma última coisa, meus queridos, não condene quem quer que seja, na verdade todos aqueles que estão atrás de algo sobrenatural, em religiões diversas, estão na verdade procurando uma resposta de Deus, então seja sempre amoroso com todas as pessoas e não esqueça nunca só Jesus Cristo poderá condenar alguém e isso só acontecerá depois que a pessoa morrer, enquanto viva ela tem a oportunidade de se converter e receber a salvação que só Jesus Cristo pode dar.
Tudo isso aqui escrito é para divulgar a Palavra do nosso Deus e levar a vontade dEle ao maior número de pessoas possível, que Deus através destas palavras possa mostrar a quem lê, a Sua perfeita vontade, tudo isso em nome do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.
Para Refletir;
“Olho para os montes e penso: Quem virá me socorrer? O Senhor virá me socorrer, o Senhor criou o céu e a terra. Ele não me deixará tropeçar ou cair. Ele vigia de perto cada um de meus passos, sem cochilar. É verdade! O Protetor de Israel não cochila nem dorme. O Senhor é o teu protetor Ele estará sempre ao teu lado para te defender. O calor do dia e o frio da noite não te farão mal algum. O Senhor protegerá a tua vida contra todos os males! O Senhor tomará conta de todos os teus passos, indo e vindo; Ele te protegerá até o fim da vida.” (Bíblia Viva – Salmos 121)
Pr. Frank Medina - Discípulo de Jesus Cristo
® Frank_Mensagens, 2009 - Todos os direitos (Glória, Honra e Louvou) sobre a mensagem são reservados ao Senhor Deus . O conteúdo desta mensagem é livre conforme a Lei descrita em Mateus 10: 8 "...de graça recebestes, de graça dai." e pode ser reproduzida sem nenhuma previa autorização.
"...No momento em que estou escrevendo este artigo sobre perdas, apresento as minhas e imagino quais sejam as suas, querido leitor. Sei que você já teve, ou pode até estar tendo agora, algum tipo de perda. Como seria bom e terapêutico se pudéssemos sentar juntos, chorar juntos e orar juntos. Gostaria de, neste momento, como se juntos estivéssemos, compartilhar algumas coisas que Deus tem falado comigo em meio a estas perdas. Dor, sofrimento, problemas, adversidades, aflições, tentações e perdas podem exercer um importante ministério espiritual de disciplina, refinamento e enriquecimento. Algumas flores, como a rosa, precisam ser esmagadas para que sua fragrância seja liberada. Algumas frutas precisam ser espremidas para liberarem sua doçura. Alguns metais, como o ouro, precisam ser colocados na fornalha para atingir um grau significativo de valor e pureza. O mesmo acontece conosco. Muitos precisam ser humilhados antes de ser exaltados. O Oleiro precisa quebrar o vaso para utilizar o mesmo material em um vaso novo e atraente. Nossos corações precisam ser quebrados para que deles escorra um precioso conteúdo, de forma a abençoar outros. Um amigo lembrou-me de que Deus não nos conforta para que fiquemos confortáveis, mas para que confortemos outros "Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai das misericórdias e Deus de toda a consolação, que nos consola em toda a nossa tribulação, para que também possamos consolar os que estiverem em alguma tribulação, pela consolação com que nós mesmos somos consolados por Deus." (II Coríntios 1: 3 e 4)
Quando Deus, com uma mão, envia-nos uma provação, com a outra oferece-nos graças para enfrentá-la. Portanto, as provações acabam resultando em triunfos. Os pesos tornam-se penas. As aflições, ao invés de permanecerem como colchões de espinhos, tornam-se lençóis de pétalas de rosas. Perdas transformam-se em ganhos. Bênçãos disfarçadas e anjos camuflados por um breve momento são mensageiros dos céus,
que vêm nos abençoar e tornar nossa imagem mais parecida com a do amado Filho de Deus. Dor é parte do plano de Deus. Muitos são os testemunhos dos que afirmam ter recebido bênçãos especiais e específicas enquanto trilhavam sua "via dolorosa". Dor, sofrimento e adversidade fazem algo extremamente significativo em nosso caráter.
Deus está no ramo de transformar nossas vidas, preparando-nos para Seu serviço.
Deixe-me dizer uma coisa a você: em momento algum achei que fora Deus quem planejara meu seqüestro. Tampouco creio que Ele se compraza com qualquer tipo de violência ou tragédia. No entanto, creio firmemente que Ele é mestre em transformar tragédias em bênçãos. Será que Jesus sabe o que significa ser traumatizado? Lembre-se de que foram as gotas de suor por Ele derramadas que se transformaram em sangue durante a agonia no Getsêmani. Traumas e perdas: Ele passou; Ele conhece. Qualquer que seja sua perda, e é possível que a sua ou a de algum ente querido tenha sido bem maior do que as que eu até aqui já tenha experimentado, gostaria de convidá-lo(a) a atender o convite feito a você, pelo próprio Jesus: "Vinde a mim, todos os que estai cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo e leve." (Mateus 11: 28-30)
Texto: Pr. Jaime Kemp
Revista Lar Cristão / Edição Fev./02
Queridos, tudo bem?
Que o amor de Deus a graça e paz de Jesus Cristo e a comunhão o Espírito Santo esteja contigo e com todos os que você ama no dia de hoje e para todo sempre.
Perdas, aqui está um assunto que poucas pessoas conseguem lidar de forma satisfatória, o texto acima fala de perdas diversas mas quero falar sobre a maior perda que o ser humano pode ter, que é a perda de uma pessoa querida, vivemos hoje em um mundo onde as pessoas não se importam mais com as perdas alheias, quando perdemos um ente querido alguns até vem nos cumprimentam, ...
nos falam algumas palavras de consolo, mas na verdade o que sentimos dentro do nosso ser é algo terrivelmente doloroso, perder uma pessoa que amamos é algo doloroso demais para ser amenizado com palavras apenas, quando perdemos alguém e sabemos que nesta vida isto não terá solução é extremamente triste, dolorido. Mesmo pessoas crentes no Senhor Jesus sofrem com perdas e isso não é pecado, temos sempre que orar a Deus pedindo que envie seu Espírito Santo para poder consolar aquele que ficou.
Agora o mais dolorido é a perda daquele que ainda não tem o consolador em sua vida, quando uma pessoa que ainda não recebeu Jesus Cristo como seu único Senhor e suficiente Salvador perde uma pessoa querida a dor é ainda maior, falo isso por experiência própria no ano de 1996 perdi meu pai na época com 48 anos, eu tinha 23 anos, ainda não era cristão de verdade, aquilo foi algo que não vou esquecer nunca, me lembro bem que fiquei quase 2 anos extremamente deprimido, lembro que na época terminei um namoro de 5 anos, trabalha no departamento de renovação de assinaturas da Editora Abril e não conseguia vender, perdi completamente a confiança em mim mesmo e nada que fazia dava certo. Como sempre fiz, fui tentar buscar conforto na religião, fui com alguns amigos em um centro espírita, baseado na doutrina de Allan Kardec, freqüentei por um tempo, depois freqüentei um templo da Seicho-No-Ie em Ibiúna, voltei a freqüentar a igreja católica, nada preenchia o meu vazio, mas na verdade eu não iria achar solução na religião, o vazio que eu sentia não poderia ser preenchido por religião nenhuma, religião não é solução para os nossos problemas. Nessa época eu conheci uma pessoa, que graças a Deus hoje é a minha esposa, ela sim me apresentou algo que preencheu o meu vazio, aprendi por experiência própria que Jesus Cristo era exatamente do tamanho do meu vazio, hoje sei que Ele é muito mais que isso, um dos textos bíblicos que mais gosto é: ...
"Esperei com paciência pelo Senhor, e Ele se inclinou para mim e ouviu o meu clamor. Também me tirou duma cova de destruição, dum charco de lodo; pôs os meus pés sobre uma rocha, firmou os meus passos". (Salmos 40: 1 e 2)
Jesus Cristo é a única solução para a nossa vida, seja em qualquer estagio que estejamos nela, se estamos no fundo do poço, Ele vem nos resgatar, se estamos bem, Ele pode nos manter assim, e quando O recebemos como único Senhor e suficiente Salvador Ele transforma nossas vidas. A Palavra de Deus diz em Jeremias 1: 4 e 5 que Ele nos conhece desde o ventre de nossa mãe, Ele vai nos abençoar, por isso Ele disse em João 10: 10: "...eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância." Não aceite nada menos que isso, conforme Romanos 8: 37 Ele nos fez mais que vencedores, em Salmos 23: 1 Ele diz que cuida de nós e nada nos faltará, em Filipenses 4: 13 ele diz que podemos todas as coisas, pois Ele nos fortalece. Ele nos transforma em luz do mundo e sal da terra, conforme Mateus 5: 13, Ele diz que somos embaixadores dEle aqui na terra, isso esta escrito em II Coríntios 5: 20, tome essa posição de viver dentro da vontade de Deus, as lutas virão, as perdas também, mas te garanto que Ele te dará todas as condições de passar pelas lutas e perdas ileso, e com certeza muito mais próximo dEle, pois a Palavra diz que Ele levará o nosso fardo pesado e nos dará o fardo dEle que é leve, apenas confie e entregue-se totalmente nas mãos dEle, eu fiz isso, e hoje na minha vida vale o que esta em João 3: 30 "É necessário que ele cresça e que eu diminua." Hoje, posso com toda certeza dizer que sou uma nova criatura, e muito melhor que isso conforme Romanos 8: 16 "O Espírito mesmo testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus."
Nós como corpo de Cristo temos que mostrar as pessoas que a única forma de superar uma perda é através do poderoso nome de Jesus Cristo aquele que veio para nos ensinar como viver, foi humilhado e morto, ... 6 jan (1 dia atrás) Frank Medina 3 -
... Continuação.
mas com grande glória ressuscitou ao terceiro dia e está sentado a direita de Deus Pai intercedendo por nós e nos protegendo de todas as investidas do diabo, só Ele é capaz de preencher o vazio que fica dentro de nós quando perdemos alguém que amamos.
Só uma última coisa, meus queridos, não condene quem quer que seja, na verdade todos aqueles que estão atrás de algo sobrenatural, em religiões diversas, estão na verdade procurando uma resposta de Deus, então seja sempre amoroso com todas as pessoas e não esqueça nunca só Jesus Cristo poderá condenar alguém e isso só acontecerá depois que a pessoa morrer, enquanto viva ela tem a oportunidade de se converter e receber a salvação que só Jesus Cristo pode dar.
Tudo isso aqui escrito é para divulgar a Palavra do nosso Deus e levar a vontade dEle ao maior número de pessoas possível, que Deus através destas palavras possa mostrar a quem lê, a Sua perfeita vontade, tudo isso em nome do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.
Para Refletir;
“Olho para os montes e penso: Quem virá me socorrer? O Senhor virá me socorrer, o Senhor criou o céu e a terra. Ele não me deixará tropeçar ou cair. Ele vigia de perto cada um de meus passos, sem cochilar. É verdade! O Protetor de Israel não cochila nem dorme. O Senhor é o teu protetor Ele estará sempre ao teu lado para te defender. O calor do dia e o frio da noite não te farão mal algum. O Senhor protegerá a tua vida contra todos os males! O Senhor tomará conta de todos os teus passos, indo e vindo; Ele te protegerá até o fim da vida.” (Bíblia Viva – Salmos 121)
Pr. Frank Medina - Discípulo de Jesus Cristo
® Frank_Mensagens, 2009 - Todos os direitos (Glória, Honra e Louvou) sobre a mensagem são reservados ao Senhor Deus . O conteúdo desta mensagem é livre conforme a Lei descrita em Mateus 10: 8 "...de graça recebestes, de graça dai." e pode ser reproduzida sem nenhuma previa autorização.
6 de dezembro de 2008
Assinar:
Postagens (Atom)